REVISTA NORTE MINEIRA
DE ENFERMAGEM
ISSN: 2317-3092
Recebido em:
08/10/20
22
Aprovado em:
16/05/202
3
Como citar este artigo
Penha SP, Monteiro BB, Ruela LO, Clapis MJ,
silva MMJ.
O cuidado de enfermagem à gestante
na pandemia de covid-19: revisão de escopo.
Rev Norte Mineira de enferm. 2022; 11(2):22-
35.
Autor correspondente
Sarah Pereira da Penha
Universidade de São Paulo
Correio eletrônico: sarahpenha@usp.br
ARTIGO REVISÃO
O CUIDADO DE ENFERMAGEM À GESTANTE NA
PANDEMIA DE COVID-19: REVISÃO DE ESCOPO
Nursing care for pregnant women during the covid-19 pandemic: a
scoping review
Sarah Pereira da Penha
1
, Bruna Borlina Monteiro
2
, Ludmila Oliveira Ruela
3
, Maria José Clapis
4
,
Mônica Maria de Jesus Silva 5.
1 Sarah Pereira da Penha. Enfermeira pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil, sarahpenha@usp.br, ORCID:
https://www.orcid.com.br/0000-0002-9387-2603
2 Bruna Borlina Monteiro. Enfermeira no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-FMRP-USP),
mestranda no Programa de Pós-graduação Enfermagem em Saúde Pública da Escola de Enfermagem
de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, Brasil, bruborlina@gmail.com,
ORCID: https://www.orcid.com.br/0000-0002-1968-222X
3 Ludmila de Oliveira Ruela. Enfermeira, mestra em Enfermagem pela Universidade Federal de
Alfenas, doutoranda no Programa de Pós-graduação Enfermagem em Saúde Pública da Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, docente em Enfermagem do Centro
Universitário de Lavras (Unilavras), Lavras, MG, Brasil, ludmilaoliveira@usp.br, ORCID:
https://www.orcid.com.br/0000-0001-9071-539X
4 Maria José Clapis. Enfermeira, doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP),
docente aposentada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo,
Ribeirão Preto, SP, Brasil, maclapis@usp.br, ORCID: https://www.orcid.com.br/0000-0002-2896-
3808
5 Mônica Maria de Jesus Silva. Enfermeira, doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo
(USP), docente da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, Ribeirão
Preto, SP, Brasil, monicamjs@usp.br, ORCID: https://www.orcid.com.br/0000-0002-4532-3992
DOI: https://doi.org/10.46551/rnm23173092202200204
Objetivo: Mapear as evidências disponíveis sobre as considerações e
recomendações para o cuidado de enfermagem à gestante na pandemia da
COVID-19. Método: Revisão de escopo guiada pelo PRISMA-ScR.
Resultados: Foram identificadas cinco categorias temáticas. Três em caráter de
recomendações: Cuidado de enfermagem respaldado pela paramentação;
reorganização do espaço físico para a manutenção do cuidado de enfermagem;
cuidado de enfermagem pautado na triagem e avaliação de gestantes suspeitas ou
confirmadas na pandemia de COVID-19. Duas em caráter de consideração:
Remodelação do cuidado de enfermagem e as teleconsultas; aspectos emocionais
e psicológicos do cuidado de enfermagem às gestantes na pandemia. Conclusão:
O cuidado de enfermagem a gestante na pandemia de COVID-19 se pauta na
paramentação dos profissionais com os EPIs, necessidade de adequação da
estrutura física das unidades de saúde para remanejamento do fluxo de gestantes,
instauração de teleconsultas que garantam a continuidade do cuidado e atenção
para a fragilidade emocional.
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DESCRITORES: Enfermagem; Gravidez; Cuidados de enfermagem; Infecções
por coronavírus; COVID-19.
