ARTIGO ORIGINAL

PERFIL PROFISSIONAL IDEAL E REAL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO MÉDIO EM ESCOLAS DE PORTO VELHO

IDEAL AND REAL PROFESSIONAL PROFILE OF THE HIGH SCHOOL PHYSICAL EDUCATION TEACHER IN PORTO VELHO SCHOOLS

PERFIL PROFESIONAL IDEAL Y REAL DEL PROFESOR DEL EDUCACIÓN FÍSICA DE LA SECUNDARIA EM ESCUELAS DE PORTO VELHO

Alex Luís Reis Ferreira[1], Juan Eduardo Aldunate Ferreira [2], Cenira Júlia Fernandes Magalhães Tonon[3]

 

Data de Submissão: 19/06/2020 Data de Publicação: 26/06/2020

Como Citar: FERREIRA, A. L. R.; FERREIRA,J. E. A.;TONON, C. J.F.M.. PERFIL PROFISSIONAL IDEAL E REAL DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO MÉDIO EM ESCOLAS DE PORTO VELHO. Revista Eletrônica Nacional de Educação Física, v. 10, n. 15, 26 jun. 2020. doi: htpps://doi.org/10.46551 /rn2020101500038 

 

RESUMO

O artigo teve como objetivo traçar o perfil profissional ideal e real dos professores de Educação Física do Ensino Médio que atuam em escolas da cidade de Porto Velho/RO. Foi realizada uma pesquisa de campo, descritiva, de cunho quantitativo e qualitativo, método dedutivo. A amostra foi de 10 professores que atuam especificamente no ensino médio. Foi aplicado um questionário misto com 11 perguntas. A pesquisa foi realizada nas escolas: Centro de Ensino Classe A, Colégio e Cursos Sapiens – Unidade Jardim América, Instituição adventista de Educação Noroeste Brasileira, Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Rondônia, E.E.E.M. Major Guapindaia, E.E.E.F.M. Prof. Daniel Neri da Silva, da cidade de Porto Velho, Rondônia. O perfil do professor de Educação Física do ensino médio é de um indivíduo que se preocupa com sua formação, tem prazer em atuar na docência de adolescentes, se propõe a resolver pequenas questões relacionadas ao convívio com os alunos, Concluiu-se que os professores pesquisados estão satisfeitos com suas condições atuais, sendo cientes de suas obrigações e responsabilidades como professores, todos possuem especialização, e a atuação em uma única escola é opção dos próprios professores que possuem atividades complementares que se divergem do âmbito escolar.

Palavras-chave: Perfil profissional. Educação Física. Ensino Médio. Professor.

 

ABSTRACT

The article aimed to outline the ideal and real professional profile of high school Physical Education teachers who work in schools in the city of Porto Velho / RO. A field research, descriptive, quantitative and qualitative, deductive method was carried out. The sample consisted of 10 teachers who work specifically in high school. A mixed questionnaire with 11 questions was applied. The research was conducted in schools: Class A Teaching Center, Sapiens College and Courses - Jardim América Unit, Northwestern Brazilian Adventist Education Institution, Tiradentes College of the Military Police of Rondônia, E.E.E.M. Major Guapindaia, E.E.E.F.M. Prof. Daniel Neri da Silva, from the city of Porto Velho, Rondônia. The profile of the high school Physical Education teacher is that of an individual who is concerned with their education, is happy to work in the teaching of teenagers, proposes to resolve small issues related to living with students, It was concluded that the teachers surveyed they are satisfied with their current conditions, being aware of their obligations and responsibilities as teachers, they all have specialization, and working in a single school is the option of the teachers themselves who have complementary activities that differ from the school environment.

Keywords: Professional profile. PE. High School. Teacher.

