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REVISTA NORTE MINEIRA
DE ENFERMAGEM
ISSN: 2317-3092
Recebido em:
05/09/2021
Aprovado em:
09/12/2021
Como citar este artigo
Costa CJN, D’Artibale EF, Duarte ERM, Riberio
MRR, Martins ETJ, Ferreira GR. Clima de
Segurança em saúde no contexto de pandemia
da covid-19 em um hospital universitário. Rev.
Norte Mineira de enferm. 2021; 10(2): 47-56.
Autor correspondente
Gímerson Erick Ferreira
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Correio eletrônico:
gimersonerick.ufmt@gmail.com
ARTIGO ORIGINAL
CLIMA DE SEGURANÇA EM SAÚDE NO CONTEXTO DE PANDEMIA
DA COVID-19 EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Health security climate in the context of the COVID-19 pandemic at
university hospital
Cássia Janne Nonato da Costa1, Eloana Ferreira D’Artibale2, Êrica Rosalba Mallmann Duarte3, Mara
Regina Rosa Ribeiro4, Edna Thais Jeremias Martins5, Gímerson Erick Ferreira6.
1 Mestranda em Ciências Aplicadas à Atenção Hospitalar pelo Hospital Universitário Júlio Müller
HUJM. Enfermeira no HUJM, Cuiabá, MT, Brasil, nonatocassia34@gmail.com, ORCID:
https://orcid.org/0000-0001-9507-0789
2 Mestra em Enfermagem pela Universidade Estadual de Maringá UEM. Enfermeira no Hospital
Universitário Júlio Müller HUJM, Cuiabá, MT, Brasil, eloanadartibale@gmail.com, ORCID:
https://orcid.org/0000-0003-2771-5930
3 Doutora em Engenharia da Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS.
Professora Titular da UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil, ermduarte@gmail.com, ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-1792-327X.
4 Doutora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo USP. Professora Associada na
Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil, mrrribeiro10@gmail.com, ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-7132-3005
5 Doutora em Medicina e Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul PUC-RS. Professora Adjunta nas Faculdades Integradas de Taquara, Taquara, RS, Brasil,
ednamartins@faccat.br, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2546-2987
6 Doutor em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS. Professor
Adjunto na Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT, Brasil,
gimersonerick.ufmt@gmail.com, ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4039-0205.
DOI: https://doi.org/10.46551/rnm23173092202100206
Objetivo: avaliar a percepção dos trabalhadores sobre o clima de segurança no contexto
de pandemia da covid-19 e a relação entre o perfil sociodemográfico e laboral. Método:
pesquisa quantitativa com 108 trabalhadores (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas,
farmacêuticos e outros profissionais) do hospital universitário federal do Centro-Oeste
brasileiro. Adotou-se o instrumento com variáveis sociodemográficas e profissionais;
questionário de atitudes de segurança validado e adaptado transculturalmente para a
língua portuguesa por Carvalho e Cassiani; análise estatística com testes t de Student e de
Tukey; análise de variância (Anova) e correlação de Pearson. Resultados: a percepção
dos trabalhadores sobre o clima de segurança mostrou-se negativa (69,1). A satisfação
no trabalho obteve a maior pontuação (86,4) e a percepção da Gerência obteve a pior
pontuação (54,0). Conclusão: o objetivo traçado para o estudo foi alcançado, sendo
constatado que o resultado da percepção do clima de segurança é negativo na instituição.
DESCRITORES: Segurança no Trabalho. Gestão Hospitalar. Cultura Organizacional.
Covid-19. Trabalhadores da saúde.
Clima de segurança em saúde no contexto e pandemia da covid-19 em um hospital universitário
Rev Norte Mineira de enferm. 2021; 10 (2): 47-56
Objective: to evaluate workers' perception of the safety climate in the context of the
covid-19 pandemic and the relationship between sociodemographic and labor profile.
Method: quantitative research with 108 workers (doctors, nurses, physical therapists,
pharmacists, and other professionals) from a federal university hospital in the Midwest of
Brazil. We adopted the instrument with sociodemographic and professional variables;
safety attitudes questionnaire validated and cross-culturally adapted to the Portuguese
language by Carvalho and Cassiani; statistical analysis with Student's t-test and Tukey test;
analysis of variance (ANOVA) and Pearson's correlation. Results: workers' perception of
the safety climate was negative (69.1). Job satisfaction obtained the highest score (86.4),
and the perception of Management obtained the worst score (54.0). Conclusion: the
objective set for the study was reached, and it was found that the result of the perception
of the safety climate is negative in the institution.