Objective: To map the available evidence on considerations and
recommendations for nursing care for pregnant women during the COVID-19
pandemic. Method: A scoping review guided by PRISMA-ScR. Results: Five
thematic categories were identified, with three as recommendations: Nursing
care supported by donning; Reorganization of the physical space to maintain
nursing care; Nursing care based on the screening and assessment of pregnant
women suspected or confirmed in the COVID-19 pandemic. And two as
considerations: Remodeling nursing care and teleconsultations; Emotional and
psychological aspects of nursing care for pregnant women during the pandemic.
Conclusion: Nursing care for pregnant women during the COVID-19 pandemic
is based on professionals wearing PPE,need to adapt health units’ physical
structure to relocate the flow of pregnant women, establish teleconsultations that
guarantee continuity of care and attention to emotional fragility.
DESCRIPTORS: Nursing; Pregnancy; Nursing Care; Coronavirus Infections;
COVID-19.
INTRODUÇÃO
A COVID-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, foi identificada pela primeira vez em Wuhan, na
China, durante o mês de dezembro de 2019(1) e se espalhou pelo mundo a chegar ao Brasil, com a
ocorrência do primeiro caso em fevereiro de 2020(2), causando graves repercussões na saúde da população.
Em relação à saúde materna, sabe-se que a imunologia adaptativa e a fisiologia cardiopulmonar da gravidez
tornam a gestante geralmente vulnerável a infecções e tal vulnerabilidade, associada à COVID-19, pode
desencadear quadros respiratórios preocupantes e agravamento do cenário clínico da gestante, com efeitos
imediatos na saúde materna ou fetal e desfechos maternos e perinatais desfavoráveis(3), principalmente em
ambientes de poucos recursos como o Brasil, que lidera as mortes maternas associadas à COVID-19(4).
Nesse sentido, gestantes e puérperas foram incluídas no grupo de risco conforme orientação do Ministério
da Saúde do Brasil(2). A partir desta recomendação, o cuidado às gestantes na pandemia foi intensificado e
reconfigurado, o que inclui a assistência de enfermagem. Gestantes contaminadas pela Covid-19 podem
necessitar de oxigenoterapia, ventilação mecânica e monitoramento em terapia intensiva, como demonstrou
revisão brasileira(5). Apesar de existirem protocolos institucionais para o cuidado de enfermagem à gestante
baseados em conhecimento sobre outros vírus de caráter respiratório, o comportamento do SARS-Cov-2
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permanece imprevisível, o que culmina em um cenário de intenso fluxo de novas recomendações e
atualizações sobre a temática.
Frente a este contexto, entende-se ser premente investigar as evidências disponíveis na literatura, nacional e
internacional, sobre as considerações ou recomendações para o cuidado de enfermagem à gestante na
pandemia de COVID-19, no intuito de difundir o conhecimento e apoiar os enfermeiros e pesquisadores da
área, visto que ainda não um consenso. Desta forma, este estudo objetivou mapear as evidências
disponíveis sobre as considerações e recomendações para o cuidado de enfermagem à gestante na
pandemia da COVID-19.
MÉTODOS
Trata-se de uma revisão de escopo que seguiu as recomendações do guia internacional PRISMA-ScR(6) e as
diretrizes propostas pelo Joanna Briggs Institute, perpassando seis etapas pré-estabelecidas: elaboração da
pergunta de pesquisa; identificação dos estudos relevantes; seleção dos estudos; mapeamento dos dados;
coleta, resumo e descrição dos achados; e divulgação dos resultados obtidos(6).
Utilizou-se a estratégia PCC, a qual refere-se à População (gestante); Conceito (cuidado de enfermagem);
Contexto (pandemia de COVID-19) para formular a pergunta de pesquisa: “Quais as recomendações e
considerações para o cuidado de enfermagem à gestante na pandemia da COVID-19?”
As bases de dados utilizadas para realizar a busca pelos estudos relevantes foram: MEDLINE com acesso
via PubMed®; Scopus; CINAHL; LILACS. Para realizar a busca foram adotados descritores controlados
adequados às bases de dados: Medical SubjectHeadings (MeSH), CINAHL Headings e Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS). Todos os descritores foram combinados utilizando-se os operadores booleanos
AND e OR, culminando nas estratégias de busca apresentadas abaixo.