 

RESUMEN

El objetivo de este artículo fue rastrear el perfil profesional ideal y real de los maestros de Educación Física de secundaria que trabajan em escuelas de la ciudad de Porto Velho / RO. Se realizó uma investigación de campo descriptiva, cuantitativa y cualitativa, método deductivo. La muestra consistió em 10 maestros que trabajan específicamente em la escuela secundaria. Se aplicó um cuestionário mixto com 11 perguntas. La investigación se llevó a cabo em las seguintes escuelas: Centro de Ensino Classe A, Colégio e Cursos Sapiens – Unidade Jardim América, Instituição adventista de Educação Noroeste Brasileira, Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Rondônia, E.E.E.M. Major Guapindaia, E.E.E.F.M. Prof. Daniel Neri da Silva, de la ciudad de Porto Velho, Rondônia. El perfil del maestro de Educación Física de la escuela secundaria es de uma persona que se preocupa por su formación, se complace em actuar em la enseñanza de los adolescentes, propone resolver pequeños problemas relacionados com la convivencia entre los estudiantes. Se concluyó que los maestros encuestrados están satisfechos com sus condiciones actuales, son conscientes de sus obligaciones y responsabilidades como docentes, todos tienen especialización y que trabajar en uma sola escuela es la elección de los docentes mismos que tienen actividades complementarias que diferen de la escuela.

Palabras clave: Perfil profesional. Educación Física. Escuela secundaria. Profesor.

 

INTRODUÇÃO

A motivação pela escolha deste tema se deu pela necessidade de conhecer o perfil profissional ideal e real dos professores de Educação Física do ensino médio em escolas da cidade de Porto Velho/RO.

Este estudo se torna importante socialmente, pois, espera-se uma reflexão acerca da construção de um perfil profissional melhor, ocasionando práticas melhores e em consequência uma qualidade melhor de atendimento ao aluno a todas as gerações futuras.

A perspectiva de um profissional em qualquer área é, por si só uma preocupação em geral, e se tratando de professores esta preocupação se torna mais presente, pois são eles que formarão as gerações futuras, tendo assim uma responsabilidade praticamente direta, junto com a família, da formação da personalidade dos jovens que passarem por ele. Neste sentido, questiona-se: Qual o perfil ideal e real do professor de Educação Física com atuação no ensino médio em escolas de Porto Velho/RO?

 

OBJETIVOS

O objetivo primário foi de analisar o perfil profissional ideal e real do professor de Educação Física que atua no Ensino médio em escolas do município de Porto Velho/RO. Os secundários foram: descrever o perfil do profissional de Educação Física segundo a literatura e descrever o perfil profissional real dos professores de Educação Física com base nos dados coletados.

 

HIPÓTESES:

            O perfil profissional ideal para o professor de Educação Física do ensino médio é ter uma postura moral e ética condizente com normas sociais e desempenhar habilmente suas funções como professor de Educação Física.

            O perfil profissional real do professor de Educação Física do ensino médio é: sobrecarregado, ministra aulas repetitivas, é insatisfeito com o salário e sem preocupações referentes à atualização do próprio currículo profissional.

Estudos recentes apontam que o perfil do professor de Educação Física não é um tema a ser desconsiderado no que se refere a qualidade de ensino oferecida nas escolas, para tanto autores buscaram novos meios de se identificar o perfil deste profissional de formas distintas, sendo em casos mais recentes através do público alvo dos professores, os discente ou alunos, de forma a identificar na visão dos mesmos o perfil ideal para um bom professor de Educação Física.

Segundo Gonçalves, Lima e Albuquerque (2016, pág. 88),

As características que os discentes apontaram para definir o Perfil de um Professor de Educação Física são: Na dimensão Humana: Compreensivo/Tolerante; cativa/motiva os alunos; atencioso/Agradável/Simpático; valoriza os alunos. Na dimensão Técnica: Domina os Conteúdos; Dinâmico/Criativo/Inovador; Liderança/Controlo de aula; Ser bom profissional. Na dimensão Ideológica: Exemplifica com situações reais; interessado; acompanha o percurso dos alunos; trata os alunos de igual forma (GONÇALVES; LIMA; ALBUQUERQUE, 2016, p. 88).

            O autor acredita os alunos são a voz mais importante no que se refere a identificar o perfil ideal para um professor de Educação Física.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizada uma pesquisa de campo descritiva, de cunho quali-quantitativo, utilizou-se o método dedutivo, além de um apanhado bibliográfico para maior respaldo teórico do tema.

A pesquisa foi realizada em 6 escolas situadas na cidade de Porto Velho, Rondônia e a amostra foi composta de 10 professores de Educação Física que atuam no ensino médio. O instrumento utilizado foi um questionário misto com 11 perguntas.

Os dados foram analisados com ajuda do programa Excel e por análise baseada em referencial teórico que fundamenta o assunto.

