REVISTA NORTE MINEIRA DE ENFERMAGEM
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INTRODUÇÃO
A sepse é uma resposta infecciosa sistêmica gerada por
um ou mais pontos infectados no organismo e regularmente, se não tratados, pode
levar ao choque e consequentemente ao óbito(1). O período neonatal
inicia no momento do nascimento e se estende até o 28º dia de vida. Trata-se de
uma fase bastante vulnerável para o neonato, pois, é neste estágio que acontece
às adaptações à vida extrauterina(2).
Decorrente disso, há altas taxas de morbidade e
mortalidade, as condições com maior relevância para o desenvolvimento da sepse
precoce são: a prematuridade, sepse e asfixia perinatal(3,4). Já a
sepse tardia é classificada como aquela que ocorre após às 48 horas do
nascimento, geralmente é provocada por higienização precária, falha na técnica
antisséptica, falta de preparo dos profissionais, antecipação do parto, longo
tempo de internação maior que uma semana, intervenções cirúrgicas. Outro
aspecto é o descumprimento das normas do controle de infecção hospitalar, tais
como assepsia das mãos, desinfecções do ambiente e superlotação, entre outros(5).
O controle clínico eficaz da sepse neonatal baseia-se
na identificação precoce e no início imediato da antibioticoterapia.
Entretanto, isso é de difícil alcance na prática, podendo ser pela falta de conhecimento da mãe e ausência de sinais e sintomas circunstanciais da sepse. Portanto, apresenta dificuldades para a
obtenção do diagnóstico precoce e resulta em um número grande de morbidade e mortalidade
relacionada à sepse neonatal, especificamente em países de baixa renda, logo há
uma necessidade de novas abordagens para identificar os recém-nascidos com
maior risco(6). Em 2016 a mortalidade mundial neonatal era de 19 a
cada 1000 nascidos vivos, sendo assim um total de 2,6 milhões
de neonatos vieram a óbito no primeiro
mês de vida apesar dos
avanços, decaiu de 37 por 1000 nascidos vivos para 19 por 1000 nascidos vivos.
Os níveis de mortalidade em neonatos vêm decaindo nos últimos anos com uma
média de 53% entre 1990 a 2016, mas a sepse ainda é a causa de vários óbitos
sendo constatado, em 2016, 7% das mortes existentes(7). No Brasil a
média de óbitos neonatais é de 7,5 – 1000 nascidos vivos por sepse, e no estudo
em Londrina-PR a média foi de 2,3 – 1000 nascidos vivos. Em um estudo recente
realizado em um hospital com dados de 2000 a 2013 se obteve resultados
relevantes de cunho positivo(8). A sepse neonatal incita danos
físicos a saúde do neonato devido aos diversos procedimentos invasivos, podendo
evoluir para o risco de morte, além de ser inoportuno ao setor de saúde pelo fato de ser evitável e
economicamente desagradável(9).
A sepse neonatal é um grave problema de saúde pública, uma vez que
aumenta os gastos com longos períodos de internação, gastos com antibióticos,
além da possibilidade de patogenias durante a internação(10). Um dos
motivadores desta pesquisa é a busca dos pesquisadores em ampliar seus conhecimentos na área neonatal, considerando as essências para a vida profissional e pessoal, proporcionando ampliação
teórica para os mesmos, para que assim, possam conhecer
este agravo e poder ter a possibilidade de intervenções para minimiza-los.
A enfermagem possui base de conhecimentos fundamentais para cuidar,
tratar, dar orientações necessárias e conduzir a gestante caso tenha risco
consigo mesma e com o neonato, além de influenciar de modo positivo na vida
pós-parto do paciente, estabelecendo planos
de cuidados e indicando outros
serviços para manutenção da saúde integral
mesmo após a internação hospitalar. Diante do exposto, este estudo
objetivou analisar a prevalência da sepse neonatal em recém-nascidos internados em um hospital
escola no Norte de Minas Gerais.