Com o objetivo de ampliar ao máximo o campo de busca, realizou-se a consulta à ferramenta de busca
Google Scholar®, como fonte da literatura cinzenta, e a seleção nas listas de referências das fontes
utilizadas para recuperar artigos pertinentes.
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Quadro 1 - Estratégia de busca por base de dados. Ribeirão Preto, SP, Brasil. 2021.
Base de Dados Estratégia de busca
PUBMED “pregnancy”[MeSH Terms] OR “pregnant woman” OR “prenatal care” AND
“coronavirus infections”[MeSH Terms] OR “COVID-19” [MeSH Terms] OR
“SARS-COV-2” [MeSH Terms] AND “nursing care”[MeSH Terms]
SCOPUS “pregnancy” OR pregnant woman” OR prenatal care” OR “antenatal” AND
“coronavirus infections” AND “nursing care”
CINAHL TX “pregnancy OR TX “pregnant” OR TX “prenatal” AND “coronavirus
infections” OR TX “COVID-19” OR TX “SARS-COV-2” AND TX “nursing care”
LILACS gravidez OR gestantes OR cuidado pré-natal” AND “infecções por coronavírus”
OR “COVID-19” AND “cuidados de enfermagem”
No Google Scholar, foi utilizada a estratégia configurada da seguinte maneira: (Gravidez OR Gestante OR
Pré-natal) AND (Cuidado de Enfermagem) AND (COVID-19 OR Infecção por Coronavírus). Perante o
resultado, foram analisadas as 100 primeiras URL (UniformResourceLocator). Este número foi
estabelecido considerando que as 100 primeiras páginas de cada estratégia são as mais acessadas pelos
usuários, de acordo com a ordem em que aparecem no portal de busca. Isto ocorre em decorrência da
classificação das URL se dar pela relevância.
A busca ocorreu no período de 06 a 28 de outubro de 2021 de forma pareada por dois pesquisadores, de
maneira independente e cega. Um terceiro revisor foi acionado em casos de desacordo quanto à inclusão.
No entanto, não foram identificadas divergências entre os resultados encontrados. Para auxiliar na seleção e
no gerenciamento dos estudos, foi utilizado o software RayyanQCRI®.
A seleção dos estudos obedeceu aos critérios de inclusão: literatura publicada até outubro de 2021, temática
relativa ao cuidado de enfermagem gestante no contexto da pandemia de COVID-19, sem recorte temporal.
Foram excluídos os estudos não possuíam informações pertinentes para a contribuição e sem
recomendações diretas ao cuidado de enfermagem à gestante.
A análise dos dados foi realizada em duas fases. Primeiramente, foi realizada a leitura dos títulos, resumos
e descritores. Posteriormente, a leitura dos textos na íntegra. Para a extração dos dados da amostra
selecionada e mapeamento das informações, foi utilizada a adaptação de um formulário recomendado pelo
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JBI(7), contendo dados de publicação (ano, autores e país de publicação); objetivos de estudo;
características metodológicas (população de estudo); principais resultados (desfechos, achados ou
contribuições).
Os dados extraídos foram analisados, a fim de descrever e classificar os resultados, evidenciando o
conhecimento produzido sobre a temática, e posteriormente, discutidos conforme classificações de
categorias temáticas.
A fim de garantir a qualidade desta publicação, aderiu-se ao checklist PRISMA, o qual contribui para a
adequabilidade das partes constituintes desta revisão(6), sendo os estudos sintetizados e dispostos no
formato de figura, tabela e quadro, contemplando as variáveis de interesse e analisados com base na
estatística descritiva, nas frequências absoluta e relativa, e na síntese narrativa.
RESULTADOS
Foram identificados 592 registros nas bases de dados e sete na ferramenta de busca Google Scholar®,
totalizando 599 registros. Destes, 11 atenderam aos critérios de inclusão e compuseram a amostra final
(Figura 1).