Em relação aos procedimentos éticos, a pesquisa foi realizada em seis etapas: visita às escolas para explanação sobre a pesquisa e pedido de autorização; encaminhamento do projeto para aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP); após aprovação do CEP, volta às escolas para preenchimento do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE); aplicação dos questionários aos professores de Educação Física, análise e tabulação dos dados, relato bibliográfico e conclusão do artigo.

Todos os procedimentos foram pautados na ética em pesquisa conforme as resoluções vigentes do Conselho Nacional de Saúde.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

            Serão apresentados aqui os resultados e as discussões da coleta de dados realizada. Deve ser mencionado que apesar de ter sido autorizada a pesquisa, no momento da coleta, 3 professores se recusaram a responder o questionário.

Quando questionados sobre suas características pessoais: 5 professores se declararam do sexo masculino, 2 do sexo feminino e 3 não responderam. Em relação às suas idades, 5 responderam que estão entre 31 e 38 anos, 2 estão entre 54 e 57 anos e 3 não responderam. Em relação aos seus níveis de graduação acadêmica 6 responderam que são graduados em Licenciatura Plena, 1 Licenciado e 3 não responderam. Dentre os pesquisados 1 possui o título de Doutorado, 5 possuem especialização, 1 está com a especialização em andamento e 3 não responderam.

Percebe-se que dentre os professores participantes da pesquisa a faixa etária é considerada alta, pois estão acima dos 30 anos de idade, dando a entender que já estão, provavelmente bem encaixados em seu campo profissional. Em relação a formação acadêmica entende-se com este resultado que os professores possuem uma preocupação com o aperfeiçoamento profissional, levando a crer que prestam um bom trabalho, já que investem nisto como profissão.

Os dados obtidos relacionados ao perfil profissional dos professores é perceptível que os professores atuantes nas escolas pesquisadas possuem um currículo acadêmico considerável, possuindo além da graduação necessária para lecionar no âmbito escolar, uma especialização em determinado conteúdo de seus respectivos interesses, o que enriquece o conteúdo a ser passado pelos mesmos em suas respectivas atuações no ambiente de trabalho.

Segundo Correia e Ferraz (2010) a transparência da importância da formação continuada na formação do professor, mediante o fato de que somente a formação inicial não é suficiente para o processo de formação profissional.

            Quando questionados sobre o tempo que atuam como professores de Educação Física nas escolas, as respostas foram que 4 professores responderam que estão atuando de 5 a 8 anos, 2 professores responderam que estão atuando de 13 a 28 anos, 1 professor respondeu estar atuando há 35 anos e 3 professores não responderam.

            De acordo com os dados citados os professores pesquisados possuem experiência significativa em suas áreas de atuações e é plausível considerar que nos casos de escolas da rede pública de ensino os professores são concursados o que permite uma estabilidade na função de professor, o que justifica o longo período de atuação, um desafio maior em relação aos professores de instituições privadas, que exigem uma conformidade no conteúdo trabalhado e o conteúdo proposto pela instituição, além de incentivar a busca por novas técnicas de ensino que possibilite um melhor atendimento ao público alvo, fatores esses, determinantes para o período de atuação do professor em uma escola.

            Entretanto para efeito de constatação o fator de ser ou não concursado é mérito dos professores que foram aprovados nos processos seletivos. Para manter uma estabilidade é necessário buscar meio de acrescentar conhecimento novo e prático que a venha a ser benéfico na forma como o usuário deste conhecimento o decidir explorar ou não.

            Quando indagados sobre a satisfação com a jornada de trabalho. As respostas foram que 6 pesquisados responderam que “sim” estão satisfeitos, 1 pesquisado respondeu “não” estar satisfeito e 3 pesquisados “não responderam”.

            De acordo com os dados coletados 6 professores pesquisados demonstraram satisfação com a jornada de trabalho, portanto é necessário analisar a forma como tem sido reorganizada as aulas de Educação Física dentro do ensino direcionado ao ensino médio, poisa satisfação com a jornada de trabalho por parte dos professores apenas ressalta que não há um nível de exigência física que ocasione descontentamento o que não justificaria aulas cansativas e com pouca participação por parte do professor.

            Com base na análise das justificativas apresentadas pelos pesquisados, observou-se que todas as justificativas apresentam ênfase no contexto de ser possível aproveitar o tempo livre com a família, além de um dos fatores determinantes para as respostas foi a atuação em uma única instituição de ensino, o que permite mais tempo livre em geral.