DESCRIPTORS: Occupational Safety. Hospital Management. Organizational Culture.
Covid-19. Health Workers.
INTRODUÇÃO
A Síndrome Respiratória Aguda Grave de Coronavírus 2, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-
2), vírus que tem atingido a população em geral e se alastrado de forma muito rápida, tem causado inúmeras mortes no Brasil e
no mundo1. Apesar de possuir baixa taxa de letalidade, estimada entre 2% e 3%, o novo coronavírus é altamente contagioso,
transmitido facilmente por inalação ou contato com gotículas infectadas2. Indicadores de fevereiro de 2021 mostram que a
doença atingiu uma média de 9 milhões de brasileiros, causando mais de 225.099 mortes no país3.
O Ministério da Saúde publicou a Portaria n.º 188, em 3 de fevereiro de 2020, declarando emergência em saúde pública de
importância nacional em decorrência da infecção humana pelo novo coronavírus4, e, em março do mesmo ano, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) decretou situação de pandemia gerada pela doença do coronavírus (coronavirus disease ou covid- 19)5.
Inúmeras estratégias de restrição de circulação de pessoas foram adotadas pelos municípios para conter a pandemia, como
suspensão das aulas, das atividades comerciais e dos eventos6. Com esse novo cenário, os serviços de saúde empreenderam
ações e práticas em prol do tratamento e da manutenção da vida das pessoas com covid-19, mediante emprego de padrões que
visavam à melhoria da eficiência e efetividade da atenção e da obtenção de mecanismos propulsores à segurança no cuidado.
Tal conjuntura anunciou um movimento para a gestão da clínica, que considera, em seus princípios, a adoção de mecanismos
que garantam a segurança e a qualidade na atenção à saúde, mediante redução dos riscos e danos para os diversos atores
envolvidos na produção de cuidados e da variabilidade de decisões clínicas, segundo as melhores evidências7.
Nesse contexto, a análise da cultura de segurança do paciente mostra-se essencial à implementação da gestão da clínica nos
serviços hospitalares, sobretudo em meio à complexidade assistencial decorrente da pandemia da covid-19, pois oportuniza
modos de pensar, de se comportar ou, até mesmo, de trabalhar na organização hospitalar8, que favorece a redução de eventos
adversos e potencializa a corresponsabilização entre os atores envolvidos na produção de cuidados7,10. Ademais, potencializa a
criação e a institucionalização de políticas e ações que atendam às diretrizes da OMS10, além de permitir a otimização da utilização
de recursos necessários e de favorecer a produção de saúde e a autonomia das pessoas sob cuidado7.
Estudos sobre a avaliação da cultura de segurança vêm crescendo no Brasil8-12,14-16, evidenciando a influência positiva da cultura
de segurança nos resultados clínicos dos pacientes e a redução do número de reinternações, de taxas de infecção e de
mortalidade evitável9. No contexto de preocupação global com a pandemia da covid-19, abordar a cultura de segurança nos
serviços de um hospital universitário se faz necessário por permitir a identificação de fatores que precisam ser aprimorados no
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serviço, com vistas à segurança ao paciente11, e, assim, dispor de mecanismos para o gerenciamento e a minimização de riscos
e danos à saúde9.
Alguns instrumentos têm sido utilizados com o objetivo de avaliar a cultura de segurança a partir da percepção de profissionais
da saúde e, dentre esses, destaca-se o Safety Atitudes Questionnaire (SAQ). Ele permite detectar os aspectos que precisam ser
melhorados na instituição em prol da segurança no cuidado11 e que orientam o planejamento das ações institucionais, servindo
de parâmetro para propiciar melhorias e estratégias de intervenção12,13. Contudo, considera-se que a cultura de segurança é
produzida ao longo do tempo, sendo pertinente pensar que, no contexto pandêmico da covid-19, a parte mensurável diz respeito
ao clima de segurança, algo que se traduz a partir das percepções de profissionais nesse momento e constitui um dispositivo
estratégico para a análise da cultura de segurança institucional11 e a implementação de princípios para a gestão da clínica7.
