ARTIGO ORIGINAL

 

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

 

THE INCLUSION OF PHYSICALLY DISABLED STUDENTS IN PHYSICAL EDUCATION CLASSES

 

LA INCLUSIÓN DE ESTUDIANTES CON DISCAPACIDAD FÍSICA EN LAS CLASES DE EDUCACIÓN FÍSICA

 

José Janailson Guedes da Rocha Descrição: downloadDescrição: Lattes

Centro de Educação a Distância da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes, (CEAD/Unimontes), Montes Claros (MG), Brasil

Email: janailsonguedes@gmail.com

 

Juliana Alves Miranda Andrade Descrição: downloadDescrição: Lattes

Centro de Educação a Distância da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes, (CEAD/Unimontes), Montes Claros (MG), Brasil

Email: julianaamiranda@gmail.com 

 

Data de Submissão:26/05/2022 Data de Publicação:30/08/2022

Como citar: ROCHA, J. J. G.; ANDRADE, J. A. M. A inclusão de alunos com deficiência física nas aulas de Educação Física.  Revista Eletrônica Nacional de Educação Física, Edição Especial. v. 5, n. 6, ago. 2022.

 

RESUMO

O estudo envolveu a inclusão de alunos com deficiência física nas aulas de educação física. O objetivo é demonstrar aspectos relevantes da inclusão de qualidade nas aulas de educação física para alunos com deficiência física. A Educação Física ajuda e motiva os alunos com necessidades especiais. Por meio do curso, os alunos melhoram sua autoestima, autoconhecimento, autocontrole, suas habilidades psicomotoras e sociais, e estimulam outros alunos a compreender, aceitar as diferenças e apoiar esse desenvolvimento. Nos objetivos específicos, buscamos compreender a inclusão da pessoa com deficiência na educação física escolar; enfatizar a importância desta para o desenvolvimento das habilidades físicas de crianças com deficiência física e destacar a importância da estrutura física do ambiente escolar. O método utilizado foi baseado em revisão de literatura por alguns autores, que foi útil para o desenvolvimento. A conclusão desta pesquisa é que escolas e professores devem estar preparados para acolher e atender adequadamente os alunos com deficiência física, mudando a forma como os alunos comunicam entre si para que todos compartilhem os mesmos conteúdos e experiências.

Palavras-chave: Inclusão. Educação Física. Deficiência Física.

 

ABSTRACT

The study involved the inclusion of students with physical disabilities in physical education classes. The objective is to demonstrate relevant aspects of quality inclusion in physical education classes for students with physical disabilities. Physical Education helps and motivates students with special needs. Through the course, students improve their self-esteem, self-knowledge, self-control, their psychomotor and social skills, and encourage other students to understand, accept differences and support this development. In the specific objectives, we seek to understand the inclusion of people with disabilities in school physical education; emphasize the importance of this for the development of physical abilities of children with physical disabilities and highlight the importance of the physical structure of the school environment. The method used was based on a literature review by some authors, which was useful for the development. The conclusion of this research is that schools and teachers must be prepared to properly welcome and serve students with physical disabilities, changing the way students communicate with each other so that everyone shares the same content and experiences.

Keywords: Inclusion. Physical Education. Physical Disability.

 

RESUMEN

El estudio implicó la inclusión de estudiantes con discapacidades físicas en las clases de educación física. El objetivo es demostrar aspectos relevantes de la inclusión de calidad en las clases de educación física para estudiantes con discapacidad física. La Educación Física ayuda y motiva a los alumnos con necesidades especiales. A través del curso, los alumnos mejoran su autoestima, autoconocimiento, autocontrol, sus habilidades psicomotrices y sociales, y animan a otros alumnos a comprender, aceptar las diferencias y apoyar este desarrollo. En los objetivos específicos, buscamos comprender la inclusión de personas con discapacidad en la educación física escolar; enfatizar la importancia de esto para el desarrollo de las capacidades físicas de los niños con discapacidad física y resaltar la importancia de la estructura física del ambiente escolar. El método utilizado se basó en una revisión bibliográfica de algunos autores, lo que fue útil para el desarrollo. La conclusión de esta investigación es que las escuelas y los docentes deben estar preparados para recibir y atender adecuadamente a los estudiantes con discapacidad física, cambiando la forma en que los estudiantes se comunican entre sí para que todos compartan los mismos contenidos y experiencias.