Segundo o CONFEF (2019) consta no artigo “§ 3°, do art. 26, da Lei n° 9.394/96” que estabelece a LDB – Lei de Diretrizes e Bases:

Art. 1º A distribuição de carga horária dos professores de Educação Física será efetuada de acordo com as seguintes recomendações: [...]. II – Para as turmas de 1ª a 3ª série do Ensino Médio, o Componente Curricular Educação Física terá duas horas-aula semanais, uma no próprio turno e outra no contra turno (CONFEF, 2019, p. x).

            Quando questionados sobre a falta de material ou material inadequado para as aulas de Educação Física serem prejudiciais para o desempenho do professor em ministrar a aula. As respostas foram que 5 pesquisados responderam “sim”, 2 pesquisados responderam “não” e 3 pesquisados “não responderam”.

            Após análise das justificativas apresentadas constatou-se que a principal dificuldade encontrada é a utilização da criatividade em um número constante de vezes o que pode descaracterizar pequenos pontos da aula, pela falta do material especifico, o que se torna prejudicial para o desenvolvimento dos alunos e até mesmo do entendimento dos mesmos a respeito do conteúdo trabalhado na aula. Os professores apontam que em determinados momentos necessitam improvisar os materiais por meios próprios para não prejudicar os alunos e assim manter o conteúdo programático estabelecido pela instituição de ensino.

            Segundo Sebastião e Freire (2009, p.  9) “Na realidade social brasileira, há uma quantidade grande de escolas, princi­palmente públicas, que não apresentam espaço físico adequado ou quantidade su­ficiente de materiais”.

Deve-se salientar que a utilização de meios próprios não deve ser utilizada pelos professores como um procedimento corriqueiro, pois desta forma profissionais desta área estariam pagando para trabalhar o que certamente traria desconfortos de diversas formas em relação ao campo profissional. Neste caso a criatividade que é uma das características desta profissão é um componente muito interessante e eficaz para o desenvolvimento de suas tarefas.

Foi questionado sobre a satisfação com a remuneração recebida pela atuação como professor de Educação Física. Como resposta 5 pesquisados declaram que “sim”, 2 pesquisados responderam que “não” estar satisfeitos e 3 pesquisados “não responderam”.

Como justificativas foi ponderado que dentre os pesquisados que responderam “sim”, em relação a satisfação com a remuneração salarial, as respostas mais frequentes foram de que a área de atuação de um professor de Educação Física é demasiadamente ampla, o que possibilita ao profissional desta área a busca por uma condição salarial que lhe seja satisfatória, porém muitos alegam que a remuneração como professor por si só já lhes proporcionam uma condição de vida estável. Dentre os pesquisados que responderam negativamente não foram encontradas justificativas por opção dos próprios pesquisados.

Dentro deste contexto é possível considerar a remuneração do professor como reflexo da sua atuação como profissional de Educação Física, como foi apresentado pelos pesquisados, não existe justificativa que prenda este profissional apenas ao ensino escolar, pois a diversidade de atuação permite esse complemento na renda através de atuações em outros ramos da área, seja na prevenção, manutenção, alto rendimento ou prática lúdica de atividades físicas , cabendo ao professor se capacitar e determinar o valor do seu trabalho.

Proni (2010) identificou um desnivelamento na base salarial do professor de Educação Física em relação ao de outros profissionais da área da saúde, como por exemplo, médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos entre outros. Fator esse, determinante para um descontentamento e a necessidade desses profissionais da Educação Física buscarem atividades que complementem sua folha salarial.

A atuação do professor de Educação Física pode ser repleta de vieses que contemplem uma boa renda mensal o possibilitando uma boa qualidade de vida em todos os sentidos, bastando apenas a capacitação, a dedicação e o comprometimento com a sua formação sempre.

Quando questionados sobre a prática simultânea de atividade remunerada diferente da atuação de professor no ensino médio, as respostas foram que 4 pesquisados responderam “sim” que possuem outra atividade remunerada, 3 pesquisados responderam “não” ter outra atividade remunerada que não seja a atuação como professor e 3 pesquisados “não responderam”.