Nesse sentido, a percepção dos profissionais de saúde em relação aos diferentes aspectos do clima de segurança permite a
identificação daqueles relacionados aos eventos adversos e à sua inter-relação entre as diferentes categorias profissionais, as
características, os níveis hierárquicos e a gestão, uma vez que esses indivíduos efetivam as ações de cuidado e de gestão, aplicam
protocolos e constroem a cultura de segurança local, sendo corresponsáveis por mudanças e melhorias14,15. Logo, a cultura de
segurança do paciente demanda investimentos em abordagem sistemática de erros, equipe profissional e gestão, além de ser
essencial para nortear as intervenções na busca pela qualidade dos serviços de saúde10,16.
Uma vez que, no contexto de pandemia da covid-19, muitos profissionais estão trabalhando sob pressão, com grande volume
de atendimento a pacientes infectados e internados em estado grave e com a falta de capacitação profissional especializada, o
medo de contágio e a insegurança entre os profissionais são factuais, o que pode colocar em risco também a segurança do
paciente17. Assim, a pesquisa partiu da hipótese de que, permeado por um cenário de incertezas, medo e insegurança, o clima
de segurança entre os trabalhadores de saúde é desfavorável e, no intuito de testá-lo, este estudo se norteou pelas seguintes
questões: qual é a percepção do clima de segurança entre profissionais de saúde de um hospital universitário no contexto de
pandemia da covid-19? Existem associações significativas entre o perfil sociodemográfico e laboral desses trabalhadores?
Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a percepção dos profissionais de saúde de um hospital universitário sobre o clima
de segurança no contexto de pandemia da covid-19 e verificar a relação entre o perfil sociodemográfico e laboral deles.
MÉTODO
Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, do tipo censo, desenvolvido em um hospital
universitário da Região Centro-Oeste do Brasil, no período de junho a setembro de 2020. A investigação se orientou por critérios
do STrengthening the Reporting of OBservational Studies in Epidemiology (STROBE statement), que engloba recomendações
para qualificar a descrição de estudos observacionais18.
A população do estudo foi constituída por profissionais de saúde com vínculos institucionais distintos: Regime Jurídico Único
(RJU) ou Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). No período da coleta de dados, essa população correspondia a 672 servidores.
A amostra obtida deu-se por conveniência, não probabilística, cujo cálculo amostral obteve nível de confiança de 95% e erro
máximo de 7%, apontando uma mínima de 106 participantes. Foram excluídos do estudo profissionais em afastamento por
motivos de qualquer natureza.
Os participantes foram convidados individualmente, por meio de mensagens via aplicativo WhatsApp, sendo informados, na
ocasião do convite, acerca dos objetivos e das possíveis contribuições da pesquisa. Os profissionais que estavam dispostos a
contribuir com o estudo acessaram um link, que os direcionava para um instrumento eletrônico estruturado na plataforma
Survey Monkey®. Optou-se pela utilização da estratégia de coleta de dados remota, devido ao próprio contexto de pandemia
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da covid-19, evitando, assim, o contato direto com os servidores, e à facilidade de acessar os trabalhadores na instituição em
menor período de tempo. De qualquer modo, os pesquisadores ficaram disponíveis para atender aos participantes durante todo
o período de coleta em caso de dúvidas ou dificuldades na utilização da plataforma.
O instrumento dispunha de: 1) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); 2) questionário sociodemográfico e laboral,
que investigou: idade, sexo, escolaridade, estado civil, número de filhos, renda individual, turno de trabalho, tempo na
instituição, cargo, trabalho concomitante em outra instituição e carga horária semanal e 3) Safety Atitudes Questionnaire (SAQ)
na íntegra.
O SAQ, validado e adaptado transculturalmente para a língua portuguesa18, mensura a percepção de profissionais a respeito da
cultura de segurança na instituição. Ele possui seis domínios (clima de trabalho em equipe, clima de segurança, satisfação no
trabalho, percepção do estresse, percepção da Gerência e condições do trabalho) que abrangem 36 questões, em uma escala do
tipo Likert de cinco pontos, com as seguintes alternativas: discordo totalmente (0 ponto), discordo parcialmente (25 pontos),
neutro (50 pontos), concordo parcialmente (75 pontos) e concordo totalmente (100 pontos). O resultado da soma das
pontuações do SAQ é dividido pelo número de itens do domínio. Considera-se clima de segurança positivo quando o escore final
geral é maior ou igual a 75. Escores abaixo de 60 pontos são considerados um risco para os serviços de saúde, sendo necessárias
intervenções para que as melhorias sejam realizadas19.
