Artigo de revisão

AUTISMO E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: REVISÃO DE LITERATURA

 

AUTISM AND SCHOOL PHYSICAL EDUCATION: LITERATURE REVIEW

 

AUTISMO Y EDUCACIÓN FÍSICA ESCOLAR: REVISIÓN DE LA LITERATURA

 

Claudiane Gomes de Assis Descrição: download Descrição: Lattes

Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, Montes Claros (MG), Brasil

E-mail: claudianegomes06@gmail.com

 

Paulo Eduardo Gomes de Barros Descrição: download Descrição: Lattes

Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, Montes Claros (MG), Brasil

E-mail: paulo.barros@unimontes.br

 

Walter Luiz Moura Descrição: download Descrição: Lattes

Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, Montes Claros (MG), Brasil

E-mail: walter.moura@unimontes.br

 

Wellington Danilo Soares Descrição: download Descrição: Lattes

Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, Montes Claros (MG), Brasil

E-mail: wdansoa@yahoo.com.br

 

 

Data de Submissão: 23/11/2023 - Data de Publicação: 14/05/2024

Como citar: ASSIS, C. G.  et al. Autismo e educação física escolar: revisão de literatura. Revista Eletrônica Nacional de Educação Física - RENEF, v. 15, n. 23, jun. 2024. https://doi.org/10.46551/rn2024152300089

 

RESUMO

Analisar a interface entre Educação Física e TEA no contexto escolar, observando o âmbito do profissional, buscando informações e conhecimento que possam ajudar no trabalho do professor. Trata-se de uma de revisão de literatura de cunho qualitativo. Foi realizado um levantamento bibliográfico de forma online nas principais bases de dados indexadas, como Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library (SciELO) e Capes periódicos utilizando os descritores:  Educação Física; Autismo; Escola, empregando o conector booleano "and". De acordo com os dados obtidos através deste estudo, foi possível concluir que a Educação Física traz inúmeros benefícios para os alunos com TEA, porém ainda há uma carência na qualificação profissional para trabalhar com esse grupo, necessitando de uma maior abrangência tanto na capacitação de profissionais quanto na produção cientifica com temática voltada para este grupo. Foi possível verificar que houve um grande avanço da Educação Física no trabalho com pessoas com Autismo, os estudos citados corroboram que o professor de Educação Física tem grande importância no processo de aquisição de habilidades cognitivas, motoras e sociais.

Palavras-chave: Educação Física.  Autismo.  Escola. 

 

ABSTRACT

Analyze the interface between Physical Education and ASD in the school context, observing the scope of the professional, seeking information and knowledge that can help in the work of the Physical Education teacher through the inclusion of day-to-day, through a theoretical study. This is a literature review of a qualitative nature. It was carried out a bibliographic survey online in the main indexed databases, such as Google Scholar, Scientific Electronic Library (SciELO) and Capes journals using the descriptors: Physical Education; Autism; School, using the Boolean connector "and". According to the data obtained through this study, it was possible to conclude that Physical Education brings numerous benefits to students with ASD, however there is still a lack of professional qualifications to work with this group, requiring greater coverage both in the training of professionals and in scientific production with themes aimed at this group. It was possible to verify that there was a great advance in Physical Education in working with people with Autism, the studies cited corroborate that the Physical Education teacher has a great importance in the process of acquiring cognitive, motor and social.
Keywords: Physical Education. Autism. School. 

 

                                             RESUMEN

Analizar la interfaz entre Educación Física y TEA en el contexto escolar, observando el alcance del profesional, buscando información y conocimientos que puedan ayudar en el quehacer del docente de Educación Física bajo la inclusión del día a día, a través de un estudio teórico. Se trata de una revisión cualitativa de la literatura. Se realizó un levantamiento bibliográfico en las principales bases de datos indexadas, como Google Scholar, Scientific Electronic Library (SciELO) y revistas Capes utilizando los descriptores: Educación Física; Autismo; Escuela, utilizando el conector booleano "and". De acuerdo a los datos colectados por medio de este estudio, fue posible concluir que la Educación Física trae numerosos beneficios a los estudiantes con TEA, sin embargo aún falta calificación profesional para trabajar con este grupo, requiriendo una mayor cobertura tanto en la formación de los profesionales como en la producción científica con temáticas enfocadas a este grupo. Se pudo comprobar que hubo un gran avance en la Educación Física en el trabajo con personas con Autismo, los estudios citados corroboran que el docente de Educación Física tiene gran importancia en el proceso de adquisición de habilidades cognitivas, motrices y sociales.