Considerando os pesquisados que declararam ter atividades remuneradas complementares, existe uma abordagem significativa em relação a semelhança dessas áreas de atuação. Dentre os que responderam “sim”,  parte declararam atuar com treinamento funcional ou personal trainer, que são atividades comuns de serem trabalhadas de forma complementar, porém é perceptível uma diversidade na qualidade das respostas se considerar que algumas das atividades declaradas pelos pesquisados são atividades como: articulador de negócios, conselheiro de órgãos privados e gerenciamento de vendas o que demonstra a diversidade e a flexibilidade na forma de se trabalhar em outras áreas utilizando os conhecimentos da profissão, não se prendendo apenas ao óbvio, mas sim buscando novos meios de obter sucesso e lucro através do conhecimento da Educação Física.

Segundo Proni (2010) o mercado de trabalho é apresentado aos recém formados em Educação Física em forma de dois segmentos sendo eles: O sistema de ensino que se consideramos cargos direcionados à docência em redes de ensino público ou privado e o segundo, o segmento é o de atuar em áreas de ocupações distintas que se dividem em diferentes bases, como por exemplo: clubes, escolinhas esportivas, saúde, academias e de forma autônoma.

Quando questionados sobre atuações anteriores na função de professor de Educação Física em escolas diferentes das que estão atualmente, Como resposta 3 pesquisados responderam “sim” já atuaram em outras escolas, 4 pesquisados responderam “não”, pois estão em sua primeira atuação como professor de Educação Física em escola e 3 pesquisados “não responderam”.

Analisando os dados coletados constatou-se que há um equilíbrio entre os professores que estão na primeira atuação como professor de Educação Física e os que já possuem experiência anterior a atual, o que salienta ainda mais a importância de se conhecer o perfil ideal do professor que atua no ensino médio, de forma a preparar da melhor forma possível os futuros profissionais que futuramente irão buscar a inserção no mercado de trabalho.

Segundo Magalhães (2009) quando um docente se forma espera-se do mesmo que este esteja apto a exercer suas funções como professor, ter conhecimento teórico e uma boa base prática de docência, além de conhecer e ser flexível em relação ao ambiente em que está e seus complementos.

Quando questionados sobre a atuação em 2 ou mais escolas diferentes na função de professor de Educação Física, as respostas foram que 7 pesquisados declararam “não” atuar em outra escola e 3 pesquisados “não responderam”.

Dentro da análise dos dados coletados constatou-se que mais da metade dos pesquisados que responderam a questão negaram estar atuando em mais de uma escola,  o que não determina que todos tenham apenas a atuação em suas respectivas escolas como única forma de se obter renda financeira, por isso é importante a formação curricular dos professores, assim como as experiências diversas e conhecimentos que vão além dos certificados, que podem ser determinantes no momento de optar por outras atividades extras que sejam financeiramente benéficas ao professor.

É importante salientar que a escola possibilita experimentar novas vivências com os próprios alunos, através de experimentos de novas metodologias e abordagem de conteúdos que interessem também ao público jovem e que sirva de experimento e ganho de experiência em relação às abordagens que atualmente são pouco exploradas por profissionais de Educação Física.

Para Saviani (1991 apud  CASTELLANI FILHO et al., 2009) o currículo do profissional de Educação Física não deve ser restrito apenas ao saber adquirido no tempo referente ao seu período acadêmico, mas levar em consideração também as formas que o mesmo desenvolveu e até mesmo possa ter criado mediante as situações vivenciadas já na sua atuação nas escolas.

Levando assim a relevância de não se considerar apenas os registros referentes a certificações de cursos, mas levar em considerações metodologias de ensino próprias, desenvolvidas ou adaptadas pelo próprio professor de Educação Física que sejam benéficas para si, e para os alunos.

Quando foi pedido aos professores para que avaliassem o desempenho das turmas em suas aulas práticas e teóricas. Respectivamente, 4 pesquisados avaliaram como “bom”, 2 pesquisados avaliaram como “excelente”, 1 pesquisado avaliou como “razoável” e 3 pesquisados “não responderam”. Em relação as aulas teóricas 4 pesquisados avaliaram o desempenho da turma como “bom”, 1 pesquisado avaliou como “excelente”, 1 pesquisado avaliou como “razoável”, 1 pesquisado como “ruim” e 3 pesquisados “não responderam”.