A partir do Survey Monkey®, os dados foram extraídos diretamente para o software SPSS (Statistical Package for the Social
Sciences), versão 21.0. As variáveis quantitativas foram descritas por média e desvio padrão (DP), e as categóricas foram
frequências absolutas e relativas. Para comparar as médias, o teste t de Student e a análise de variância (Anova),
complementados pelo teste de Tukey, foram utilizados. Para avaliar a associação entre os escores e as variáveis numéricas, os
testes da correlação linear de Pearson ou Spearman foram aplicados. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05).
A investigação atendeu aos preceitos éticos para pesquisas que envolvem seres humanos, sendo o projeto a que se vincula
aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa, conforme registro CAAE n.º 09495919.9.0000.5541, na Plataforma Brasil. Os
profissionais de saúde registraram a anuência de suas participações em TCLE eletrônico, gerando duas vias de igual teor,
automaticamente endereçadas ao e-mail do pesquisador e do participante.
RESULTADOS
A amostra foi composta por 108 participantes, com predominância do sexo feminino (82,4%) e idade média de 38,67 anos. A
maioria dos participantes da pesquisa é da equipe de enfermagem (69,4%), mas com expressiva participação de médicos (12%)
e de outros profissionais da saúde (18,6%). Os trabalhadores apresentaram renda média de 8 mil reais, sendo a maioria com
vínculo institucional do tipo CLT (78,7%) e atuação na instituição por até cinco anos (53,7%), com média de 6,4 anos. A produção
dos dados teve maior prevalência nas unidades de atendimento à saúde do adulto (30,5%) e à saúde da criança (19,4%).
Em relação à carga horária semanal, um total de 55 trabalhadores (50,9%) desenvolvia suas atividades em 36 horas semanais,
27 trabalhadores (25,0%) realizavam em 40 horas semanais e os demais, em 30 horas semanais ou menos. O turno de trabalho
diurno (26,9%) e matutino (23,1%) foram os mais prevalentes na amostra, seguido do vespertino (21,3%), do noturno e de outras
situações (15,7% cada). A descrição completa dos dados está apresentada na Tabela 1.
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Tabela 1. Características sociodemográficas e laborais dos profissionais de saúde. Mato Grosso, 2020. (n=108)
Variáveis
n
%
Idade
Até 30 anos
10
9,2
30 a 40 anos
65
60,2
41 ou mais
33
30,6
Sexo
Masculino
19
17,6
Feminino
89
82,4
Escolaridade
Técnico
6
5,5
Graduação
49
45,4
Pós-graduação
53
49,1
Estado civil
Solteiro
39
36,1
Casado/união estável
69
63,9
Filhos
Nenhum
29
26,8
Um
45
41,7
Dois
23
21,3
Três ou mais
11
10,2
Ocupação de cargo de chefia
16
14,8
Trabalho em outra instituição
75
69,4
Formação
Médico
13
12,0
Enfermeiro
43
39,8
Técnico de enfermagem
32
29,6
Outros profissionais
20
18,6
Na Tabela 2, estão descritos a média e o DP, conforme os domínios estabelecidos no instrumento SAQ. Observou-se, no presente
estudo, que o escore médio geral do instrumento SAQ foi de 69,1, evidenciando que a percepção dos participantes sobre a
cultura de segurança na instituição é negativa. Os domínios com maior pontuação foram: satisfação no trabalho (média de 86,4),
seguida de percepção do estresse (77,6) e clima de trabalho em equipe (73,8). Com menor escore, a pesquisa apontou o domínio
de percepção da Gerência (54,0).
Tabela 2. Resultado da avaliação dos escores por domínios abordados na escala Safety Attitude Questionnaire (SAQ), Mato
Grosso, 2020. (n=108).
Domínios SAQ
Desvio padrão
Clima de trabalho em equipe (1 ao 6)
18,4
Clima de segurança (7 ao 13)
19,0
Satisfação no trabalho (15 ao 19)
14,9
Percepção do estresse (20 a 23
25,2
Percepção da Gerência (24 ao 28)
19,8
Condições de trabalho (30 ao 32+14)
24,6
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Comportamento seguro (33 ao 36)
63,9
16,2
Total
69,1
12,8
Quanto ao tipo de vínculo institucional, observou-se que os trabalhadores com vínculo institucional por CLT apresentaram
significativamente maior pontuação quanto à satisfação no trabalho se comparados com os trabalhadores com vínculo RJU. Além
disso, a percepção dos trabalhadores acerca da Gerência foi significativamente menor em relação ao RJU, conforme dados
constantes na Tabela 3.