MÉTODOS
Estudo de caráter quantitativo, retrospectivo, descritivo, de
corte transversal, realizado em um hospital escola do Norte de Minas Gerais. O
hospital possui 172 leitos hospitalares, com estrutura completa para
atendimentos de emergência, maternidade e internação em diversas áreas clínicas
e cirúrgicas, unidades de tratamento intensivo e semi-intensivo adulto,
neonatal e pediátrica.
A
identificação dos participantes foi através do sistema de prontuário
eletrônico, de onde foi extraída uma lista em ordem cronológica de todos os
indivíduos que internaram com a idade de 0 a 28 dias de vida. Participaram da
análise, recém-nascidos que permaneceram internados nos primeiros 28 dias de
vida durante o período de 01/01/2017
a 31/12/2017. Foram incluídos os prontuários
de recém-nascidos que internaram do 1° ao 28° dia de vida no ano de 2017
nos setores de maternidade, hotelzinho, UTI neonatal, berçário e pediatria do
hospital. Os prontuários que não estavam
disponíveis para consulta no período da pesquisa foram excluídos.
Utilizou-se
um questionário para a coleta de dados contemplando as variáveis da gestação e do parto - realização do pré-natal, número de consultas pré-natais, tipo de parto e
complicações maternas; do neonato e do óbito - sexo, idade gestacional, período
de hospitalização, peso de
nascimento, necessidade de internação após o nascimento, sepse e óbito
neonatal. Os dados foram coletados por graduandos de Enfermagem,
previamente capacitados para esse fim.
A análise de dados foi realizada no software Statistical Package For Social Sciences versão 22.0
(SPSS). Realizou-se a análise descritiva das variáveis investigadas por meio de
suas distribuições de frequências absoluta (n) e relativa (%).
O estudo atendeu os princípios éticos da Resolução do Conselho
Nacional de Saúde (CNS) n°466/2012 e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP/ nº 2.885.978). Solicitou-se a autorização do hospital para a realização da pesquisa mediante a
assinatura do Termo de Concordância da Instituição (TCI). Os pesquisadores
assinaram o Termo de Compromisso para Utilização de Banco de Dados (TCUBD) para
acesso aos prontuários. O sigilo dos dados foi preservado, garantindo o
anonimato e a privacidade das informações dos neonatos.
RESULTADOS
Participaram
do presente estudo 495 neonatos, dos quais 173 (34,9%) eram do sexo masculino e
158 (31,9%) do sexo feminino. Quanto a idade gestacional observou, que 192
(38,8%) eram termo/pós-termo e 292 (59%) pré-termo. Em relação ao período de
hospitalização dos neonatos, 404 (81,6%) ficaram menos de que 15 dias, e 75
(15,2%) mais do que 60 dias (Tabela 1).
Tabela
1 -
Distribuição dos neonatos internados no ano de 2017 em um hospital público de
acordo com o sexo, idade gestacional e período de hospitalização. Montes
Claros, 2018.
Variáveis |
n |
% |
Sexo |
|
|
Feminino |
158 |
31,9 |
Masculino |
173 |
34,9 |
Não
informado |
164 |
33,1 |
Idade Gestacional |
|
|
Termo/Pós-termo |
192 |
38,8 |
Pré-termo |
292 |
59,0 |
Não
informado |
11 |
2,2 |
Período de
Hospitalização |
|
|
<15
dias |
404 |
81,6 |
15
a 30 dias |
42 |
8,5 |
31
a 60 dias |
33 |
6,7 |
>
60 dias |
16 |
3,2 |
Em
relação às características do pré-natal, 15 (3%) mulheres consultaram de 1 a 3
vezes, 42 (8,5%) tiveram entre 4 a 6 consultas e 67 (14,22%) mais de 6
consultas. Os partos foram classificados como sendo de natureza vaginal com 235
(47,5%), cesárias com 221 (44,6%) e fórceps com 18 (3,8%). Estratificou também
o peso ao nascer e observou-se que 152 (30,7%) neonatos apresentaram peso
inferior à 2500 gramas e 312 (63%) neonatos com peso entre 2500 a 3999 gramas.
Destes, 178 (36%) tiveram complicações no decorrer do parto (Tabela 2).
Tabela
2 -
Distribuição dos neonatos internados no ano de 2017 em um hospital público de
acordo com as características do pré-natal, tipo de parto, peso ao nascer e
complicações. Montes Claros, 2018.
Variáveis |
n |
% |
Pré-natal |
|
|
Sim |
207 |
41,8 |
Não Informado |
228 |
46,1 |
Consultas de Pré-natal |
|
|
1 a 3 |
15 |
3,0 |
4 a 6 |
42 |
8,5 |
> 6 |
67 |
14,22 |
Não Informado |
371 |
74 |
Tipo de parto |
|
|
Vaginal |
235 |
47,5 |
Cesárea |
221 |
44,6 |
Fórceps |
18 |
3,8 |
Peso ao nascer (g) |
|
|
< 2500 |
152 |
30,7 |
2500-3999 |
312 |
63,0 |
> 4000 |
31 |
6,3 |
Complicações |
|
|
Não |
272 |
54,9 |
Sim |
178 |
36,0 |
Não informado |
45 |
9,1 |
Dos
prontuários avaliados, foram identificados 73 (14,7%) neonatos com sepse. Na
caracterização do tipo de sepse, 61 (83,56%) foi precoce e 9 (12,32%)
tardia. E na análise do indicador de mortalidade, foram quantificados 20 (4%)
óbitos (Tabela 3).
Tabela 3
-
Distribuição dos neonatos internados no ano de 2017 em um hospital público de
acordo com sepse, tipo de sepse e mortalidade. Montes Claros, 2018.
Variáveis |
n |
% |
Sepse |
|
|
Não |
421 |
85,1 |
Sim |
73 |
14,7 |
Não Informado |
1 |
0,2 |
Tipo de Sepse |
|
|
Precoce |
61 |
83,56 |
Tardia |
9 |
12,32 |
Precoce/Tardia |
1 |
1,36 |
Não Informado |
2 |
2,75 |
Mortalidade |
|
|
Não |
473 |
95,6 |
Sim |
20 |
4,0 |
Não Informado |
2 |
0,4 |
Os principais diagnósticos identificados foram icterícia, presente
em 299 (60,4%) neonatos e prematuridade presente em 91 (18,4%) (Tabela 4).
Tabela 4 - Principais
diagnósticos dos neonatos internados no ano de 2017 em um hospital público.
Montes Claros, 2018.
Diagnóstico |
n |
% |
Icterícia |
299 |
60,4 |
Prematuridade |
91 |
18,4 |
Desconforto Respiratório |
60 |
12,2 |
DISCUSSÃO
Este estudo verificou que 14,7% dos
neonatos internados no hospital apresentaram o quadro de sepse. Resultados
superiores a este foram encontrados em outras pesquisas no cenário nacional,
como em Londrina (30,7%)(8), Aracajú (32,3%)(9), Recife
(31,4%)(10), e no Rio de Janeiro (44,3%)(11). No que diz respeito ao tipo de sepse,
observou-se que mais da metade da amostra teve sepse precoce, resultado similar
foi encontrado em um estudo desenvolvido em um hospital universitário federal
no Rio de Janeiro, onde a sepse precoce teve uma frequência de 71,4%(12),
já no Recife, evidenciou-se que 28% da população investigada apresentou a forma
precoce(10).
A alta prevalência da sepse precoce
neste trabalho é um resultado que difere do encontrado na literatura onde,
normalmente, a sepse tardia, de origem hospitalar, além de ser a mais
frequente, é associada ao ambiente e aos procedimentos assistenciais(13-14).
Destaca-se que a sepse precoce está associada a fatores pré-natais e do
periparto, ocorrendo sintomas dentro das primeiras 48h de vida. Geralmente, os
microorganismos encontrados em cultura, são os presentes no trato genital
materno na hora do parto, sendo os mais frequentes, o Streptococcus do grupo B, Escherichia
coli, Klebsiella species e S. aureus(15).
A prematuridade e o baixo peso ao
nascer são considerados como os principais fatores para o desenvolvimento da
sepse neonatal(16). No presente estudo, observou-se que quase 60%
dos RNs eram pré-termos e 30% apresentaram baixo peso. Em consonância com esses
achados, um estudo realizado em um hospital de Minas Gerais identificou uma
maior taxa de sepse neonatal nos RNs com baixa idade gestacional (57,7%) e
baixo peso (41,9%)(13). Outra investigação realizada em uma
instituição de referência estadual na assistência materno-infantil no Rio
Grande do Norte encontrou resultados ainda maiores, onde 78% dos nascimentos
foram pré-termos e 85,4% de RNs tinham baixo peso(17). Esses
resultados reforçam que a prematuridade e o baixo peso constituem um fator
importante para o desenvolvimento da sepse(16).
O RN pré-termo apresenta fragilidade
nas barreiras cutâneas e mucosas, além de ter o mecanismo de defesa contra
infecção pouco desenvolvido, sendo imunodeficiente na produção de
imunoglobulinas, no sistema complemento e na capacidade de opsonização e
fagocitose. Sabe-se também, que quanto menor o peso de nascimento, maior o
risco de desenvolver sepse neonatal, pois esse fator determina a internação
hospitalar prolongada, o que acaba aumentando o risco de contrair infecções(17-18).
Observou-se, na presente investigação,
que apenas 3% dos RNs permaneceram internados por mais de 60 dias. Meireles
(2011) aborda em seu estudo que, a duração da internação é significativamente
maior em crianças que desenvolvem sepse de início tardio, além disso, o tempo
de permanência hospitalar e a utilização de dispositivos invasivos tornam os
RNs mais vulneráveis à sepse hospitalar. Ele aponta que em seu estudo foi
verificado que o maior tempo de internação estava diretamente relacionado à
maior incidência de sepse comprovada(14).
Quanto as variáveis maternas, apenas
41,8% das mulheres relataram ter feito pré-natal e só 14,2% realizaram mais de
seis consultas, como é preconizado pelo Ministério da Saúde(19). Um
estudo realizado na região norte do país apontou que apenas 19% das mulheres
compareceram a mais de seis consultas de pré-natal(17).
É importante ressaltar que, o menor
número de consultas de pré-natal pode resultar na maior incidência de partos
prematuros ao longo dos anos. Além disso, quando as consultas de pré-natal são
insatisfatórias, a chance de ocorrência de sepse pode aumentar em até dez vezes(20).
Um pré-natal de qualidade é essencial
tanto para mãe quanto para o bebê. O acompanhamento da gestante nesse período é
essencial para detecção precoce de complicações e prevenção de doenças que
possam acometê-la e também ao feto, podendo resultar na prematuridade(21-22).
A importância do pré-natal é garantir um melhor acompanhamento durante a
gestação, tendo como consequência um parto saudável, sem danos para a saúde
materna e neonatal, além de abordar aspectos psicossociais, como as atividades
educativas e preventivas(21).
No que diz respeito ao tipo de parto,
ao contrário do que foi encontrado neste estudo, outras pesquisas apontaram uma
prevalência significativa de partos cesáreos nos hospitais investigados(12-13-14,17,23). É importante considerar que os casos de sepse
neonatal podem sofrer influência das altas taxas de cesáreas, como vem
ocorrendo no Brasil(23).
Em relação aos neonatos, constatou-se
que uma parcela significativa apresentou complicações, sendo que 4% vieram a
óbito. Em um hospital de Santa Catarina, a sepse precoce apresentou taxa de
mortalidade neonatal de 50,3/1.000 NV(8). Enquanto que em Minas essa taxa foi de 1,7/1.000
NV(21). As taxas de óbito em
outras pesquisas nacionais variaram de 4,3% a 60%(12,13,17,20).
Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade em RN com baixo peso e
prematuros, está em torno de 25%(24).
Em relação aos
principais diagnósticos apresentados pelos RNs, destacaram-se nesta pesquisa, a
icterícia, seguida da prematuridade e do desconforto respiratório. Na literatura encontra-se que as principais
apresentações clínicas associadas à sepse neonatal são as dificuldades respiratórias,
apneia, letargia, febre, icterícia sem outra causa determinante e a
prematuridade, como já foi citado aqui(15). Esses dados indicam
pontos importantes a serem priorizadas no plano de cuidados dos profissionais
aos RNs.
Diante disso, a sepse deve ser vista de
forma detalhada por parte da equipe multiprofissional, principalmente pelo
enfermeiro que está próximo ao paciente em tempo integral, tendo em vista que a
equipe de enfermagem possui papel
relevante na assistência aos RNs internados na Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal, devendo estar atenta aos fatores de risco aos quais essa população
está exposta(14).
É necessário que os profissionais de
saúde se capacitem ainda mais para melhora da assistência dos neonatos,
promovendo a prevenção e o controle das infecções hospitalares, dando
importância às medidas individuais como a lavagem correta das mãos antes e após
manusear o neonato, assim como entre um procedimento e outro para impedir a
infecção cruzada, promovendo uma assistência segura e de qualidade(11).
O profissional
enfermeiro é membro da equipe de saúde prestando assistência direta à mulher
durante o ciclo gravídico-puerperal(25). Desta forma, possui um papel importante no cuidado
como um todo, tanto no pré-natal, durante o parto e no puerpério, além de
estimular o autocuidado assim como desenvolver ações educativas para poder
esclarecer possíveis dúvidas sobre doenças gestacionais ou até mesmo as que
dizem respeito ao parto e assegurar que a assistência esteja segura(25).
As limitações do
presente estudo são relativas à análise
dos dados. Embora seja obrigatório
o preenchimento dos dados dos pacientes nos prontuários e sistemas eletrônicos,
nem sempre esse procedimento de coleta é fiscalizado e por isso, houve um
grande número de variáveis não preenchidas-informadas.
Apesar dessas limitações, os resultados
obtidos trazem informações importantes sobre o tema, além de promover a reflexão sobre a importância da avaliação
dos episódios de sepse neonatal no ambiente hospitalar. Espera-se que os
resultados dessa pesquisa contribuam com o desenvolvimento de outros estudos
sobre esse assunto, estabelecendo relações e análises.
CONCLUSÃO
A sepse neonatal mantém-se como uma
preocupação por suas taxas elevadas nos hospitais. Pode-se concluir através
desta investigação que houve uma prevalência da sepse precoce entre os
neonatos. A taxa de óbito foi baixa, e um significativo número de RNs foram
classificados como prematuros e de baixo peso. Esses resultados vêm contribuir
com dados já divulgados em pesquisas publicadas anteriormente sobre a
prevalência da sepse e os fatores ligados a ela nessa faixa etária.
Diante disso, é importante priorizar as
principais causas possíveis de modificação frente a essa doença, como por
exemplo, o acompanhamento no pré-natal de forma regular, a realização de todos
os exames prescritos além de seguir todas as orientações profissionais no
período da gestação. Essas condutas podem contribuir de forma significativa
para uma diminuição de episódios indesejáveis nessa fase, devido a assistência
profissional especializada.
Nesse sentido, a investigação sobre a
prevalência da sepse neonatal é de fundamental importância para o
desenvolvimento de medidas que contribuam com a assistência e o direcionamento
dos cuidados de enfermagem oferecidos aos RNs, bem como a prevenção dos fatores
que levam a sua ocorrência.
Espera-se que outros estudos possam ser
desenvolvidos, principalmente no cenário nacional, contemplando todas as suas
regiões, e que venham contribuir com uma melhor assistência oferecida aos RNs,
fundamentada na execução criteriosa de protocolos e rotinas desenvolvidos para
a redução da sepse neonatal nos hospitais.
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