Roda terapêutica das pretas
Uma proposta de escuta clínico-ético-política para mulheres negras periféricas
DOI:
10.46551/issn2179-6807v26n2p70-80Palavras-chave:
Clínica. Política. Racismo. Adoecimento. Saúde Mental. População Negra.Resumo
A Roda Terapêutica das Pretas, desde a sua fundação, no ano de 2016, carrega em sua existência e resistência uma denúncia: o adoecimento psíquico do povo negro, pobre e periférico é um projeto político. Escolhemos escutar, cuidar e acolher mulheres negras moradoras de bairros periféricos da cidade de São Paulo como um posicionamento clínico, ético e político. O mesmo posicionamento perpassa também as decisões acerca da composição do nosso corpo clínico: somos psicólogas negras implicadas na luta antirracista que compreendem o afeto, o cuidado e a atenção à saúde mental como questões políticas, pautas de luta e militância diária, além de ferramentas de produção de novos horizontes possíveis para o nosso povo. Nesse sentido, a Roda Terapêutica das Pretas acredita que para construir outros sentidos e lógicas de dinâmicas sociais, precisamos estar, ao mesmo tempo, comprometidas com a clínica, bem como com a luta política por transformação social e igualdade radical.
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Referências
HOOKS, bell. All about love: New visions. Harper Perennial, 2001.
HOOKS, bell. Salvation: Black people and love. Harper Perennial, 2001
HOOKS, bell. Love as the practice of freedom. In: Outlaw Culture. Resisting Representations. Nova Iorque: Routledge, 2006, p. 243–250.
SILVA, Ana Carolina Barros. Por uma utopia para as crianças africanas: a incidência do desejo do outro na posição do sujeito na escola. 2019. 249 f. Tese (Doutorado) - Curso de Educação, Linguagem e Psicologia, Universidade de São Paulo / Université Paris VIII, São Paulo, 2019.
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