Palabras clave: Inclusión. Educación Física. Deficiencia física

 

INTRODUÇÃO

A educação é um direito de todos. O Plano Nacional de Educação – PNE, Lei nº 10.172/2001 enfatiza que “o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana.” a inclusão de alunos com deficiência na educação física implica uma análise dos processos de ensino e aprendizagem visando proporcionar a todos os alunos as mesmas oportunidades e aprendizados.

O foco principal deste artigo é demonstrar aspectos relevantes da inclusão de qualidade nas aulas de educação física para alunos com deficiência física. As aulas de educação física auxiliam e motivam alunos com necessidades especiais, através das práticas corporais, estes melhoram sua autonomia, autoestima, autoconhecimento, autocontrole, suas habilidades psicomotoras e sociais e estimulam outros alunos a compreender, aceitar as diferenças e apoiar esse desenvolvimento.

O desafio da inclusão nas escolas está relacionado ao desafio da superação da exclusão social, ou seja; só há inclusão porque há exclusão. Isso significa um grande desafio complexo, mas não impossível, pois a educação inclusiva desbloqueia uma mudança de mentalidade que abre os horizontes das expectativas inclusivas para falar sobre competências sociais com diferentes potenciais.

 

A inclusão não prevê o uso de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldades de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites, e se o ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um  (MANTOAN, 2006.p 47).

 

Diferenças culturais, sociais, étnicas, religiosas, de gênero e a diversidade do ser humano são cada vez mais reveladas e destacadas como condição como aprendemos e como entendemos as condições fundamentais do mundo e de nós mesmos (MANTOAN, 2006). É muito importante que sejamos pautados pela ética, respeitemos as diferenças, sejamos livres de preconceitos e discriminações em nossa conduta e caminhemos para uma escola para todos, que busca, acima de tudo, que seus alunos estejam à frente da sociedade. Pessoas melhores, uma sociedade muitas vezes condenada ao ostracismo.

Mantoan (2006, p. 44), ressalta sobre ação metodológica em relação à inclusão que:

As escolas que reconhecem e valorizam as diferenças têm projetos inclusivos de educação. O ensino que ministram difere radicalmente do proposto para atender às especificidades dos educandos que não conseguem acompanhar seus colegas de turma, por problemas que vão desde as deficiências até dificuldades de natureza relacional, motivacional ou cultural dos alunos (MANTOAN 2006, p. 44).

Os professores devem usar métodos que envolvam os alunos em sala de aula, e superar os sistemas tradicionais de ensino é o que devemos alcançar da maneira mais urgente.

O grande desafio para um professor de educação física é fazer com que seus alunos com diferentes deficiências vivenciem conteúdos culturais: jogos, brinquedos, brincadeiras, dança, esportes, lutas, ginástica, a capacidade de apreciar cada matéria dentro de seus limites e possibilidades devem ser transformadas, criar e recriar novas práticas e movimentos. Para Staimback e Staimback (1999), os educadores podem desempenhar um papel importante na percepção dos alunos de que eles têm diferentes pontos fortes e limitações. Eles sugerem atividades para estimular as habilidades dos alunos e identificar limitações.

Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino. Exercer a minha curiosidade de forma correta é um direito que tenho como agente e que corresponde ao dever de lutar por ele, o direito a curiosidade (FREIRE, 2002, p. 95).

Uma Educação Física dirigida a todos os alunos, sem discriminação, portanto, é:

Desenvolver um ensino inclusivo pode ajudar a superar o já referido histórico da disciplina – que, em muitos momentos, pautou-se em distinguir indivíduos aptos e inaptos. Deve-se levar em conta também que, mesmo alertados para a exclusão de grande parte dos alunos, muitos professores apresentam dificuldades em refletir e modificar procedimentos e atividades excludentes, devido ao enraizamento de práticas como essa. Quando o professor desenvolve efetivamente uma atividade inclusiva? Quando apoia, estimula, incentiva,valoriza, promove e acolhe o estudante. (DARIDO, 2004, p. 17).