Tabela 3. Associação entre o vínculo institucional dos profissionais de saúde e os domínios abordados na escala SAQ. Mato Grosso, 2020. (n=108).
Domínios SAQ
Residente
RJU
CLT
p
Clima de trabalho em equipe
79,2 (9,0)
69,3 (23,3)
74,5 (17,6)
0,466
Clima de segurança
72,3 (20,3)
61,3 (20,8)
69,1 (18,4)
0,256
Satisfação no trabalho
90,0 (12,2)ab
76,9 (20,6)a
88,3 (12,9)b
0,011
Percepção do estresse
89,6 (8,2)
83,8 (24,1)
75,6 (25,8)
0,263
Percepção da Gerência
66,3 (23,3)b
42,2 (15,1)a
55,7 (19,6)b
0,010
Condições de trabalho
68,3 (25,9)
50,0 (20,9)
61,7 (25,0)
0,139
Comportamento seguro
70,3 (23,6)
66,0 (13,5)
63,0 (16,4)
0,515
Total
76,1 (12,2)
64,0 (13,5)
69,7 (12,5)
0,100
ab - letras iguais não diferem pelo teste de Tukey a 5% de significância.
Houve associação inversa estatisticamente significativa entre a idade e o escore de percepção de estresse (r=-0,202; p=0,037),
evidenciando que, quanto maior a idade, menor o escore de percepção do estresse. Observa-se ainda que o turno diurno obteve
maior pontuação em relação ao clima de trabalho (p=0,026). Além disso, ocorreu certa tendência para significância também em
relação ao clima de segurança (p=0,050) nos turnos vespertino e diurno.
Tabela 4. Associação entre o turno de trabalho dos profissionais de saúde e os domínios abordados na escala SAQ. Mato Grosso,
2020. (n=108).
Domínios SAQ
Matutino
Vespertino
Diurno
Noturno
Outros
p
Clima de trabalho em equipe
74,3
(20,8)ab
65,8
(20,3)a
81,8 (10,5)b
69,1
(18,2)ab
76,1
(18,3)ab
0,026
Clima de segurança
70,2
61,3
75,6
62,4
66,1
(17,3)
(21,6)
(16,3)
(18,9)
(18,3)
0,050
Satisfação no trabalho
88,3
(13,9)ab
78,4
(22,3)a
90,0
(10,4)b
89,4
(7,7)ab
85,4
(12,5)ab
0,047
Percepção do estresse
76,8
(25,6)ab
62,9
(33,6)a
84,8
(18,8)b
79,0
(24,1)ab
85,6
(10,2)ab
0,020
Percepção da Gerência
52,8
47,5
57,5 (9,4)
59,4 (17,1)
52,8 (18,6)
(22,4)
(19,2)
0,309
Condições de trabalho
62,2 (22,8)
50,7
63,4 (26,1)
59,8 (28,3)
65,2 (21,7)
(23,0)
0,333
Comportamento seguro
63,3
56,3 (16,6)a
70,3 (16,0)b
62,1 (11,4)ab
67,4 (9,6)
Clima de segurança em saúde no contexto e pandemia da covid-19 em um hospital universitário
Rev Norte Mineira de enferm. 2021; 10 (2): 47-56
(19,20)ab
0,033
Total 69,7
(12,6)ab
60,3
(15,6)a
74,6
(9,7)b
68,8
(9,3)ab
71,2
(10,9)ab
0,001
ab - letras iguais não diferem pelo teste de Tukey a 5% de significância.
Houve associação inversa estatisticamente significativa entre tempo na instituição (em anos) e escore de percepção da Gerência
(rs(abaixo)=-0,196; p=0,042), sendo que, quanto maior o tempo na instituição, menor escore de percepção da Gerência, assim
como profissionais que exerciam cargo de chefia na instituição apresentaram escores significativamente mais elevados de
percepção de estresse quando comparados com os que não exercem (m=86,1 d=13,1 vs. 76,1 d=26,5; p=0,025). Além disso,
profissionais que trabalhavam em outras instituições apresentaram escores significativamente mais elevados de percepção de
estresse quando comparados com os que não trabalhavam em outra instituição (m=81,6 d=22,1 vs. 68,6 d=29,5; p=0,028).