Palabras clave: Educación Física. Autismo. Escuela. 

 

INTRODUÇÃO

      Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um Transtorno do neurodesenvolvimento, que por sua vez, são distúrbios comportamentais e cognitivos que surgem durante o período de desenvolvimento da criança e que envolvem dificuldades significativas na aquisição e execução de funções específicas intelectuais, motoras, de linguagem ou sociais (Silveira; Santos; Stascxak, 2021).

      Houve um aumento significativo de pessoas com TEA nos últimos anos. De acordo com o levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas, estima-se que cerca de 1% da população mundial, ou um a cada 68 indivíduos, apresente algum transtorno compreendido dentro do espectro autista (Santos et al., 2020).

      Tal como acontece com crianças com desenvolvimento típico e crianças com TEA requerem estímulos específicos apropriados à individualidade e nível de evolução pessoal, o mesmo se aplica à Educação Física na escola. Do mesmo modo que outros elementos curriculares do ensino básico, tem predomínio no desenvolvimento de pessoas com transtornos globais de desenvolvimento (Rossi-Andrion et al., 2021).

      A obrigatoriedade da Educação Física na escola está assegurada em dois textos na LDB (1996). Em seu capítulo II, sessão I, artigo 26, inciso III A Lei Nº 10.793/03 a qual altera a lei 9.394/96 diz “a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental” e na sessão IV, artigo 35-A, inciso II “a Base Nacional Comum Curricular referente ao ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de Educação Física, arte, sociologia e filosofia (Mommad, 2020).

      Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, muito se tem discutido desde a década de 1980, debatendo os objetivos da disciplina. A Educação Física desenvolveu múltiplas abordagens baseadas em diferentes teorias psicológicas, sociológicas e filosóficas. Mesmo com olhares diferentes, a abordagem atual visa uma Educação física que provoque resultados[FI1] [w2]  nas diversas perspectivas do ser humano (Matos; Verde; Corrêa, 2019).

      Proporcionar oportunidades para crianças com TEA conviverem com outras de mesma idade e outros demais possibilitando a interação, fortalecendo assim a sociabilidade. A Educação Física é uma área que tem um impacto significativo no envolvimento e desenvolvimento de alunos com transtorno do espectro do autismo. As aulas de Educação Física podem proporcionar aos alunos com TEA atividades que promovam seu desenvolvimento motor e melhorem as relações sociais, possibilitando a geração de autonomia, crítica e reflexão que direcionam o aluno a criar valores e lutar pela construção social do indivíduo (Silva; Prefeito; Toloi, 2019).

      As aulas de Educação Física trazem inúmeros benefícios para o desenvolvimento motor, social, afetivo e cognitivo para alunos com TEA no seu processo de desenvolvimento. A Educação Física ajuda a desenvolver habilidades sociais e melhorar a qualidade de vida de alunos com TEA (Costa et al., 2022).

      Sendo assim o presente estudo objetivou analisar a interface entre o TEA e a Educação Física no contexto escolar, observando o âmbito do profissional, buscando informações e conhecimento que possam ajudar no trabalho do professor de Educação Física mediante a inclusão do dia-a-dia, por meio de um estudo teórico.

      A realização desta pesquisa encontra relevância devido ao grande número de crianças com diagnóstico de TEA, necessitando de aprofundamento nos estudos relacionados à Educação Física escolar e suas contribuições para o autismo. Trazendo a oportunidade para informar os pais e a comunidade sobre a importância da disciplina de Educação Física para crianças com TEA e como esta pode estar diretamente relacionada com o seu desenvolvimento físico, motor e social, e para ajudar os professores a planejar e realizar intervenções para esse público.