Mediante os dados obtidos e através  da análise das justificativas, foi constatado que os professores concordam que a principal dificuldade enfrentada é de despertar o interesse por parte dos alunos, pois as aulas em que os alunos não demonstram interesse pelo conteúdo trabalhado tendem a ser mais difíceis de se administrar, porém cabe ao professor utilizar de seus conhecimentos para elaborar métodos de despertar o interesse e estimular a participação do aluno de forma no mínimo razoável, para que o mesmo venha a se desenvolver e manter um acompanhamento do conteúdo em relação a turma.

Analisando as respostas e as dificuldades em relação aos conteúdos teóricos, direcionamos a necessidade de trabalhar conteúdos pré-estabelecidos pela instituição de ensino que estabelece na sua matriz curricular os conteúdos a serem desenvolvidos e trabalhados ao longo do ano letivo, em determinadas ocasiões impondo ao professor a vontade da instituição em vez de priorizar a necessidade e o interesse do aluno.

É necessário uma intervenção mais efetiva do professor durante os planejamentos no início de períodos letivos com o objetivo de incluir atividades nas quais são prescritas em referenciais vigentes e em consonância com a vontade dos alunos, pois assim a chance de sucesso tanto no momento do ensino como no momento da aprendizagem poderá ser mais garantido.

Um bom docente, para Labare (2000 apud NÓVOA, 2008, p. 232), “É aquele que consegue buscar a autonomia de seus alunos, tornando-se independentes, sendo essa uma das melhores qualidades para o professor”.

Segundo Santos e Voos (2016) o professor de Educação Física em toda sua grade curricular possui competências necessárias para montar dentro de sua diversificada área de atuação e conteúdo para abordar, um segmento de conteúdos trabalhados em aulas de forma a atender a metodologia e interesses da escola ao qual o mesmo presta os seus serviços, porém a realidade vislumbra e restringe a liberdade de atuação do professor, uma vez que as escolas em grande maioria dos casos opta por determinar os conteúdos a serem trabalhados pelo professor de Educação Física de forma atender os interesses específicos da escola, o que dificulta o trabalho destes profissionais.

Segundo Malaco (2007 apud  MAGALHÃES, 2009) a competência profissional é embasada na união de conhecimento teórico agregado ao prático e essa formação se inicia desde o princípio dos estudos da docência até depois da sua graduação, sendo nomeada de formação contínua, sendo semelhante a um ciclo onde o conhecimento deve ser visto como um fator determinante para o desenvolvimento do indivíduo como professor.

Quando foi pedido aos professores que se auto avaliassem em relação ao domínio de turma. 4 pesquisados avaliaram seu domínio de turma como “bom”, 2 pesquisados avaliaram como “excelente”, 1 pesquisado como “razoável” e 3 pesquisas dos “não responderam”.

Partindo da análise dos dados coletados foi constatado que todos os professores se auto avaliam de forma positiva em relação ao domínio de turma, porém ao se questionar a respeito de uma explicação para a resposta escolhida, os professores expressaram suas opiniões e pontos de vista baseados em suas experiências durante as aulas ministradas.

O ponto mais mencionado foi o respeito, tanto o respeito mútuo como o respeito do próprio professor para com as diferenças dentre os alunos, questões políticas e religiosas são uma das principais causas de conflito dentro das escolas e o professor deve usar da sua metodologia para transmitir o ensino para os alunos respeitando as opiniões e as limitações de todos como um todo.

            Considerando as justificativas apresentadas pelos professores, depara-se com o fator do respeito durante as aulas, por parte de quem as aplica e a forma como se é obtido o retorno por parte dos alunos.

As relações entre professor-aluno e aluno-professor são vistas de uma perspectiva que pode ser mal interpretada, dependendo dos olhos de quem vê, para tanto considera-se o respeito como indispensável, além do papel do professor de Educação Física como um observador e transmissor de conhecimento físico e mental, pois a saúde mental é cada vez mais fundamental durante o período da juventude.

E isso passa pela capacidade do professor de se relacionar de forma respeitosa, saudável e atenciosa para com os alunos, de forma a facilitar a percepção do professor e prevenir futuros transtornos em relação aos alunos, moldando, assim a relação professor-aluno de forma a tornar a questão do pedido de ajuda mais espontâneo, considerando não apenas a dificuldade em relação ao conteúdo escolar, mas também a fragilidade emocional e os conflitos internos que afetam a saúde mental, como por exemplo a depressão.

