QUALIDADE DO SONO DE PROFESSORES PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO
DOI:
10.46551/rn2024152300094Palavras-chave:
Musculação. Qualidade do sono. Professores.Resumo
O sono é fundamental para a manutenção da saúde e qualidade de vida, e está positivamente relacionado à prática de atividade física. Aqueles que praticam se beneficiam de maior relaxamento muscular e a redução da tensão nervosa. O presente estudo teve como objetivo comparar a qualidade do sono de professores praticantes e não praticantes de musculação, no município de Januária, Norte de Minas Gerais. Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, de caráter quantitativo e comparativo. A amostra foi selecionada utilizando o método de amostragem não probabilística. Participaram da pesquisa 93 professores, sendo 34 praticantes e 59 não praticantes de musculação, de ambos os sexos, na faixa etária entre 28 e 58 anos de idade, tendo a média de idade de 41 anos. Para serem incluídos no estudo, os praticantes de musculação deveriam ter, no mínimo, 6 meses de treino, e o grupo de não praticantes deveriam ter, no mínimo, 1 ano de magistério. Para a realização deste estudo foi utilizado o questionário Pittsburgh Sleep Quality Index, aprovado e validado, que oferece um índice de gravidade e natureza de transtorno, sendo uma combinação de informações quantitativas e qualitativas sobre o sono. Os dados coletados foram analisados através da estatística descritiva, com as frequências relativas. Para variáveis de interesse, utilizamos o teste do Qui-quadrado e o índice de significância (p=<0,05), com valores em porcentagens. Os resultados indicaram que no sexo masculino houve diferença significativa entre os grupos de praticantes e não praticantes (P=0,044). Já, no sexo feminino, não observou diferença entre os grupos (P=0,065). Entre os praticantes houve diferença significativa entre os grupos (P=0,001) e aqueles que não praticam não houve diferença entre os grupos (P=0,26). Conclui-se que as professoras apresentaram melhores resultados na qualidade do sono em relação aos professores.
Downloads
Referências
AMERICAN SLEEP DISORDERS ASSOCIATION. The international classification of sleep disorders (diagnostic and coding manual). Kansas: DCSC, 1991.
BARROS, M. B. A. et al. Qualidade do sono, saúde e bem-estar em estudo de base populacional. Revista de Saúde Pública, v. 53, p. 82, 2019.
BARROS, M. B. A. et al. Report on sadness/depression, nervousness/anxiety and sleep problems in the Brazilian adult population during the COVID-19 pandemic. Epidemiologia e Serviços de Saúde: Revista Do Sistema Único de Saúde do Brasil, v. 29, n. 4, e2020427, 2020.
BARROS, M. E. et al. Saúde e trabalho docente: a escola como produtora de novas formas de vida. Trabalho, Educação e Saúde, v. 5, n. 1, p. 103-123, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de atenção a saúde. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa (Série A, Normas e Manuais Técnicos/Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos- caderno 9). Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf. Acesso em: 01 jun. 2023.
BUYSSE, D. J. et al. The Pittsburgh Sleep Quality Index: a new instrument for psychiatric practice and research. Psychiatry Research, v. 28, n. 2, p. 193-213, 1989.
CEOLIM, M. F.; MENNA-BARRETO, L. Sleep/wake cycle and physical activity in healthy elderly people. Sleep Research Online, v. 3, p. 87-95, 2000.
CHRISTIE, A. D.; SEERY, E.; KENT, J. A. Physical activity, sleep quality, and self-reported fatigue across the adult lifespan. Experimental Gerontology, v. 77, p. 7-11, 2016.
FERGUSON, S. A.; DAWSON, D. 12-h or 8-h shifts? It depends. Sleep Medicine Reviews, v. 16, n. 6, p. 519–528, 2012.
FONSECA, D. C. et al. Avaliação da qualidade do sono e sonolência excessiva diurna em mulheres idosas com incontinência urinária. Revista Neurociência, v. 33, n. 3, p. 294-299, 2010.
FREITAS, A. M. C. et al. Qualidade do sono e fatores associados entre docentes de educação superior. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 46, e2, 2021.