MÉTODOS

            Trata de uma de revisão de literatura narrativa de cunho qualitativo (Minayo, 2021), no qual foi realizado um levantamento bibliográfico de forma online nas bases de dados indexadas, como Google Acadêmico, Scientific Eletronic Library (SciELO) e Capes periódicos utilizando os descritores:  Educação Física; Autismo; Escola, utilizando o conector booleano "and".

            Foram incluídos doze artigos disponíveis nas plataformas da Scielo e Google Acadêmico, sendo analisados através da coleta de dados, após a inclusão de artigos relacionados ao tema publicados em língua portuguesa e inglesa, publicado nos últimos 5 anos. E excluídos 23 artigos publicados antes de 2019 e trabalhos de conclusão de curso.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Transtorno do Espectro Autista - TEA

O TEA refere-se a uma série de condições de desenvolvimento. É caracterizada por comprometimento neurológico, comportamentos repetitivos e comprometimento de linguagem, habilidades sociais e comunicação não-verbal. Além disso, pessoas com TEA podem ter muitas outras comorbidades, como hiperatividade, distúrbios do sono, doença gastrointestinal e epilepsia. A menção ao autismo surgiu pela primeira vez em 1906 e, ao longo dos anos, foi alvo de alterações em sua categorização pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM). Atualmente, o DSM denomina esse quadro como Transtorno do Espectro Autista - TEA (Viana et al., 2020).

No início, o psicanalista Bruno Bettelheim categorizou-o como um transtorno relacionado à relação entre mãe e bebê, com o problema centralizando-se nessa interação dialética. Isso deu origem à expressão "mãe geladeira" e relacionou a causa do transtorno a fatores ambientais. Contudo, atualmente, o autismo é considerado de ordem multifatorial, com causas diversas e de origem neurológico (Santos; Ramos, 2021).

O TEA é dividido em três categorias, cada uma com sua definição determinada pela equipe especializada responsável pela criança. Essas categorias são classificadas como leve, moderada e severa. No grau mais leve, embora sejam observados estereótipos e dificuldades de comunicação e/ou interação social, os sinais podem ser tão sutis que o diagnóstico pode ocorrer tardiamente. Em geral, esse nível é caracterizado pela falta de empatia, dificuldade em fazer amizades, conversas unilaterais, foco intenso em assuntos específicos e movimentos descoordenados (Dias; Antunes; Borgmann, 2023).

No autismo moderado, que seria um meio-termo entre o leve e o severo, o indivíduo não é tão independente quanto aquele com grau leve, porém, também não necessita de tanto suporte quanto aquele com nível severo. O quadro mais representativo do autismo é observado no grau severo, embora ainda haja debates sobre o quão interferente esse comprometimento é para o desenvolvimento da criança (Dias; Borragine, 2020).

Ainda não se sabe ao certo as razões por trás do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Contudo, existem pistas que sugerem que a origem desse problema possa estar conectada a anormalidades encontradas em diversas áreas do cérebro desses indivíduos, podendo ser de origem genética ou não (Silva et al., 2019).

Educação Física escolar

      O curso histórico da formação em Educação Física mostra que a legislação moldou, e continua a moldar, a constituição da educação física como profissão. No Brasil, a educação física foi construída por meio de lutas políticas, epistemológicas e ideológicas (Quixabeira et al., 2021).

      No Brasil do final do século XIX e XX, a Educação Física estava intimamente associada às instituições médicas e militares, processo no qual orientou o percurso desta disciplina, marcando o seu espaço e delimitando o campo do conhecimento, tornando-a um instrumento de ação e intermédio na realidade educativa e social (Lima, 2020). Atualmente a Educação Física é conteúdo obrigatório na educação básica, conforme assegura a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), em seu artigo 26 (Brasil, 1996)[FI3] [w4] .