Segundo Galvão (2002 apud  MAGALHÃES, 2009) o professor é responsável por proporcionar ao aluno descobrir e experimentar situações e vivências que podem ser boas ou não, atuando como um facilitador ao qual o mesmo deve possuir conhecimento diversificado sobre os aspectos físicos, motores, sociais, culturais, cognitivos, psicológicos e afetivos de forma a trabalhar e facilitar o desenvolvimento do aluno.

Numa análise global relativa ao conjunto de atributos, que na opinião dos alunos, incluem cada dimensão associada a um professor eficiente salienta a preocupação e o reconhecimento da importância do “conviver”, do “conhecer”, e do “saber comunicar” como “os três pilares” em que assenta a qualidade ensino/educação (ALBUQUERQUE, 2010 Apud  GONÇALVES; LIMA; ALBUQUERQUE, 2016, p. 85)

Foi questionado sobre qual é o entendimento do professor sobre moral e ética, e sua importância no ambiente profissional. Neste sentido os professores apontaram a moral como pilar do comportamento apresentado por determinado indivíduo, e a ética como um conjunto de regras pré-estabelecido que regulamenta o comportamento do indivíduo em sociedade.

Entretanto também deve-se considerar respostas que fazem críticas como a falta de ética e moral no ambiente de trabalho ao qual o professor é exposto. Essa é a realidade e a ética e a moral devem caminhar juntas para estabelecer um ambiente de trabalho saudável e produtivo, o professor deve utilizar e respeitar o código de ética dos profissionais de Educação Física estabelecidos pelo CONFEF na resolução Nº 307/2015, onde ficam estabelecidos 12 pontos norteadores das atitudes, obrigações e deveres que regulamentam as ações éticas do profissional de Educação Física em atuação no mercado de trabalho.

Segundo Nascimento (2006 apud  GOUVEIA et al., 2019) os profissionais de Educação Física que agem com ética e cumprem as chamadas virtudes profissionais que são um grupo de conceitos e determinações que normalizam e regulam as ações do profissional, são aqueles que atuam com responsabilidade mantendo o sigilo de informações, cultivando sempre a lealdade, coragem e responsabilidade.

Segundo o CONFEF (2019) o código de ética são normas regulamentadoras que determinam os deveres e ações, e ao mesmo tempo determinam os limites aos quais o profissional de Educação Física é imposto, sendo eles o sigilo de informações, a responsabilidade no ato de suas ações, a imparcialidade atuar apenas ao lhe é cabível sem se deixar levar por suas próprias emoções, sendo leal e transparente no ato de suas ações, respeitando a todos com igualdade e cordialidade, e dentro de sua determinação oferecer o melhor serviço ao seu cliente independente de quem seja.

Quando questionados sobre a motivação que determinou a escolha pela profissão de professor de Educação Física e se gostam da profissão, a análise das justificativas dos pesquisados apontam que as palavras mais frequentes foram “identificação” e “esporte” e todos que responderam a questão constatam afinidade com a área, seja através do esporte ou interesse em atuar na gestão da saúde e ensino de métodos e práticas de atividade física, logo a qualidade das respostas demonstram uma ligação entre Educação Física com a qualidade de vida, convergindo a prática de atividade física com os benefícios a saúde.

Dentro desse contexto se enfatiza o interesse pré-estabelecido dos profissionais em se capacitar de forma a trabalhar o desenvolvimento humano e manutenção da qualidade de vida das pessoas através da prática de atividade física, a ação do professor de Educação Física é uma terapia tanto para o praticante quanto para quem ensina, de forma a promover uma melhor qualidade de vida não apenas física, como também social e emocional, pois a prática de exercícios estimula a produção de hormônios que afetam diretamente o ciclo vital do indivíduo.

