O ensaio como forma e a narrativa como método: encontros com a Teoria Crítica e o feminismo negro

Autores

DOI:

10.46551/ees.v14n16a07

Palavras-chave:

Ensaio, Narrativa, Experiência, Teoria Crítica, Feminismo negro

Resumo

Resumo: Partindo do pensamento de autores da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Walter Benjamin, e de autoras do feminismo negro, em especial bell hooks e Patricia Hill Collins, este texto defende a escrita ensaística e narrativa como uma alternativa às formas enrijecidas de produção científica. Tanto o ensaio quanto a narrativa, por serem profundamente baseados na experiência, melhor refletem o objeto e suas transformações históricas, assim como as transformações subjetivas correspondentes. O enrijecimento da ciência manifesto no uso de fórmulas prontas de escrita dissertativa e na reprodução de metodologias consagradas pode ser identificado com o colonialismo (capitalista, racista, patriarcal). O pensamento desenvolvido pela Teoria Crítica e pelas autoras do feminismo negro podem atuar como diferentes caminhos de resistência a serem imitados e recombinados criativamente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, Theodor W. O ensaio como forma. In: _____. Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2003.

ADORNO, Theodor W. Posição do narrador no romance contemporâneo. In: _____. Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2003b.

ADORNO, Theodor W. Teoria estética. Lisboa: Edições 70, 2006.

ADORNO, Theodor W. Dialética negativa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.

BELL HOOKS. Britannica, s. d. Disponível em: https://www.britannica.com/biography/bell-hooks. Acesso em: 1 jun. 2021;

BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1987. (Obras escolhidas, v. 1)

COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. São Paulo: Boitempo, 2019.

DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade, v. 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, pp. 223–244, 1984.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, n. 5, pp. 7–41, 1995.

HOOKS, bell. Ain’t I a woman: black women and feminism. London: Pluto, 1990.

HOOKS, bell. Black looks: race and representation. Boston: South End, 1992.

HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.

KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1998.

LORDE, Audre. Sister outsider. Berkeley: Crossing, 2007.

NASCIMENTO, Rafael Baioni do. Solidão e formação, formação da solidão: reflexões teóricas sobre a possibilidade desprezada pela psicologia. Tese (doutorado) – Instituto de Psicologia. Universidade de São Paulo, 2014.

NASCIMENTO, Rafael Baioni do. Arte e formação: a dialética da emancipação cultural a partir de Theodor W. Adorno. Curitiba: Appris, 2021.

PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. RJ: Forense Universitária, 1999.

Arquivos adicionais

Publicado

10.08.2021

Como Citar

NASCIMENTO, R. B. do . O ensaio como forma e a narrativa como método: encontros com a Teoria Crítica e o feminismo negro. Educação, Escola & Sociedade, Montes Claros, v. 14, n. 16, p. 1–26, 2021. DOI: 10.46551/ees.v14n16a07. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rees/article/view/4453. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê — Educação, Saberes Tradicionais e Populares