      A disciplina de Educação Física abrange um contexto fundamental da vida escolar dos alunos, proporcionando bem-estar, sensação de prazer, interação social, interação com a comunidade, auxiliando na formação de amizades, desenvolvendo habilidades motoras, cognitivas, aptidão física e afeto, o que se torna um grande benefício para o corpo e a mente (Cruz; Cunha; Amaral, 2022). Proporciona vivencia de seus corpos, materiais e interações sociais, permitem conhecer a si mesmas, enfrentarem desafios, descobrirem seus limites, interagem com outras crianças, expressando suas emoções através da linguagem corporal, também auxilia no desenvolvimento das capacidades intelectuais e emocionais da criança, agindo de forma consciente e crítica e criando autonomia, entre outros aspectos (Laureano; Fiorini, 2021).

      A Educação Física apresenta um diferencial importante em relação às demais áreas do conhecimento na medida em que oferece uma ampla gama de experiências nos campos da cultura, do lazer e da saúde, que vão além, mas não se limitam aos princípios científicos que normalmente norteiam a prática educativa (Souza et al., 2019).

      A Educação Física escolar é de extrema importância para a inclusão, construção do cidadão no ambiente escolar sendo que seu processo de ensino-aprendizagem não se limita a mera prática de competências e habilidades especificas, trabalha o aluno como um todo, permitindo a reflexão sobre as capacidades corporais de movimento, autonomia, fazendo com que as exerça de maneira social e cultural adequadamente e relevante (Duru, 2023).

Educação Física e Autismo

      Várias produções científicas têm surgido em relação à temática em questão. No estudo realizado por Maia,  Bataglon e Mozo (2020) na cidade de Porto Alegre e Região Metropolitana, no Rio grande do Sul, onde foram entrevistados oito professores de Educação Física de escolas de rede regular de ensino,  utilizando uma entrevista semiestruturada com 13 questões com roteiro previamente elaborado especificamente para este estudo, na qual buscou apresentar a percepção dos docentes de Educação Física acerca da inclusão de alunos com TEA na escola regular, os autores concluíram que o estudo evidenciou que os participantes do estudo avaliam as particularidades de cada estudante com TEA em relação à participação nas aulas de Educação Física, com o objetivo de adotar uma abordagem pedagógica que esteja em sintonia com suas capacidades e demandas.

       A interdisciplinaridade dos professores de Educação Física e a colaboração com professores de outras disciplinas do ensino regular e de serviços de educação especializada foi considerada crucial na adaptação do trabalho dos alunos com TEA nas aulas de Educação Física (EF)[FI5] [w6] . Ênfase especial é colocada na colaboração com professores de Serviços de Educação Especial como algo fundamental para que os alunos com transtornos do espectro do autismo recebam as mesmas condições de aprendizagem (Maia; Bataglon; Mozo, 2020).

       Outra pesquisa realizada por Dias,  Antunes e Borgamann (2023) realizada no Município de Ijuí - RS, cujo objetivo foi ampliar as compreensões sobre o processo de formação de professores acerca da inclusão de alunos com TEA nas aulas de Educação Física, o estudo foi realizado com o os professores de Educação Física dos anos iniciais do ensino fundamental, atuantes em escolas da área urbana do município, para levantamento de dados foi utilizado um questionário  contendo 10 perguntas acerca da temática proposta. 

       Os resultados indicaram que os professores demonstram não estarem preparados para trabalharem com alunos com TEA, sendo que além de não planejarem as aulas pensando no contexto geral da turma nem todos buscam formação continuada para adquirir mais conhecimento acerca do tema os autores ainda afirmam que os que possuem formação continuada ainda se sentem despreparados (Dias; Antunes; Borgamann,2023).

       Em uma investigação científica feita por Mello, Fiorini e Coqueiro (2019) realizada escolas no interior de São Paulo, no qual buscou identificar, intervir e avaliar a ação motora e social de alunos com TEA dentro das aulas de Educação Física. Os autores concluíram que a Educação Física possui atributos que contribuem para o desenvolvimento psicomotor e social dos alunos com Transtorno do Espectro Autista e através da intervenção de ações de psicomotricidade notou-se uma melhoria significativa em diversas áreas de desenvolvimento motor e social, inclusive em questão da estruturação de aulas inclusivas.