Escreve-se muito sobre o professor que queremos, sobre como formá-lo e assumi-lo, como se estivéssemos diante de um profissional sem história. Um modelo novo a ser 1697 feito e programado. Um profissional que podemos fazer e desfazer a nosso bel-prazer; com novos traços definidos racionalmente pelas leis do mercado, pelas novas demandas modernas. Ou até pensamos podermos ser o professor que queremos, que sonhamos. É só constituí-lo em constituintes. Programá-lo, discutir seu perfil progressista, crítico. Tracemos um novo perfil e ele se imporá como um modo de ser daqui pra frente... [...] Ignora-se que o ofício de mestre educação primária, fundamental, básica carrega uma longa história. É uma produção social, cultural que tem sua história (ARROYO, 2008, p. 38 Apud MONTEIRO; MARTINS, 2009, p. 1696-1697)

            Segundo os autores o perfil do professor necessita de um embasamento que sirva como pilar para que o próprio professor tenha um ponto de partida para vir a moldar seu próprio perfil, especificando suas características individuais que venham a diferencia-lo dos demais profissionais, para tanto é necessário que haja uma discussão para que se chegue a um consenso entre o necessário e o indispensável seja um profissional crítico, imparcial, preparado no quesito conteúdo e que tenha apresso pela profissão de forma a respeitar a profissão que exerce.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

            O presente artigo apresentou o objetivo primário de analisar o perfil profissional ideal e real do professor de Educação Física que atua no Ensino médio em escolas do município de Porto Velho/RO.

            O perfil ideal, com base na literatura, do professor de Educação Física que atua no ensino médio é de um indivíduo que respeite e siga o que consta no código de ética do profissional de Educação Física disponibilizado pelo CONFEF, além de ter uma diversificada variedade de metodologias e abordagens de ensino, possuir tanto um conhecimento teórico qualificado como eficientes metodologias de ensino prático se possível integrar ambos os conhecimentos, ser um profissional respeitoso para com seus colegas de profissão e demais funcionários do local onde atua.

            O profissional ideal é aquele que busca novos desafios, reinventa-se apesar das dificuldades encontradas no ambiente de trabalho; aquele que procura transmitir seu conhecimento respeitando as individualidades e visando a autonomia dos seus alunos.

O perfil real identificado no contexto da pesquisa é de professores qualificados teoricamente, e que se auto avaliam com um desempenho considerado de “razoável a excelente” no que diz respeito a atuação teórica e prática, professores com currículos qualificados no quesito curricular, todos apresentaram pós-graduação e em casos específicos até mesmo doutorado, porém também cabe constar a necessidade de se apegarem muito ao improviso e uso da criatividade o que torna a jornada de trabalho desgastante, seja pela falta de recursos ou por conta do próprio conteúdo programático da escola, pois nem todos opinam diretamente na montagem do conteúdo letivo.

            A hipótese de que o perfil ideal para o professor de Educação Física do ensino médio é ter uma postura moral e ética e desempenhar habilmente suas funções como professor de Educação física é verdadeira. A hipótese de que o perfil profissional real do professor de Educação Física do ensino médio é de um profissional sobrecarregado, aulas repetitivas, insatisfeito com o salário e sem preocupações referentes a atualização do próprio currículo profissional foi refutada.

            Neste contexto a análise da respostas gerou reflexão a respeito da forma como os profissionais que estão atuando no ensino médio se auto avaliam, e a forma como se referem aos motivos que os levaram a seguir na profissão e as dificuldades que os mesmos enfrentam, levando a conclusão de que o perfil do profissional de Educação Física que atua no ensino médio é de um profissional que se sente bem ministrando aula, sendo por escolha própria, que não se acomoda, pois buscam novos meios de aprimorar seus conhecimentos e o mercado é vasto para a Educação Física o que os permite buscar novos meios de complementar a renda, a satisfação com a atuação é o principal fator para o contentamento com a profissão, não sendo presente no ato da pesquisa reclamações pessoais como desgaste ou descontentamento com a profissão.

            Portanto, recomenda-se que haja um olhar mais cuidadoso para este conteúdo considerando o grau de importância que ele apresenta para os profissionais que visam entrar no mercado de trabalho, de forma a torná-los mais preparados e promover uma possível comparação de seus próprios perfis com os dos profissionais que estão atuando no ensino médio em escolas da cidade de Porto Velho/RO.

 

REFERÊNCIAS

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[1] Acadêmico do Curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade Metropolitana. E-mail: alex.luizreis@gmail.com

[2] Acadêmico do Curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade Metropolitana. E-mail: aldunatee_pvh@hotmail.com

[3] Professora especialistado Curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade Metropolitana; orientadora da pesquisa. E-mail: cjuliatonon@gmail.com.