As escolas inclusivas, para desenvolver a educação inclusiva, exigem que os educadores proporcionem desafios de pensamento para todos e cada aluno. Os educadores precisam ser capazes de despertar em cada aluno a alegria de pensar, a alegria de aprender, almejar um convite ao diálogo e uma experiência insubstituível. É necessário que as escolas inovem os métodos de ensino e os materiais didáticos, além de preparar todo o conteúdo. O mais importante é respeitar as pessoas com deficiência e garantir que sua aprendizagem seja de grande importância para o seu desenvolvimento.

 

A inclusão de deficientes físicos na educação física escolar

Segundo Sassaki (1997 apud CIDADE; FREITAS, 2014), a inclusão vem acontecendo em todo o mundo desde a década de 1950 como um amplo processo social, e a sociedade está sendo transformada para que pessoas com necessidades especiais possam buscar o crescimento pessoal e ter direitos iguais na sociedade.

Para Cidade e Freitas (2014), a inclusão é um processo com grandes transmutações nos ambientes e na mentalidade das pessoas, para promover uma sociedade que admita e valorize as diferenças individuais para ter uma convivência na diversidade humana com entendimentos.

Conforme Pacheco, Eggertsdóttir e Marinósson (2007), as práticas de ensino inclusivas devem usar abordagens diversas, flexíveis e colaborativas que possam estar relacionadas aos valores de igualdade e aceitação. E também pressupõe que a escola precisa se adaptar às crianças que recebem, não que uma determinada criança com deficiência se integra à escola.

 

Na Escola Inclusiva o processo educativo deve ser entendido como um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à escolarização. O alvo a ser alcançado é a integração da criança portadora de deficiência na comunidade escolar. O objetivo principal é fazer com que a escola atue em todos os seus escalões, possibilitando a integração e o aprendizado de todas as crianças que dela fazem parte (PAPA; VIÉGAS; ZAMOR, 2015).

De acordo com Souza et al. (2015), desafios para a inclusão escolar incluem novas formas de pedagogia, formação de professores, alunos e as próprias crianças com deficiência. E no cuidado de crianças que precisam de atenção especial. É necessário edificar uma relação de apoio com a participação de um psicólogo, terapeuta da fala, fisioterapeuta, neurocientistas e outros. Dessa forma, a aprendizagem é conhecida como um processo que envolve sempre relações entre os indivíduos em que o aprendiz interage com o mundo por meio da interação de outras pessoas.

Desde o início, o objetivo da inclusão foi manter nenhum aluno fora do sistema escolar para acomodar as particularidades de todos (BRITO; LIMA, 2012). Segundo Silva e Volpini (2014), a educação é a melhor maneira de implementar a inclusão, alcançar um aprendizado de alta qualidade e remover barreiras para alunos com deficiência.

Conforme Foianesi, Cortez e Zácaro (2012), O número de alunos com deficiência física aumentou consideravelmente nos últimos anos e, como resultado, a integração desses alunos no ambiente escolar continua sendo difícil. Isso pode ter algo a ver com os professores não serem devidamente treinados para ajudar esses alunos.

A formação dos professores de Educação Física para lidar com alunos com deficiência é de extrema importância, mas não basta somente uma boa formação inicial, e sim mudanças em toda a esfera educacional, pois nem todas as escolas estão prontas para acolher o aluno com deficiência (BRITO; LIMA, 2012, p. 7).

O ambiente escolar é um espaço interativo para qualquer criança aprender novas habilidades. Por estarem juntos, é uma grande oportunidade para as crianças com deficiência compartilharem o mesmo ambiente e as mesmas atividades sem serem excluídas pelas dificuldades (SCHIRMER; BROWNING; BERSCH;  MACHADO, 2007).

Para Foianesi, Cortez e Zácaro (2012), quando esse processo de inclusão acontece de forma correta, a educação física é chamada de educação física adaptativa. O esporte adaptativo trata da inclusão de alunos com deficiência em suas atividades, e seu conteúdo não é diferente do esporte, mas da forma como esse conteúdo é entregue para que todos recebam a mesma mensagem. (BRITO;  LIMA, 2012).