Figura 1 - Fluxograma de seleção dos estudos da revisão, Brasil, 2022
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A análise evidencia que a maioria dos estudos eram relatos de experiência, desenvolvido no Brasil,
publicados em revistas nacionais, especialmente, da área de ginecologia e obstetrícia. Todos os estudos
foram publicados entre 2020 e 2021, majoritariamente em língua portuguesa, conforme o Quadro 2.
Quadro 2 - Síntese dos estudos incluídos. Ribeirão Preto, SP, Brasil. 2021.
N Título País/Ano Tipo de estudo/idioma
E1
Acolhimento de gestantes e puérperas suspeitas ou confirmadas de
COVID-19 em uma maternidade de referência
Brasil
(2021)
Relato de experiência/ Português
E2
Impact of COVID-19 on Pregnant Women and Maternity Nurses Estados
Unidos
(2021)
Editorial/Inglês
E3
(10)
Os desafios da enfermagem obstétrica no início da pandemia da
COVID-19 no Estado do Pará
Brasil
(2021)
Relato de experiência/ Português
E4
(11)
A multidisciplinary telemedicine model for management of
coronavirus disease 2019 (COVID-19) in obstetrical patients
Estados
Unidos
(2020)
Estudo descritivo/ Inglês
E5
(12)
Enfrentando à COVID-19 com teleorientação de enfermagem para
gestantes e puérperas: relato de experiência
Brasil
(2021)
Relato de experiência Português
E6
(13)
Telenfermagem na COVID-19 e saúde materna: WhatsApp® como
ferramenta de apoio
Brasil
(2021)
Relato de
experiência/ Português
E7
(14)
Fluxos de atendimento em um centro obstétrico frente à pandemia de
COVID-19: relato de experiência
Brasil
(2021)
Relato de experiência/Português
E8
(15)
Garantia de assistência segura para gestantes e puérperas na atenção
primária: desafio frente à Pandemia da COVID-19
Brasil
(2021)
Relato de experiência/Português
E9
(16)
Midwifery and Nursing Strategies to protect against COVID-19
During the Third Trimester of Pregnancy
China
(2020)
Estudo descritivo/Inglês
E10
(17)
Atendimento de gestantes na atenção primária a saúde pela
enfermagem durante a pandemia do SARS-COV-2
Brasil
(2020)
Relato de experiência/Português
E11
(18)
Patients With COVID
‐19 Undergoing Cesarean Deliveries: Adapting
the OR Suite and Perioperative Care to Prevent Transmission
China
(2020)
Estudo de caso/Inglês
Fonte: Das autoras.
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DISCUSSÃO
Os conteúdos foram agrupados em cinco categorias temáticas, sendo três categorias em caráter de
recomendações: Cuidado de enfermagem respaldado pela paramentação; a reorganização do espaço físico
para a manutenção do cuidado de enfermagem; cuidado de enfermagem pautado na triagem e avaliação de
gestantes suspeitas ou confirmadas na pandemia de COVID-19; e duas categorias em caráter de
consideração: Remodelação do cuidado de enfermagem e as teleconsultas; aspectos emocionais e
psicológicos do cuidado de enfermagem às gestantes na pandemia.
Categoria 1 - Cuidado de enfermagem respaldado pela paramentação
Visto o cenário da pandemia causado pela COVID-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) instituiu, em 2020, que todos os serviços de saúde deveriam implementar, além das precauções
padrão, também as precauções para contato, gotículas e aerossóis, quando necessário, colocando em vigor
o uso adequado e indispensável de EPIs(19).
Tal recomendação foi confirmada em dois estudos(18,14), em que enfermeiros, durante o atendimento à
gestante e puérpera, deveriam utilizar scara cirúrgica, touca, luvas de procedimento, escudo facial ou
óculos e avental, além de máscara Peça Facial Filtrante (PFF2) em procedimentos geradores de aerossóis.