       Em outro estudo feito por Barbosa, Gallina e Nunes (2023) na cidade do Vale do Itajaí (SC), objetivando verificar qual a importância das aulas de Educação Física para crianças com TEA a partir da percepção dos seus pais/responsáveis. Os autores concluíram que as aulas de Educação Física são relevantes para o desenvolvimento motor, cognitivo e social de crianças com TEA, mas há desafios acerca do alcance do ensino, sendo eles: a qualificação dos profissionais; características individuais das crianças com TEA; e inclusão social. Manifestou-se que as aulas de Educação Física atuam/ajudam diretamente na interação com outras crianças, no equilíbrio, trabalho em equipe e proporcionam sentimento de felicidade.

       Diversos estudos apontam que a Educação Física propicia as crianças com autismo uma ampla bagagem com contribuição significativa para a construção do cidadão, proporciona a inclusão, interação, desenvolvimento de habilidades, tanto sociais como cognitivas e motoras (Garozzi et al., 2021).

Uma das limitações do estudo foi a escassez de pesquisas na literatura cientifica com desenho experimental com essa temática, possibilitando a relação de causa e efeito.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Ao final foi possível depreender que a Educação Física está em constante progresso, tanto em relação à diversidade de atividades, esportes, jogos e brincadeiras que são criados e recriados, quanto nas abordagens educacionais em que tais inovações se fazem necessárias, uma vez que cada aluno possui a sua própria singularidade.

            A inclusão de crianças diagnosticadas com o TEA nas escolas regulares é um direito conquistado por meio da legislação, já que, de acordo com estudos literários, a interação social, contribui para o crescimento e desenvolvimento das pessoas com o Transtorno Espectro Autista.

            Apesar das inúmeras dificuldades encontradas, pode-se perceber um grande avanço da Educação Física no trabalho com pessoas com Autismo, os estudos citados corroboram que o professor de Educação Física tem grande importância no processo de aquisição de habilidades cognitivas, motoras e sociais. Cabe ressaltar ainda que diante de todos os benefícios que a Educação Física propicia para os alunos com TEA, ainda há uma carência na capacitação para qualificação dos profissionais.

            A partir deste estudo, verifica-se a necessidade de uma reflexão mais aprofundada e ampla sobre a inclusão da Educação Física para pessoas autistas. Isso deve começar pela formação inicial e pelos cursos de capacitação destinados aos profissionais, a fim de oferecer um ensino digno e de qualidade a esse público, proporcionando resultados superiores para todas as partes envolvidas.

            Para tanto, sugere-se que sejam realizados mais estudos acerca da temática, ampliando o nível de conhecimento, proporcionando diversas estratégias para os profissionais, pais, responsáveis e demais.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, L.; GALLINA, I.; NUNES, C. C. Percepção dos responsáveis por crianças com autismo sobre a importância das aulas de educação física escolar. Caderno de Educação Física e Esporte, v.21, n.1, p.31, 2023.

BEGO, G.; ANJOS, J. R. C. A importância da Educação Física Escolar Para a Formação do Indivíduo na Sociedade. Revista Saúde UniToledo, v.4, n.1, p.13-26, 2020.

COSTA, W. C. P. et al. O Transtorno de Espectro Autista e a Educação Inclusiva sob a perspectiva de docentes em duas escolas de Belém no estado do Pará. Research, Society and Development, v.11, n.10, p.1-9, 2022. 

CRUZ, D. E.; CUNHA, A. A. C.; AMARAL, J. F. A importância da educação física no ambiente Escolar: contribuições, na formação do Indivíduo crítico e consciente. Revista Eletrônica Nacional de Educação Física, Edição Especial. v.5, n.7, p.2-16, 2022.

DIAS, F. K.; ANTUNES, F. R.; BORGMANN, M. E. O ensino da educação física com alunos com Transtornos do Espectro Autista (TEA): Inclusão em pauta. Revista Saberes Docentes, v.8, n.15, p.55-78, 2023.

DIAS, H. L. A. B.; BORRAGINE, S. O. F. A inclusão de crianças autistas nas aulas de Educação Física escolar. Revista Expressão Da Estácio, v.3, n.1, p.1-12, 2020.