Strapasson e Carniel (2010) ressaltam que em algum momento é necessário orientar os alunos sem deficiência física a vivenciarem as dificuldades de seus colegas deficientes. Quando você conhece a dificuldade, pode ganhar coragem e respeito com mais firmeza.

Lehnen et al. (2019) afirmam que a prática de atividade física é importante e benéfica para a saúde e o bem-estar de pessoas com e sem deficiência. A atividade física com o objetivo de acompanhar o treinamento é, portanto, uma forma de prevenir doenças secundárias, como incapacidades, melhorar a função dos órgãos e melhorar a aptidão física, a interação social e a qualidade de vida.

Marques, Caron e Cruz (2020) acreditam que estabelecer a comunicação entre casa e escola facilita o desenvolvimento profissional de professores, assistentes sociais e outros envolvidos em ações inclusivas para melhorar o atendimento de crianças com deficiência. É por meio da inclusão que os alunos desenvolvem a socialização, o pensamento, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para se tornarem cidadãos capazes de enfrentar desafios e participar da construção de um mundo melhor, independentemente das diferenças.

As escolas devem ser capazes de acolher os alunos com suas especialidades e singularidades, o que vale para todos. Afinal, cada um tem características e dificuldades diferentes que precisam ser respeitadas e consideradas na hora de aprender e conviver (SOUZA et al., 2015).

 

Contribuições da Educação Física para o desenvolvimento das capacidades físicas da criança com deficiência

A atividade física regular melhora a qualidade e proporciona muitos benefícios para a saúde física e mental. Para pessoas com deficiência, os ganhos são ainda maiores: melhora a força, o equilíbrio e a agilidade, incentiva a vida ao ar livre e previne doenças secundárias à deficiência

Socialmente, proporciona socialização e aumenta a independência na vida cotidiana. Do lado psicológico, o exercício melhora a autoconfiança e a autoestima, tornando os praticantes mais otimistas e confiantes para alcançar seus objetivos. 

Além das aulas de reabilitação e fisioterapia, há modalidades específicas para deficiência, como atletismo, natação, petanca, basquete em cadeira de rodas, dança adaptativa, croquet e muito mais.

Não importa se o objetivo do atleta é competir ou se divertir, o importante é encontrar um esporte que adeque às condições e objetivos pessoais, respeite as limitações de todos e obedeça a todas as regras de segurança para evitar acidentes e sempre estimule o desenvolvimento do potencial de cada um.

Para tornar o argumento para os benefícios da inclusão mais consistente Soler (2006, p. 52), nos apresenta o Esporte Educacional ( de cunho social e educativo), uma prática de movimento que difere da abordagem do movimento performativo, dirigida à crianças e adolescentes,  cujas metas são baseadas nos seguintes princípios:

            Princípio da Participação, considerando que todos devem participar não se limitando a juntar cinco crianças que jogam e outros apenas assistem a elas.

            Princípio da Coeducação, que agrupa meninos e meninas e desperta o respeito mútuo.

            O princípio da Cooperação, cujo objetivo não é apenas formar campeões, mas valorizar o coletivo. Na cooperação os objetivos são comuns, as ações são compartilhadas e os benefícios são distribuídos a todos.

            Já explanamos como Educação Física Inclusiva é benéfica ao sistema educativo no seu todo. Referente aos escolares com necessidades educacionais especiais, Teixeira e Ribeiro (2006 apud  Vieira; Sousa 2011, p. 2) põem em relevo as melhorias advindas da inclusão:

            A nível motor desenvolve: velocidade, agilidade, força, equilíbrio, coordenação, ritmo, flexibilidade e condição cardiorrespiratória (aeróbia e anaeróbia).

            A nível Cognitivo aprimora: raciocínio, atenção, melhora a percepção espaço-temporal e aumenta a capacidade de concentração.

            A nível afetivo favorece: sociabilização, espírito de luta, controle de ansiedade e auto estima.

