Como não nos tornamos professoras?

Autores

DOI:

10.46551/ees.v14n16a26

Palavras-chave:

Memorial, Formação de Professores, Ideologia

Resumo

O presente trabalho foi escrito como requisito parcial de avaliação de uma disciplina do Programa de Pós-graduação em Educação numa universidade pública no Brasil. No primeiro momento fazemos algumas considerações com o objetivo de explicar porque não construímos um memorial, desse modo, enfatizamos a interseção entre a concepção neoliberal presente nas reformas educacionais e a ideologia pós-moderna na Formação de Professores. No momento seguinte, apresentamos, ainda que de forma introdutória, algumas notas sobre expressões comuns utilizadas pelos professores ao narrarem suas memórias e, na sequência, elencamos algumas trajetórias que acompanhamos em alguma medida durante parte do nosso processo formativo. Por fim, sublinhamos a necessidade de compreender a funcionalidade da ideologia, ocultando determinações, naturalizando processos históricos e, a partir de uma compreensão fragmentada da realidade, obstruindo ações organizativas que proporcionem saltos de qualidade aos trabalhadores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Osvaldo Teodoro dos Santos Filho, Universidade do Estado de Montes Claros (UNIMONTES)

Professor de História efetivo na Rede Estadual de Educação Básica de Minas Gerais, graduado em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA),  mestrando em Educação pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). 

Leandro Luciano Silva Ravnjak, Universidade Estadual de Montes Claros

Advogado. Doutor em Educação pela FAE/UFMG. Mestre em Ciências Agrárias pela UFMG. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Especialista em Direito Público. Especialista em Gestão Integrada: Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho. Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unimontes. Docente do Curso de Direito da UNIMONTES. Docente do Curso de Direito do Centro Universitário FIPMoc - UNIFIPMoc.

Shirley Patrícia Nogueira de Castro e Almeida, Universidade Estadual de Montes Claros

Doutora em Educação pelo Programa de Pós-graduação: Conhecimento e Inclusão Social em Educação FaE/UFMG. Mestre em Desenvolvimento Social pelo Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Social - PPGDS da Universidade Estadual de Montes Claros - (UNIMONTES) É professora efetiva do Departamento de Métodos e Técnicas Educacionais e professora permanente do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da Universidade Estadual de Montes Claros. Membro da Diretoria da Regional Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, triênio 2019-2021. Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação (GEPEd) 

Referências

CAMPOS, S.C.; PESSOA, V.I.F. Discutindo a formação de professoras e de professores com Donald Schön. In: GERALD, C.M.G.; FIORENINI, D.; PEREIRA, E.M.A (Org.). Cartografias do trabalho docente: professor (a) pesquisador (a). Campinas, SP: Mercado das Letras, 1998.

DUARTE, N. Sociedade do conhecimento ou sociedade das ilusões?1º ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2008.

MAGALHÃES, L D. R.; ALMEIDA, J. R. M. Relações simbióticas entre memória, ideologia, história e educação. In: LOMBARDI, J. C; CASIMIRO, A. P. B e MAGALHÃES, L. D. R (Orgs.). História, memória e educação. Campinas – SP: Alínea, 2011

MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã. Tradução Rubens Enderle, Nélio Schneider e Luciano Cavini Martorano. São Paulo: Boitempo, 2007.

MORAES, M. C. M. de. Iluminismo às avessas como contexto da pós-graduação no Brasil. EDUCAÇÃO UNISINOS, Vol. 8 Nº 15 jul/dez, 2004, páginas 79 a 101.

NETO, A. B. S. Teleologia e História. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Londrina, v. 3, n. 1, p. 115-127; fev. 2011.

OLIVEIRA, J. L. de. Texto acadêmico. Petrópolis/RJ: Vozes, 2005.

PASSEGGI, M. C. Memoriais: injunção institucional e sedução autobiográfica. In: PASSEGGI, Maria da Conceição; SOUZA, Elizeu Clementino (Org.) (Auto)Biografia: formação, territórios e saberes. São Paulo: Paulus; Natal: EDUFRN, 2008. p. 103-132.

PEIXOTO, E. M. Nunca foi “apenas” uma professora. HISTEDBR. Online, 2020. Disponível em: https://www.histedbr.fe.unicamp.br/colunas/artigos/8414 Acesso 07/07/2021.

PONCE, A. (2007). Educação e luta de classes. São Paulo: Cortez.

SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. 4º ed. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2013.

SOUSA, J.F.A. Referencial teórico e Formação de Professores: uma análise necessária. In: MATOS, N.D.M.; SOUSA, J.F.A.; SILVA, J.C. (Org.). Pedagogia histórico-crítica: revolução e formação de professores. Campinas, SP: Armazém do Ipê, 2018.

STUCHKA, P. Direito de classe e revolução socialista. São Paulo: Instituto José Luis e Rosa Sundermann, 2001.

WOOD, E. M.; FOSTER, J. B. (orgs.). Em defesa da história: Marxismo e pós-modernismo. Tradução: Ruy Jungmann, Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1999.

Arquivos adicionais

Publicado

25.10.2021

Como Citar

TEODORO DOS SANTOS FILHO, O.; RAVNJAK, L. L. S.; NOGUEIRA DE CASTRO E ALMEIDA, S. P. Como não nos tornamos professoras?. Educação, Escola & Sociedade, Montes Claros, v. 14, n. 16, p. 1–13, 2021. DOI: 10.46551/ees.v14n16a26. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rees/article/view/4605. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos