REVISTA NORTE MINEIRA DE ENFERMAGEM
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INTRODUÇÃO
A saúde sob a perspectiva do Pensamento Ecossistêmico é
compreendida como resultante das interações entre os elementos bióticos e
abióticos de um espaço/ambiente num tempo determinado. Assim, a promoção da
saúde, pode ser apontada, ecossistemicamente, como promotora da Qualidade de
Vida do ser humano. A palavra ecossistema se origina do prefixo grego oikos = eco, que significa
casa/ambiente, acrescido da palavra sistema, do latim systema, é entendida como um conjunto de elementos interligados e
que interagem entre si, influenciam-se mutuamente e produzem mudanças e
transformações. Esse termo foi proposto e usado, pela primeira vez, pelo
ecologista Tansley, em 1935.(1-2)
A Qualidade de Vida, com base na Organização Mundial
da Saúde (OMS), é definida como o
entendimento do individuo sobre sua colocação, dentro de um contexto cultural
com sistema de valores no meio em que vive frente a seus objetivos de vida,
expectativas, padrões e preocupações.(3,17) Na esfera científica,
essa temática apresenta-se em evidência de modo interdisciplinar, produzindo
trabalhos especializados do conhecimento em diversas áreas: arquitetura,
urbanismo, psicologia, economia, geografia, sociologia, enfermagem, medicina,
entre outras. Considera-se, nessa acepção, a realização de pesquisas
direcionadas não somente para os profissionais formados dessas áreas, mas
também aos demais acadêmicos de graduação, futuros profissionais.
Nesse significado, a Qualidade de Vida do ser humano, sob a visão
ecossistêmica, é individual, subjetiva e impessoal. Nesse sentido, é preciso
considerar a singularidade e as múltiplas dimensões do ser humano: psíquicas,
espirituais, biológicas, socioculturais e ambientais, entre outras, que formam
uma teia particular, relacional interativa e interdependente do espaço/ambiente
onde vive, trabalha e se desenvolve.(4) Assim, a Qualidade de Vida compreende o viver
cotidiano do ser humano, em um espaço/ambiente próprio, ou seja, é um conjunto
de elementos/organismos que participam no seu desenvolvimento pessoal e
profissional.(4)
Todo esse conjunto é capaz de, ao mesmo tempo, interagir com os
elementos vivos e não vivos, que formam o espaço. Possui inúmeras oportunidades
para ampliar ações de construção e reconstrução coletiva de saber de maneira
diferenciada e constante, propiciando melhorias no viver humano, propostas,
especialmente, pelos profissionais que possuem objetivos pessoais e
profissionais em melhorar os espaços ocupados pelo ser humano, como acontece
com os arquitetos e urbanistas. Assim, considera-se, avaliar a saúde e a
qualidade de vida do ser humano no espaço onde está inserido, ser de suma
importância para elaboração de planos que visam melhorias em relação ao ensino
a respeito dos aspectos do espaço/ambiente que influenciam e interferem na
qualidade de vida da população.
Como característica os instrumentos de mensuração da qualidade de
vida, relacionada à saúde, tendem a manter o caráter multidimensional e avaliam
ainda a percepção geral da Qualidade de Vida, sendo os mais utilizados: o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Flanagan e o WHOQOL-100 e sua versão
abreviada chamada de WHOQOL-Bref.
Frente ao contexto, o objetivo deste artigo é: Conhecer e analisar
a produção científica em relação à Saúde e Qualidade de Vida de acadêmicos dos
cursos de graduação, nas diversas áreas do conhecimento à luz do Pensamento
Ecossistêmico.
MÉTODO
Estudo com característica bibliográfica, descritiva, exploratória,
tipo revisão integrativa, observando as etapas: Elaboração da questão da
pesquisa e do objetivo, busca da literatura, avaliação e categorização dos
estudos, interpretação dos resultados e síntese do conhecimento produzido.(5)
A captura da produção científica,
foi realizada via online, utilizando
a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), base de dados da Literatura Latino
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), base de dados em
Enfermagem (BDENF), Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), observando os critérios de
inclusão: artigos científicos publicados na íntegra, em português, no período
de 2014 a 2018 sobre avaliação da saúde e Qualidade de Vida de acadêmicos dos
cursos de graduação, nas diversas áreas do conhecimento. Na busca foram
utilizados os Descritores: "saúde" and "qualidade de vida" and "estudantes" and “arquitetura” and “ecossistema”. Ao inserir o descritor
arquitetura, como também, ecossistema, não se obteve resultado positivo. Sinal
indicativo de grande importância dessa pesquisa.
Frente a negativa dos dois descritores “arquitetura e
ecossistema”, acessou-se a BVS utilizando os descritores "saúde" and "qualidade de vida" and "estudantes" resultando
1.441 produções cientificas nas bases de dados selecionadas. Ao analisá-las
foram excluídas 45 por não tratar-se de artigos científicos, resultando em
1.396 produções; em relação ao idioma, conforme critério pré estabelecido,
foram excluídos 1.112 artigos, que após refinamento resultaram em 284 artigos, e ao refiná-los
em relação a aderência à temática em
estudo foram excluídos 81, totalizando 203. Prosseguindo na análise foram
excluídos 45 artigos por apresentarem texto incompleto, 135 por estarem fora do
período considerado e 04 artigos porrque se encontram em duplicata restando 19
artigos para compor a amostra do presente estudo.
A análise e a interpretação dos dados foram realizadas por meio da
estatística descritiva. Em relação à ética foi respeitada a Lei do Direito
Autoral realizando-se as devidas referências, tanto na transcrição direta como
indireta.
RESULTADOS
Quanto ao ano de publicação, 2016 foi o ano com maior
representação ao quantificar seis (n=06) artigos, 31,58%. Na sequência, os anos
2017 e 2018, com quatro (n=04) artigos publicados em cada ano, 21,05%;
seguiu-se o ano de 2015 com (n=03) 15,79%, e 2014, com dois (n=02) artigos
publicados, representando 10,53%.
Em relação a abordagem do estudo, a maioria apresentou abordagem
quantitativa 84,21% (n=16), seguida da qualitativa com 10,53% (n=02); artigo
com abordagem quanti-qualitativa com 5,26% (n=01). Nos 16 artigos
quantitativos, 75% (n=12) utilizaram o WHOQOL-bref para medir a qualidade de
vida, um (n=01) foi do tipo revisão, e os três restantes usaram como
instrumentos da avaliação da Qualidade de Vida, n=01(6,25% cada),
respectivamente: WHOQOL-100, SF-36, e FLANAGAN. O artigo do tipo revisão n=01
(6,25%) utilizou a seguinte sequência de descritores “qualidade de vida,
enfermagem, estudantes de enfermagem, educação em enfermagem”.
Quanto a abordagem qualitativa, foram encontradosdois (n=02;
10,53%) artigos, um (n=01) utilizou a entrevista semi-estruturada com o diário
de campo, e o outro (n=01) o grupo focal. Já o artigo de abordagem
quanti-qualitativa (n=01; 5,26%) utilizou o WHOQOL-Bref para a parte
quantitativa e grupo focal para a parte qualitativa da Qualidade de Vida dos
estudantes de graduação.
Quanto à população dos estudos, foi analisado quais os estudantes
de graduação que tiveram sua qualidade de vida avaliada. Assim sendo, os
estudantes dos cursos de graduação em enfermagem (n=07; 36,84%) foram os
acadêmicos com maior representatividade da avaliação de Qualidade de Vida. A
seguir, os estudantes de medicina representaram 21,05% (n=04) dos artigos. Em
minoria, os estudantes de educação física (n=02, 10,53%), nutrição (n=01;
5,26%), fonoaudiologia (n=01; 5,26%), psicologia (n=01; 5,26%).
De modo geral, dessa análise, três (n=03) artigos tiveram enfoque
multiprofissional, sendo que um (n=01; 5,26%) avaliou a Qualidade de Vida em
estudantes da área da saúde, e dois (n=02; 10,53%) de diversas áreas do
conhecimento. Cabe salientar que os acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo não
foram públicos-alvo desses estudos.
Os 19 artigos capturados foram identificados com as letras ID
acrescido de um numeral arábico, iniciando com o artigo mais antigo caputurado,
atribuindo-lhe o número 01 e, assim, de forma sucessiva aos demais. A partir da
análise foram construídas algumas categorias que permitiram agrupar as sínteses
das informações dos artigos selecionados. A seguir, apresentam-se o quadro 01 e
tabela 01, respectivamente, com a caracterização dos estudos e a síntese dos
resultados dos estudos de acordo com o objetivo
principal dos mesmos em avaliar a qualidade de vida dos acadêmicos de
graduação dessa pesquisa.
Quadro 01: Caracterização dos artigos científicos sobre Avaliação da Saúde
e Qualidade dos acadêmicos de graduação. Pelotas, 2019.
Ano de Publicação dos artigos |
2014(2),6-7 2015(3),8-10 2016(6),11-16 2017(4),17-20
2018(4)21-24 |
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Abordagem do Estudo |
Quantitativa (16)7-13; 15-19; 21-24 |
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Qualitativa (2)7,20 |
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Quanti-qualitativa (1)14 |
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Abordagem do Estudo x Instrumento de avaliação da
Qualidade de Vida |
Quantitativa |
WHOQOL-Bref (12)8,10,13, 15-17,19, 21-23 |
WHOQOL (1)9 |
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SF-36 (1)7 |
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FLANAGAN (1)24 |
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Revisão (1)18 |
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Qualitativa |
Grupo focal (1)6 |
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Entrevista semi-estruturada e diário de campo (1)20 |
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Quanti-qualitativa |
WHOQOL-Bref e grupo focal (1)14 |
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População do estudo |
Estudantes: Enfermagem
(07),7,11,13,14,18,20,24 Medicina (04),6,8,9,19
Nutrição(1),10 Fonoaudiologia(1),12 Psicologia(1),22
Educação Física(2),15,17 Área da saúde(1),21 Diversas
áreas(2)16,23 |
Fonte: Dados da pesquisa organizados pelas autoras, Pelotas-RS,
2019.
Tabela 01: Síntese dos artigos científicos sobre Avaliação da Saúde e
Qualidade dos estudantes de graduação.
ARTIGO/ANOPERIÓDICO DE
PUBLICAÇÃO |
TÍTULO |
RESULTADOS |
Percepções dos estudantes de medicina
da UFOP sobre sua qualidade de vida |
Aspectos físicos: Satisfação com a saúde, Satisfação com o sono,
Satisfação com a alimentação, Prática de atividades físicas, Estrutura de
relevância desta dimensão para o grupo. Aspectos psicológicos: Momentos angustiantes, Momentos
gratificantes, Expectativa de futuro, Memória e concentração, Estrutura de relevância desta dimensão
para o grupo. Aspectos sociais: Satisfação com relações sociais, Satisfação
com relações sexuais, Administração do tempo, Realização de tarefas,
Religiosidade, Estrutura de relevância desta dimensão para o grupo. Aspectos
ambientais: Mudança de cidade, Saída da casa dos pais/nova moradia, Condições
de moradia, Lazer, Estrutura de relevância desta dimensão para o grupo. |
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Qualidade de vida de estudantes
de enfermagem |
Os acadêmicos de enfermagem da 3º e 2º ano tiveram os menores
escores de qualidade de vida e os acadêmicos da 1º e 4º ano tiveram as
maiores pontuações. Foi detectada alteração nos domínios Aspecto Físico
(p=0,002), Saúde Mental (p=0,010), Aspecto Social (p=0,002), Aspecto
Emocional (p=0,001) e Estado Geral de Saúde (p=0,001). Conclui- se que os
estudantes do sexo feminino que cursam os anos intermediários têm baixa
qualidade de vida. |
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Qualidade de vida de estudantes
de medicina da UERJ por meio do Whoqol-bref: uma abordagem multivariada |
A análise por regressão linear múltipla revelou que todas as
variáveis independentes analisadas apresentaram associação negativa com os
domínios da QV, e em conjunto contribuíram parcialmente para sua explicação,
chegando a 22% no domínio meio ambiente, influenciada pela classe econômica e
forma de ingresso. |
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Fatores de risco cardiovascular
e qualidade de vida de acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de
Pelotas |
A qualidade de vida dos acadêmicos foi influenciada pela época
de formação e pela distância da família, mas não houve correlação com fatores
de risco. |
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Avaliação da qualidade devida de
estudantes de nutrição |
Apresentaram os seguintes escores: meio ambiente (68,17),
relações sociais (66,67), físico (66,07) e psicológico (63,82). As facetas
sono, energia para o dia a dia, capacidade de concentração, oportunidades de
atividades de lazer, recursos financeiros, ambiente físico e sentimentos
negativos influenciaram negativamente a qualidade de vida dos entrevistados e
interferiram no desempenho acadêmico. |
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Qualidade de vida de estudantes
de enfermagem do Amazonas, Brasil |
Os domínios de maior e menor escores médio, foram respectivamente
o das relações sociais (71,2) e domínio físico (57,4). Houve associação entre
sexo, com os domínios físico (p=0,04) e das relações sociais (p=0,02), além
do tempo de curso na universidade, com os domínios psicológico (p=0,01) e
relações sociais (p=0,03). |
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Qualidade de vida de estudantes
de fonoaudiologia |
Predominou boa Qualidade de Vida (53,84%) e satisfação com a
saúde (49,57%). Não houve associação estatística significativa entre os
grupos (p>0.05). A QV diminuiu em todos os domínios, do G2 ao G3,
aumentando no G4. G3 foi pior. Obteve-se maior média no domínio relações
sociais e menor, no meio ambiente. Verificou-se maior percentual (40%) na
categoria "aumento da formação para cinco anos". Relações sociais
apresentou melhor domínio e o meio ambiente, o pior. |
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Qualidade de vida de estudantes
de graduação em enfermagem |
Os domínios com melhor avaliação média foram o Físico (69,4) e o
das Relações Sociais (74,3); já os piores foram o Psicológico (68,5) e o
Ambiente (54,2). Na avaliação global, a média foi de 66,6+10,8. Houve
significância estatística ao cruzar QV com o número de filhos (p=0,029). Logo,
os estudantes sem filhos obtiveram melhor desempenho. |
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Qualidade de vida: percepção de
discentes de graduação em enfermagem |
Os resultados demonstram um percentual de 3,33% de insatisfação
com o relacionamento social e outros 45% mostravam-se bastante satisfeitos
com sua qualidade de vida, havendo um consumo de medicamentos ansiolíticos,
que varia de 1,67% a 38,33%, para possível melhora da mesma. Dentre os 60
entrevistados, 30% não se sentiam nem satisfeitos, nem insatisfeitos quanto a
sua capacidade física, o que influenciou sua capacidade de aprendizado na
faculdade. No quesito QV propriamente dito, 45% dos entrevistados declararam-se
satisfeitos com a situação em que viviam e somente 3,33% se dizem
insatisfeitos com a vida que vivenciavam. Embora 51,67% deles afirmem se
cansar muito pouco durante o ano letivo, 36,67% referiram terem pouquíssimos
momentos de lazer. |
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Uso de álcool, tabaco e outras
drogas e qualidade de vida de estudantes universitários |
A qualidade de vida apresentou mediana de 75,0 para ambos os
sexos; o domínio meio ambiente obteve a pior avaliação, com mediana de 56,2. |
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Qualidade de vida do estudante
universitário e o rendimento acadêmico |
Em relação aos domínios de qualidade de vida, a área das humanas
apresentou os maiores valores de média em todos os domínios, com exceção do
domínio meio ambiente cujo maior média pertenceu à área das exatas, ficando
com a pior média a área da saúde nesse domínio. Continuando a comparar a área
das exatas com a área da saúde nos domínios sobre o físico e relações
sociais, os alunos de exatas apresentaram média um pouco maior que os alunos
da área da saúde. Sendo assim, os alunos dos cursos relacionados à saúde
apresentaram médias maiores que os alunos da área das exatas apenas nos
domínios psicológico (média de 63,3 para área da saúde e de 62,3 para área
das exatas) e geral (média de 72,5 para área da saúde e 70,4 para área das
exatas) de qualidade de vida. |
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Artigo 12,17
2017 J. Phys. Educ.
(Maringá) |
Qualidade de vida em acadêmicos
ingressantes em cursos de educação física |
A média da qualidade de vida geral foi de 74,9 pontos.
Verificou-se melhor qualidade de vida nos domínios físico e social e pior no
ambiental. Observaram-se diferenças na qualidade de vida geral e nos domínios
físico, psicológico e social entre as categorias da imagem corporal. Houve
diferença também na qualidade de vida geral e nos domínios físico e ambiental
entre os níveis de atividade física. Conclui-se que os acadêmicos
apresentaram boa qualidade de vida. |
Qualidade de vida e bem-estar
dos estudantes universitários de enfermagem: revisão integrativa |
Observou-se que a qualidade de vida e o bem-estar encontram-se
moderadamente bem na avaliação dos estudantes de enfermagem avaliados nos
estudos, e que apesar dos estressores decorrentes do curso, os estudantes
resolvem as situações estressantes com algumas técnicas de relaxamento e
enfrentamento, mas também recorrendo ao uso de álcool e fumo. |
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Qualidade de vida e transtornos
mentais comuns em estudantes de medicina |
O menor domínio da qualidade de vida entre os indivíduos com
transtornos mentais comuns foi o meio ambiente com mediana de 56,4 (IQ
46,9-68,8), seguido pelo psicológico 56,9 (IQ 50-66,6); físico 57,1 (IQ
46,6-67,8); e relações sociais 65,5 (IQ 50-83,3). Vislumbra-se que a
totalidade dos domínios da qualidade de vida foram reduzidos em indivíduos
com suspeição de transtornos mentais comuns, tendo o modelo final da
regressão evidenciado os domínios físico e psicológico como fator de proteção
para os mesmos. |
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Percepções de estudantes de
enfermagem referente àqualidade de vida na trajetória acadêmica |
Emergiram duas categorias: “A universidade... Entre promotora e
não promotora da qualidade de vida” e “Estágio Supervisionado e Trabalho de
Conclusão de Curso como causa dos problemas de saúde”.As dimensões promotoras
da QV foram: atividades em grupo, interação entre comunidade
científica-comunidade e, conhecimentos transformados na universidade. Quanto
às não promotoras da QV percebe-se: alimentação inadequada; exigência dos
docentes; extensa carga horária e demanda de tempo elevada; e atividades
práticas das disciplinas. |
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Qualidade de vida e o cotidiano
acadêmico: uma reflexão necessária |
Demonstraram diminuição, embora não haja diferença
significativa, na qualidade de vida dos ingressantes do primeiro ano dos três
cursos, quando comparados aos estudantes do último; o que pode ser
justificado pelo impacto e pelas transições que o ingresso à universidade
produz. |
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Artigo 17,22 2018 Rev. Psicol. (Fortaleza), Online |
Qualidade de vida em
universitários viajantes do interior do Ceará |
Os resultados indicaram que a qualidade de vida dos estudantes
pesquisados se apresentou prejudicada, e algumas das variáveis envolvidas na
qualidade de vida se diferenciavam em função do semestre e da situação
laboral. Entretanto, não foram observadas relações entre as variáveis e o
tempo de viagem. |
Fatores de risco
cardiovasculares e qualidade de vida em universitários |
55% da amostra possuem qualidade de sono ruim e que 15%
distúrbio do sono. Quanto ao nível de atividade física, 65% dos que trabalham
foram classificados com sedentários. Com relação aos domínios de “dor”, foi
observada uma diferença estatisticamente significativa (p = 0,01) apontando
que os universitários que trabalham apresentam mais dor. |
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Fatores intervenientes na
qualidade de vida do estudante de enfermagem |
Constatou-se que a QV destes alunos conforme as dimensões do
questionário foi classificada como média a baixa. Afirma-se,uma carência dos
estudantes em relação ao domínio de recreação, em decorrência das extensas
cargas horárias e falta de tempo para realização de outras atividades. |
Fonte: Dados da pesquisa organizados pelas autoras, Pelotas-RS,
2019.
DISCUSSÃO
Realiza-se a discussão dos resultados na relação entre a avaliação
da qualidade de vida dos estudantes de graduação com a abordagem utilizada nos
estudos, emergindo: avaliação da qualidade de vida na abordagem quantitativa,
avaliação da qualidade de vida na abordagem qualitativa, avaliação da qualidade
de vida na abordagem quanti-qualitativa.
Avaliação
da qualidade de vida na abordagem quantitativa
O WHOQOL-Bref nos Artigos (03,05-08,10-12,14,16-18), é
considerado o instrumento de avaliação da Qualidade de Vida predominante nesta
abordagem. O instrumento WHOQOL presente
no Artigo 04, foi desenvolvido pelo Grupo de Qualidade de Vida da OMS, o
World Health Organization Quality Of Life,
por meio de um projeto multicêntrico que resultou na elaboração do WHOQOL-100,
composto por 100 itens avaliativos da qualidade de vida, o qual está
distribuído em seis (06) domínios e facetas: físico, psicológico, nível de
independência, relações sociais, ambiente, e aspectos
espirituais/religião/crenças pessoais. Diante da necessidade de obter
instrumentos curtos, com exíguo tempo para ser respondido, permitiu que o grupo
WHOQOL desenvolvesse uma versão abreviada do WHOQOL-100, o chamado WHOQOL- Bref.(3)
O WHOQOL- Bref está constituído por 26 questões escolhidas entre
as que obtiveram os melhores desempenhos psicométricos extraídos do WHOQOL-100
(versão completa), em que duas questões são gerais e as outras 24 são facetas
extraídas da versão completa. O instrumento é composto por quatro domínios:
físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. A descrição sobre o
instrumento WHOQOL-Bref, na versão em português, faz parte de um projeto
desenvolvido por meio do Grupo de Estudos em Qualidade de Vida, 23 cujo instrumento
foi validado no Brasil, sob a coordenação de Marcelo Pio de Almeida Fleck,
vinculado a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.(25)
Ressalta-se que esse instrumento apresenta o meio ambiente (espaço) como um domínio
de avaliação da qualidade de vida. Esse fato é de grande relevância, já que o
espaço onde o ser humano está inserido apresenta inter-relação,
interdependência, e influencia mutua, com as diversas dimensões de saúde do ser
vivo, influenciando desse modo a sua promoção da saúde, qualidade de vida.
Pois, o ambiente demonstrado como uma totalidade/unidade num espaço/tempo determinado, no qual o
ser humano vive, trabalha e se desenvolve, pode ser considerado um ecossistema
do qual o ser humano é um dos elementos.(2)
O domínio meio ambiente
apresenta as seguintes facetas: Segurança física e proteção, ambiente no lar,
recursos financeiros, cuidados de saúde e sociais (disponibilidade e
qualidade), oportunidades de adquirir novas informações e habilidades,
participação/oportunidades de recreação/lazer, ambiente físico
(poluição/ruído/trânsito/clima), e transporte.(25)
Nos Artigos analisados(07,08,10,11,12,20), de modo
explícito, apresenta-se o meio ambiente
como domínio de menor escore de avaliação da qualidade de vida. Já o Artigo 05,
referenciou o meio ambiente
como a dimensão de maior escore de qualidade de vida dos estudantes de
graduação, ao ser comparado com os outros domínios. Destaca-se que quanto maior
o escore mais positiva é a avaliação do domínio, na qualidade de vida.
Observa-se ainda nos resultados dos estudos que utilizaram o WHOQOL-Bref, que a
qualidade de vida dos acadêmicos ingressantes do primeiro ano demonstrou
diminuição ao ser comparado com estudantes do último ano, constatando-se que o
Artigo16 aborda o fator tempo
como determinante na qualidade de vida do estudante.
Constatou-se, também, como instrumentos da avaliação da Qualidade
de Vida o SF-36 utilizado no
Artigo 02 e o FLANAGAN no
Artigo 19. O primeiro, o Medical Outcomes Short-Form Health Survey(SF-36),
é um instrumento de avaliação genérica de Saúde, originalmente criado na língua
inglesa, constituído de 36 questões, que contemplam oito componentes:
capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade,
aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental, avaliados por 35
questões, e mais uma questão comparativa entre a saúde atual e de um ano atrás.(26)
Salienta-se, em relação aos resultados encontrados pelos autores que os
estudantes de enfermagem dos anos intermediários tem baixa qualidade de vida,
inferindo-se que o tempo também é um fator que influencia na avaliação da
qualidade de vida dos estudantes de graduação.(7)
Suscita-se ainda, a Escala de Flanagan, considera a qualidade de
vida a partir de cinco dimensões, mensuradas através de quinze itens: bem-estar
físico e material; relações com outras pessoas; atividades sociais,
comunitárias e cívicas; desenvolvimento pessoal e realização; recreação.(24)
O Artigo(19)
que utilizou essa escala teve como conclusão que a
qualidade de vida foi classificada como média baixa, sendo que os autores
afirmaram que foi constatada carência em relação ao domínio de recreação,
dos estudantes, atribuída pela extensa carga horária e falta de tempo dos
estudantes para realizarem outras atividades. Infere-se a relação desses
resultados negativos da avaliação da qualidade de vida com a população do
estudo, por serem concluintes do curso de graduação; avaliando-se assim que o
fator tempo poderá influenciar
negativamente ou positivamente na qualidade de vida do ser humano, assim como o
artigo abordado acima.
Indica-se nesta abordagem também, o estudo (13) do tipo
revisão que utilizou os descritores “qualidade de vida”, “enfermagem”,
“estudantes de enfermagem” e “educação em enfermagem”, em que os autores
observaram que a qualidade de vida e o bem-estar encontram-se moderadamente bem
na avaliação dos estudantes de enfermagem avaliados nos estudos, e que apesar
dos estressores decorrentes do curso, os estudantes resolvem as situações
estressantes com algumas técnicas de relaxamento e enfrentamento, mas também
recorrendo ao uso de álcool e fumo.
Avaliação
da qualidade de vida na abordagem qualitativa
Em um estudo(01) foi
identificado que a abordagem qualitativa que delineou os aspectos físicos,
psicológicos, sociais e ambientais, por meio da técnica de grupo focal, os aspectos do meio ambiente/espaço
que influenciam na qualidade de vida dos estudantes de graduação são: mudança de cidade, saída da casa
dos pais/nova moradia, condições de moradia, lazer, e a estrutura.
Um outro estudo(15), utilizou a entrevista
semiestruturada e o diário de campo, em que um dos achados foi que a extensa
carga horária e a demanda de tempo elevada são um dos fatores que não promovem
a qualidade de vida dos estudantes concluintes do curso de graduação.
Destacando-se diante disso, o fator tempo
e a sua relação na avaliação da qualidade de vida dos estudantes.
Avaliação da qualidade de vida na abordagem quanti-qualitativa
Apontou-se o Artigo(09) em que os autores utilizaram
Whoqol-Bref para abordagem quantitativa e grupo focal para a parte qualitativa
para avaliar a qualidade de vida de estudantes do primeiro ao quarto ano de
enfermagem. Os autores obtiveram como resultados que a qualidade de vida
propriamente dita 45% dos entrevistados declararam-se satisfeitos com a
situação em que viviam e somente 3,33% se dizem insatisfeitos com a vida que
vivenciavam. Além disso, perceberam que no decorrer dos quatro anos houve uma
variação no índice de satisfação dos acadêmicos, apresentando um declínio
considerável do 1º para o 2º ano, seguida de discreta melhora para o 3º ano,
com uma recuperação observada no 4º ano.(14) Constata-se assim, que
o fator tempo influencia na
qualidade de vida dos estudantes de graduação.
Salienta-se, do mesmo artigo, os resultados apontados das facetas
do domínio meio ambiente em que
a segurança foi considerada pela maioria estudantes de graduação com 36,67% de
satisfação regular; já o lazer, a maioria dos estudantes consideraram como
insatisfeito correspondendo 36,67%; e o aprendizado foi a faceta do meio
ambiente com maior índice de satisfação ao representar 70% como
satisfeito/bastante.(14)
Frente ao exposto, pode ser avaliada a relação iminente entre meio ambiente e
tempo na avaliação da qualidade de vida dos estudantes de graduação. Assim, indica-se buscar
alternativas que colaboram na boa qualidade de vida do ser humano, nos aspectos
relacionados ao espaço/ meio ambiente
e sua relação com o tempo, para
ajudar na ampliação da visão que o ser humano tem de si ao avaliar a sua
qualidade de vida. Um ponto importante nesse item refere-se o trabalho do
Arquiteto. Pois, a formação
profissional em Arquitetura e Urbanismo, com base artística e humana, envolve
disciplinas que possuem como objetivo principal formar arquitetos capazes de
planejar, projetar e desenhar os espaços/ambientes
urbanos e rurais visando melhorar a qualidade de vida das pessoas que neles
vivem, se desenvolvem e trabalham.
Ressalta-se porém, a inexistência
de estudo nas bases de dados selecionadas sobre a avaliação da qualidade de
vida dos acadêmicos de graduação da arquitetura e urbanismo, sendo uma
limitação encontrada nesse trabalho. Essa observação torna-se pertinente na
medida em que esse grupo de estudantes estarem sendo preparados para cuidar dos
espaços/ambientes em que o ser humano está inserido. Entretanto, um ponto forte
desta revisão foi interligar a abordagem metodológica utilizada nos estudos aos
instrumentos que avaliam a qualidade de vida do ser humano, pois identificou-se
os termos “meio ambiente” e “fator tempo” como determinantes que influenciam
positivamente ou negativamente na qualidade de vida dos mesmos, englobando,
assim, o pensamento ecossistêmico no presente artigo.
CONCLUSÃO
Os artigos científicos publicados entre os anos de 2014 a 2018 em
relação à Saúde e Qualidade de Vida de acadêmicos dos cursos de graduação, nas
diversas áreas do conhecimento, à luz do Pensamento Ecossistêmico
possibilitaram novos conhecimentos com a analise feita. Essa especificidade de
analisar os dados à luz do Pensamento Ecossistêmico, introduzindo alguns dos
princípios que sustentam essa teoria filosófica demonstra um outro olhar nos
elementos bióticos e abióticos que
integram o espaço/ambiente traz clareza a respeito da necessidade de
contextualizar todo e qualquer espaço em estudo.
A maioria dos artigos foi publicada em 2016 com n=06 (31,58%),
utilizaram a abordagem quantitativa com n=16 (84,21%), e a coleta de dados
deu-se, na maioria das vezes, com o instrumento WHOQOL-Bref (n=12), com
estudantes de graduação em enfermagem (n=07, 36,84%). A relação dos resultados
com o pensamento ecossistêmico pode ser constada por meio dos termos,
encontrados nos artigos, “meio ambiente” e “fator tempo” ao estarem inter-relacionados,
interligados, e interdependentes, com a avaliação da qualidade de vida dos
estudantes de graduação, influenciando, assim, positivamente ou negativamente
na mesma. Verificou-se a inexistência de
resultados ao associar um quarto e quinto descritor “ecossistema” e
“arquitetura” para delimitar ainda mais temática.
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