Quando procuradas as associações com a carga horária na instituição, observou-se significância nos profissionais que
trabalhavam 40 horas, quando comparados com os que trabalhavam 36 horas, para os domínios de percepção do estresse mais
elevado (p=0,031). Aqueles que trabalhavam 30 horas obtiveram escore menor nas condições de trabalho (p=0,006) quando
comparados entre 36 horas e 40 horas.
Observou-se maiores escores nos itens “Eu gosto do meu trabalho”, que obteve uma pontuação média de 96,3; “Eu me orgulho
de trabalhar nesta área”, com 94,4, e “Este é um bom lugar para trabalhar”, com média de 90,3, cujos resultados corroboram
com a avaliação positiva do domínio de satisfação no trabalho. No entanto, itens com menores escores também foram
constatados: “Falha na comunicação que levam a atrasos no atendimento são comuns” e “A administração apoia meus esforços
diários”, que sinalizam problemas de comunicação e de falta de reconhecimento pela Administração, evidenciados pelo baixo
escore no domínio percepção da Gerência.
DISCUSSÃO
No estudo, houve predomínio de mulheres, com faixa etária entre 30 e 40 anos e tempo de trabalho na instituição entre 5 e 6
anos, cujo perfil também foi encontrado em outros estudos11,20, o que pode estar associado à grande parte dos trabalhadores
da área da saúde serem da Enfermagem, categoria profissional mais representativa, e com maior número de mulheres.
Entretanto, diferentemente dos perfis evidenciados em outros estudos, em que a maioria dos profissionais possui, como maior
escolaridade, a graduação21,22, neste estudo, tem-se a maioria dos trabalhadores com pós-graduação como maior nível de
escolaridade. Tal fato é importante de ser destacado em estudos de clima organizacional, pois pode estar relacionado ao estímulo
da instituição quanto à qualificação dos trabalhadores.
Na avaliação da percepção dos trabalhadores em relação à cultura de segurança no cuidado, a pontuação do escore médio geral
do instrumento SAQ foi de 69,1, o que, segundo a literatura12,19, é considerada baixa, visto que, para ser positiva, a pontuação
deveria ser igual ou maior que 75. Esse resultado vem ao encontro com os outros estudos brasileiros11,12,21 e internacionais20,23,
demonstrando que a segurança na produção de cuidados no hospital deve ser mais bem pensada e considerada pelos
trabalhadores de saúde, uma vez que pode interferir na qualidade da assistência ao paciente.
Na medida em que a cultura organizacional pode gerar sentimentos de unidade e propósito, ajudando a equipe a lidar com
mudanças complexas e dinâmicas24, uma baixa percepção da cultura de segurança em contexto de pandemia da covid-19 é algo
que preocupa, visto que os trabalhadores se encontram em situações de estresse, abalados psicologicamente devido ao medo
de serem infectados, estando, consequentemente, mais suscetíveis a erros e à desatenção25. Ademais, tais resultados podem
interferir no desempenho da equipe multiprofissional e no alcance de metas, se considerado o resultado do estudo
Clima de segurança em saúde no contexto e pandemia da covid-19 em um hospital universitário
Rev Norte Mineira de enferm. 2021; 10 (2): 47-56
anterior, em que se destacam as repercussões na satisfação e no comprometimento com o trabalho e a melhoria da qualidade24.
O domínio com maior pontuação foi o de satisfação no trabalho, e o de menor pontuação referiu-se à percepção da Gerência,
assim como evidenciado em outros estudos11,21,23. A percepção de satisfação, maior pontuação pelos participantes, pode
estar relacionada com a renda mensal e com o vínculo institucional, o que se torna mais evidente com a alta pontuação nos
itens: “Eu gosto do meu trabalho” e “Este é um bom lugar para se trabalhar”, que obtiveram uma pontuação maior que 9026.
Esse pode ser um aspecto positivo para a instituição, pois, mesmo em situação de pandemia, em que os profissionais
apresentaram sinais de sofrimento físico e psíquico23,25, eles se mostraram satisfeitos com o ambiente de trabalho. Essa
percepção deve ser levada em consideração pela gestão para que as melhorias sejam realizadas e esses profissionais possam
ser acolhidos em suas necessidades.