Baseados nos princípios de estimulação do movimento, superação de deficiências e foco nos potenciais dos alunos, criando e superação de situações, a educação física inclusiva terá uma importância muito especial no desenvolvimento motor, social e emocional dos alunos com necessidades educativas especiais, colocando-os em absoluto alinhamento com os seus colegas “normais”. 

 

A estrutura escolar e o aluno com deficiência física.

            Conforme Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (nº 13.146/2015), acessibilidade é a:

possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida (BRASIL, 2015, p. 1)

 

Portanto, trata-se também de permitir que as escolas acolham crianças com um determinado tipo de deficiência, com o objetivo de obter educação e minimizar o impacto das diferentes condições.

A Norma de Acessibilidade para construções, Mobiliário, salas e equipamentos Urbanos (ABNT, NBR 9050: 2015) define as adequações que são necessárias para a presença de pessoas com deficiência nas escolas públicas e privadas brasileiras. A obrigação visa desenvolver uma cultura de valores inclusivos na rede educacional e traz diversos benefícios.

Acessibilidade arquitetônica é muito importante nas escolas, sendo necessária a construção de rampas de acesso que permitam ao aluno chegar à sala de aula, e ter acesso a todos os ambientes da instituição. Outras adequações são também necessárias, como portas que permitam a passagem de cadeiras de rodas, com maçaneta de alavanca. Os móveis devem ser dispostos de modo que o aluno possa ver facilmente o professor e o quadro-negro. Além disso, as fileiras de carteiras devem ser largas o suficiente para que os alunos se movimentem pela sala (NBR 9050:2020).

Banheiros acessíveis, tanto para cadeirante, como deficientes visuais e outras carências de mobilidade. Piso tátil para autonomia dos deficientes visuais se localizarem e se movimentem livremente. O ideal é que a escola deite um mapa tátil próximo à entrada, com esse recurso, pessoas com deficiência visual poderão compreender o espaço em que estão e se locomover com mais facilidade (NBR 9050:2020).

Além dos ajustes institucionais, a interação social também é necessária para tornar a inclusão significativa.

 

CONCLUSÃO

Quando falamos em educação, é fundamental ter em mente que, além de garantir uma educação de qualidade, nosso papel é promover um ambiente de igualdade e inclusão para todos os alunos. É importante que os alunos com deficiência sejam acolhidos e se sintam seguros na escola para que entendam que podem e devem ter autonomia para atuar no ambiente escolar. Para que esse acolhimento exista, é importante que todo o corpo docente tenha a formação necessária e que sejam feitas adequações na estrutura física da instituição.

As atividades físicas realizadas por deficientes físicos impactam positivamente na sua autonomia, autoimagem e processo de autoafirmação. A prática de atividade física é um direito de todos e muito importante para as pessoas com deficiência. Por isso, destaca-se o papel da educação física no ambiente escolar.   

A inclusão da pessoa com deficiência no ambiente escolar é de extrema importância, pois esta tem o direito de ter as mesmas experiências e a mesma qualidade de educação que as demais. Na inclusão vimos que ela é uma forma de aceitar a convivência de pessoas diferentes no mesmo ambiente e vem crescendo e ganhando espaço. Nesse caso, as escolas devem ser capazes de atender as necessidades de todos os alunos, mantendo o bom convívio social.

 A educação física escolar é onde as crianças se relacionam e descobrem suas habilidades e limitações. Por isso, é importante adaptar o espaço escolar, para facilitar o acesso desses alunos. O processo de ensino deve considerar as dificuldades de todos seus alunos.

A inclusão dos deficientes físicos nas escolas ainda é uma prática muito falha, onde os professores e as escolas não estão preparados adequadamente para receber esses alunos. Diante isso, escolas e professores devem estar preparados para acolher e atender adequadamente os alunos com deficiência física, mudando a forma como os alunos comunicam entre si para que todos compartilhem os mesmos conteúdos e experiências.

 

REFERÊNCIAS

 

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 9050:2015 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015.

______ Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 9050:2020 (Emenda 1) – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2020.

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Brasil, 2015, Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm.  Acesso em: 03 mar. 2022.

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