DURU, R. M. A educação física nos anos iniciais. Revista Educação Continuada, v.5 n.9, p. 103-114, 2023.

GAROZZI, G. V. et al. Educação Física escolar e inclusão: o que dizem os estudos. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.29, n.3, p.1-24, 2021.

LAUREANO, C. G.; FIORINI, M. L. S. Possibilidades da psicomotricidade em aulas de educação física para alunos com transtorno do espectro autista. Revista da associação brasileira de atividade motora adaptada, v.22, n.2, p.317-332, 2021.

LIMA, R. R. História da Educação Física: algumas pontuações. Revista Eletrônica Pesquiseduca, v.7, n.13, p.246-257, 2020.

MAIA, J.; BATAGLION, G. A.; MAZO, J. Zarpellon. Alunos com transtorno do espectro autista na escola regular: relatos de professores de educação física. Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada, v.21, n.1, p. 15-30, 2020.

MATOS, M. T.; VERDE, E. J. S. R. C.; CORRÊA, L. S. Educação Física e os temas transversais. Revista Ensino de Ciências e Humanidades-Cidadania, Diversidade e Bem Estar-RECH, v.3, n.1, p.382-4-2, 2019.

MELLO, L. A.; FIORINI, M. L. S.; COQUEIRO, D. P. Benefícios da educação física escolar para o desenvolvimento do aluno com transtorno do espectro autista na percepção dos professores. Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada, v.20, n.1, p.81-98, 2019.

MINAYO, M. C. S. Ética das pesquisas qualitativas segundo suas características. Revista Pesquisa Qualitativa, v.9, n.22, p.521-539, 2021.

MOMMAD, M. L. A história da educação física escolar no Brasil: leis e decretos norteadores. Horizontes-Revista de Educação, v.9, n.16, p.1-11, 2020.

QUIXABEIRA, A. P. S. et al. Metodologias ativas e o ensino de educação física: uma revisão da literatura. Revista Observatório, v.7, n.1, p.1-14, 2021.

ROSSI-ANDRION, P. et al. Transtorno do Espectro Autista e Educação Física escolar: revisão sistemática de literatura. Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada, v.22, n.1, p.175-194, 2021.

SANTOS, M. K. F. et al. O benefício da natação no tratamento de crianças diagnosticadas com TEA: um relato de experiência do trabalho realizado no instituto espaço vida no município de Vitoria De Santo Antão - PE. Brazilian Journal of Development, v.6, n.6, p.35738-35748, 2020.

SANTOS, V. N. F.; RAMOS, P. A inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na perspectiva histórico-cultural. Rein-Revista Educação Inclusiva, v. 6, n.4, p.1-13, 2021.

SILVA, J. P. F. et al. Entrelaçamento entre possibilidades, avanços e contribuições da psicanálise para o autismo. Revista Expressão Católica. v.8. n.1. p.17-28. 2019.

SILVA, I. C. P.; PREFEITO, C. R.; TOLOI, G. G. Contribuição da Educação Física para o desenvolvimento motor e social do aluno com Transtorno do Espectro do Autismo. Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada, v.20, n.1, p.71-80, 2019.

SILVEIRA, N. M. G.; SANTOS, L. K. F.; STASCXAK, F. M. Os desafios das crianças com autismo à Educação Inclusiva. Ensino em Perspectivas, v.2, n.4, p.1-12, 2021.

SOUZA, A. L. A Base Nacional Comum Curricular e seus desdobramentos para a Educação Física. Motrivivência, v. 31, n. 59, p. 1–16, 2019. DOI: 10.5007/2175-8042.2019e58123. Disponível em: https://encurtador.com.br/fjsM2. Acesso em: 22 abr. 2024.

71

 
VIANA, A. C. V.; et al. Autismo. Saúde Dinâmica, v.2, n.3, p.1-18, 2020.

 


 [FI1]? - resultados

 [w2]Feito.

 [FI3](Brasil,1996)

 [w4]Feito.

 [FI5] Não foi identificado anteriormente a sigla EF, fazendo referência ao nome da disciplina Educação Física

 [w6]Feito.