FU, W. et al. Psychological health, sleep quality, and coping styles to stress facing the COVID 19 in Wuhan, China. Translational Psychiatry, v. 10, n. 1, p. 1–9, 2020.
KEBEDE, A. et al. Low Back Pain and Associated Factors among Primary School Teachers in Mekele City, North Ethiopia: A Cross-Sectional Study. Occupational Therapy International, v. 2019, 3862946, 2019.
KIRCHHOF, A. L. C. Compreendendo cargas de trabalho na pesquisa em saúde ocupacional na enfermagem. Colombia Médica, v. 42, n. 2, p. 113-9, 2011.
LIGABUE, R. Prevalência de alterações de sono e estresse em docentes do ensino superior de uma instituição de ensino privada em Porto Alegre. 2017. 90f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Desenvolvimento Humano), Centro Universitário La Salle, Canoas, 2017.
LEWIS, R. et al. The impact of sleep, physical activity and sedentary behaviour on symptoms of depression and anxiety before and during the COVID-19 pandemic in a sample of South African participants. Scientific Reports, v. 11, n. 1, p. 1-11, 2021.
MARTINS, P. J. F.; MELLO, M. T.; TUFIK, S. Exercício e sono. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 7, n. 1, 2001.
O’CONNOR, P. J.; YOUNGSTEDT, S. D. Influence of exercise on human sleep. Exercise Sport Science Reviews, v. 23, p. 105-34, 1995.
QUINHONES, M. S.; GOMES, M. M. Sono no envelhecimento normal e patológico: aspectos clínicos e fisiopatológicos. Revista Brasileira de Neurologia, v. 47, n. 1, p. 31-42, 2011.
REID, K. J. et al. Aerobic exercise improves self-reported sleep and quality of life in older adults with insomnia. Sleep Medicine, v. 11, n. 9, p. 934-40, 2010.
SCARABELI, E. Estados emocionais de praticantes de exercícios com peso. 2009. 45f. Monografia (Trabalho de conclusão de curso de Educação Física) - Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2009.
SEDENTARISMO avança no planeta: 25% da população no grupo de alto risco. Correio Brasiliense. 2018. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2018/09/05/interna_ciencia_saude,704041/sedentarismo-avanca-no-planeta-25-da-populacao-no-grupo-de-risco.shtml. Acesso em: 01 jun. 2023.
SELIGMANN-SILVA, E. Trabalho e desgaste mental: o direito de ser dono de si mesmo. São Paulo: Cortez, 2011.
SHUKLA, C, BASHEER, R. Metabolic signals in sleep regulation: recent insights. Natural and Science of Sleep, v. 8, p. 9-20. 2016
SILVA, R. B. et al. Relação da prática de exercícios físicos e fatores associados às regulações motivacionais de adolescentes brasileiros. Exercício Físico e Regulações Motivacionais, v.8, n. 2, p. 8-21. 2012.
THOMAS, J. R.; NELSON, J. K. Métodos de pesquisa em atividade física. 3 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.
VIEIRA, A. A qualidade de vida e musculação e o controle da Qualidade Total. Florianopolis: Insular, 1996.
VUORI, I. et al. Epidemiology of exercise effects on sleep. Acta Physiologica Scandinavica, v. 574, p. 3-7, 1988.
WATSON, A. M. Sleep and athletic performance. Current Sports Medicine Reports, v. 16, n. 6, p. 413-418, 2017.
WENTZEL, M. Um em cada dois brasileiros não se exercita o suficiente, diz OMS. BBC News Brasil. 2018. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-45415691. Acesso em: 01 jun. 2023.
WHITWORTH, J. et al. High intensity resistance training improves sleep quality and anxiety in individuals who screen positive for posttraumatic stress disorder: A randomized controlled feasibility trial. Mental Health and Physical Activity, v. 16, p. 43-49, 2019.
WRIGHT, K. P; BOGAN, R. K; WYATT, J. K. Shift work and the assessment and management of shift work disorder (SWD). Sleep Medicine Reviews, v. 17, n. 1, p. 41–54, 2013.
Publicado
Versões
- 2024-08-27 (3)
- 2024-08-14 (2)
- 2024-08-14 (1)