ENTRE O FICAR SEM EMPREGO E O SAIR PARA A FIRMA: A MIGRAÇÃO DE TRABALHADORES SERTANEJOS PARA AS PLANTAÇÕES E COLHEITAS NO ESTADO DE GOIÁS
Mots-clés :
Migração, Firmas, Norte de Minas Gerais, Desenvolvimento regionalRésumé
Este estudo é procedente de uma abordagem qualitativa onde o fenômeno migratório é visto como social e tem como objetivo apresentar alguns resultados obtidos em trabalhos e relatórios de campo no que se refere ao Projeto de Pesquisa: “Do sertão para outros mundos: as redes de relações sociais nos processos migratórios para o trabalho do/no Norte de Minas Gerais” – CEPEx 034/2017. Encontramos no Norte de Minas Gerais, exemplos de espaços privilegiados para o movimento migratório. A “saída” para o trabalho tem sido marcada por um processo migratório forçado, caracterizado pela expulsão de seus moradores do seu local de origem pela falta de emprego, de políticas públicas, de escolaridade, dentre outros aspectos, que demonstram um desenvolvimento regional que não ocorreu de forma homogênea, o que acarretou em fenômenos “históricos na relação capital/trabalho” e ainda vêm se apresentando nos dias atuais. Nesse sentido, grande parcela da população no Município de São Francisco, migra para o trabalho nas empresas de agricultura, chamadas de “Firmas” para plantação e colheita no estado de Goiás. Tal fenômeno têm se caracterizado como “alternativa” para a reprodução da vida, bem como, um movimento cíclico que ocorre durante o ano, apresentando-se sob perspectivas diferenciadas através de seus sujeitos.
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