Por outro lado, a baixa pontuação no domínio percepção da Gerência é algo preocupante, pois a falta de suporte da
Administração desfavorece a construção de uma cultura de segurança positiva no ambiente hospitalar, visto que ações devem
ser traçadas e apoiadas pelas gerências e também pela alta gestão para que a cultura seja construída de forma propositiva e
fundamentada em movimentos participativos26, cuja situação se agrava, no contexto pandêmico, em que os trabalhadores se
mostram extremamente inseguros em tomar decisões, dado o cenário de incertezas e medo. Esse resultado corrobora com
os achados evidenciados em outro estudo23, em que a baixa pontuação na percepção da Gerência é predominante.
Do mesmo modo, a avaliação negativa no item “falha na comunicação que levam a atrasos no atendimento são comuns” é
preocupante, pois demonstra comportamentos não seguros e que podem comprometer a atenção à saúde e a segurança do
próprio trabalhador em um contexto pandêmico, como o apresentado neste estudo. Sabe-se que a comunicação efetiva é
fundamental para evitar falhas e erros na assistência27, logo, em situações de pandemia/epidemias/catástrofes, a
comunicação e a participação da gestão junto à linha de frente se tornam imprescindíveis para que o paciente receba uma
assistência segura e de qualidade.
Pondera-se, como possível limitação deste estudo, o quantitativo de profissionais de saúde de diversas áreas de atuação que
responderam ao questionário devido à pandemia ocasionada pela covid-19, não sendo possível realizar uma abordagem
presencial junto aos participantes, visando a uma melhor explicação e sensibilização para o envolvimento na pesquisa. Outro
fator foi não ter realizado uma pesquisa anterior ao período de pandemia, no referido hospital, para se realizar uma
comparação, tampouco houve tempo para realizar uma intervenção para aferir a melhora ou não da percepção da segurança
do paciente pelos profissionais de saúde.
Entretanto, acredita-se que este estudo contribui com o avanço na gestão dos processos de atenção à saúde ao propiciar um
diagnóstico situacional do clima de segurança na produção de cuidados hospitalares, sobretudo no contexto da covid-19, que,
apesar de muito retratado na contemporaneidade, ainda é pouco explorado em termos de evidências científicas. Esse
diagnóstico pode constituir uma ferramenta estratégica aos gestores e tomadores de decisão por possibilitar a identificação
de fatores que desfavorecem um clima positivo para a segurança e a qualidade dos diversos atores envolvidos na equipe
multiprofissional. Ademais, potencializa a discussão e o desenvolvimento de novos estudos, com vistas ao aprofundamento
da temática em serviços públicos hospitalares.
CONCLUSÃO
Este estudo mostrou que a percepção dos trabalhadores sobre o clima de segurança, em meio à pandemia da covid-19,
apresentou-se negativa, porém obteve maior pontuação no domínio satisfação no trabalho, principalmente entre os
profissionais de saúde do regime celetista. No entanto, a percepção da Gerência obteve pior pontuação entre os demais
domínios, especialmente em relação aos profissionais de saúde do regime estatutário. Diante dos dados apresentados
relacionados à cultura de segurança em um hospital universitário em contexto de pandemia da covid-19, faz-se necessário
Clima de segurança em saúde no contexto e pandemia da covid-19 em um hospital universitário
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readequar a comunicação e os mecanismos de gerenciamento para aproximar os trabalhadores da saúde e suas lideranças,
alinhando planejamento, necessidades, perspectivas e resultados, uma vez que o critério percepção da Gerência teve baixa
pontuação, sendo este um fator que deve ser discutido, no intuito de proporcionar melhorias às condições de trabalho e de
saúde ao trabalhador.
Desse modo, ao identificar as áreas de domínios específicos que estão fragilizadas, tem-se a oportunidade de investir em
ações estratégicas que visem à transformação das práticas de atenção, gestão e educação, aliviando o estresse e o medo de
trabalhadores que vivenciam a atuação na linha de frente do atendimento ao paciente com covid-19. Assim, mapear os “nós
críticos'' que fragilizam o serviço permite pensar em ações focadas nas necessidades da equipe multiprofissional e,
consequentemente, reflete na segurança de todos os envolvidos na produção da assistência, minimizando eventos adversos,
falhas na comunicação e conflitos.
Declaramos que não conflitos de interesse.
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