O conto Pai contra mãe e o filme Quanto vale ou é por quilo?: reflexões filosóficas contra a continuidade do mesmo na educação pública brasileira
DOI:
10.46551/ees.v14n16a12Palavras-chave:
Ensino de filosofia, Escola Pública, Desigualdades, Política e Educação, ResistênciaResumo
Resumo: O presente artigo tem o intuito de refletir sobre a história do ensino de filosofia no Brasil e o atual ensino de filosofia no contexto de uma escola de massa, tendo como base a Escola Estadual Doutor Odilon Loures, na cidade de Bocaiúva – MG, e os alunos matriculados nas turmas do 3º ano 1 e 2 do Ensino Médio da referida escola. Para a reflexão, propôs-se aos alunos encontros semanais para se refletir sobre a história da educação no Brasil e como esta, em uma escola de massa, consegue reproduzir as mesmas desigualdades históricas. Para esse intento, foram utilizados recursos didáticos literários e audiovisuais, como o conto Pai contra mãe, de Machado de Assis (1906), para tratar das relações sociais pautadas pela desigualdade no período escravista; o filme Quanto vale ou é por quilo? (2005), do diretor Sérgio Bianchi, para a análise filosófica das relações estabelecidas na sociedade atual como mantenedora das desigualdades históricas do tempo da escravidão, mas com uma roupagem diferente. Esta pesquisa busca mostrar que o ensino de filosofia pode pensar os problemas históricos brasileiros através de reflexões produzidas no âmbito nacional, sendo elas literárias ou cinematográficas, e que mudanças significativas podem ocorrer no âmbito menor da sala de aula e na relação estabelecida entre professor e aluno.
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