RODAS DE CONVERSA SOBRE MASCULINIDADES NA ESCOLA: TENSIONANDO MODOS DESCONSTRUTIVOS DE “SER HOMEM” COM OS JOVENS
Resumen
Este trabalho apresenta dados de um projeto de Iniciação Científica Júnior (ICJR) realizado no Colégio Pedro II, Instituição federal de educação básica, técnica e tecnológica localizada no estado do Rio de Janeiro (RJ), focalizando o debate sobre masculinidades tóxicas na escola. Nesta discussão, o termo masculinidade tóxica diz respeito a um modo “de ser homem” constituído com base no machismo e que causa uma série de danos não só às mulheres mas também a homens brancos, negros, heteros, cis, trans, deficientes, jovens, idosos, entre outras inúmeras identificações possíveis da masculinidade. Abordaremos a noção de masculinidade tóxica neste trabalho tomando como base autores/as localizados nos estudos pós-estruturalistas como Jacques Derrida e Judith Butler, no desenvolvimento de uma pesquisa colaborativa no campus Engenho Novo II, pelos princípios de Mariza Vorraber Costa. A parceria colaborativa entre um professor de Educação Física e quatros estudantes do primeiro ano do ensino médio (dois meninos e duas meninas) no ano de 2019, se desenvolveu com a realização de rodas de conversas com jovens que identificavam-se com o gênero masculino, discutindo temas como violência contra a mulher, assédio, homofobia e desconstrução. Entre os resultados das rodas de conversa, os jovens estudantes debateram sobre os temas iniciando um movimento inicial - individual e coletivo – de reflexão sobre a desconstrução dos padrões normativos de “ser homem” na sociedade.
Palavras Chave: Masculino. Jovens. Escola.