AS (DES) CONTINUIDADES DO TRABALHO NA SOCIEDADE DA PÓS-GRANDE INDÚSTRIA E A VALIDADE DA TEORIA DO VALOR-TRABALHO
Mots-clés :
Acumulação Flexível, Pós-grande indústria, TrabalhoRésumé
Do rompimento com a lógica industrial taylorista/fordista no final da década de 1970 emerge a sociedade da Pós-grande indústria erigida sobre a dinâmica de produção pautada no conhecimento e na tecnologia e não mais no quantum de trabalho. A flexibilização das relações de trabalhado, acrescidas de uma tendência à desvalorização dos investimentos em capital produtivo somada ainda ao alto salto tecnológico, culminam, pois, em um cenário de desarticulação do operário-massa que se vê diante de uma agravante instabilidade e heterogeneização. O que tem subsidiado o argumento da tese que aponta para o fim da centralidade do trabalho. Em oposição a esta, compartilharemos aqui das interpretações de Ruy Fausto (1989) a partir de sua leitura das postulações marxistas, e de outras contribuições as quais intentam trazer à luz as mutações ocorridas no interior do processo de produção capitalista que demarcam a ruptura com a sociedade industrial, em favor de um movimento de reposicionamento do trabalho e não do deslocamento de sua centralidade.
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