Frente a necessidade e importância da paramentação, um estudo incluído(12) destacou o papel de supervisão
que o enfermeiro exerce na garantia do uso de EPIs pela equipe de saúde, uma vez que este supervisiona e
orienta o uso correto, quando necessário.
Ainda nesse sentido, outro estudo da presente revisão(10) permitiu observar a importância do papel exercido
pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) no uso dos EPIs por gestantes, puérperas,
acompanhantes e profissionais da equipe. Cabe destacar que a CCIH tem papel fundamental para melhorar
as condições de trabalho dentro do ambiente hospitalar ao supervisionar a qualidade da assistência através
de índices de infecção, medidas de prevenção, elaboração de protocolos e, para tanto, conta com
profissionais enfermeiros que atuam diretamente nesses aspectos para composição de seu comitê(20).
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Categoria 2 -A reorganização do espaço físico para a manutenção do cuidado de enfermagem
A recomendação da necessidade da adaptação e flexibilização do espaço físico dos locais que prestam
assistência à gestante durante a pandemia de COVID-19, apontada na presente revisão, vai ao encontro das
orientações do Ministério da Saúde do Brasil, que preconizam o atendimento a pacientes suspeitas ou
confirmadas em área exclusiva, preferencialmente ventilada, com acesso a lavatórios e banheiros privativos
que impeçam a contaminação de ambientes compartilhados com outros pacientes.
Sabe-se que as constantes mudanças observadas em protocolos institucionais durante a pandemia podem
prejudicar a assistência, o que torna indispensável o estabelecimento de fluxos padronizados, seguindo
recomendações de órgãos competentes para o cuidado(21), como observado em dois estudos desta revisão,
sendo que em um(16) as enfermarias de pré e pós-parto foram divididas em três áreas distintas de acordo
com o grau de contaminação e com acesso distinto para pacientes e para a equipe médica. em outro(8), a
entrada para paciente sem sinais ou sintomas de síndrome gripal foi distinta da entrada para pacientes com
suspeita ou confirmação de COVID-19.
Por outro lado, a presente revisão ressaltou em um estudo desenvolvido no Pará(10) que, no início do
cenário pandêmico, não houve mudanças na organização do fluxo para distanciamento de pacientes
sintomáticas, expondo outras gestantes, pacientes profissionais de saúde ao vírus SARS-Cov-2.
Outro aspecto importante recomendado foi a sinalização e identificação visual da área de isolamento(16)
para reforçar a importância de manter as portas fechadas, higienizar as mãos, realizar desinfecção nas
maçanetas das portas e manter as tampas das lixeiras fechadas. Este resultado, evidenciado em estudo
chinês, está em consonância com o protocolo de manejo clínico da COVID-19 do Ministério da Saúde do
Brasil, o qual destaca a utilização de alertas visuais em locais estratégicos referentes à higiene frequente e
adequada das mãos e medidas de etiqueta respiratória recomendadas durante a permanência do paciente na
unidade de saúde(22).
Além da organização do fluxo de atendimento, ficou claro neste estudo a recomendação para a avaliação da
possibilidade de mudança de espaços físicos pré-existentes, a fim de transformá-los em ambientes
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privativos às gestantes sintomáticas por meio de barreiras físicas, como a transformação de salas de
cirurgia comuns em salas de cirurgia de isolamento, objetivando a realização de partos cesáreas com
segurança(18).
Categoria 3 -Cuidado de enfermagem pautado na triagem e avaliação de gestantes suspeitas ou
confirmadas na pandemia de COVID-19
Esta revisão evidenciou a importância do cuidado de enfermagem na triagem e avaliação de gestantes
suspeitas ou confirmadas na pandemia de COVID-19. Um estudo(17) destacou o papel do enfermeiro na
triagem de pacientes suspeitos - o que inclui gestantes - através da coleta de dados, anamnese, avaliação
dos aspectos clínicos da doença e coleta de teste rápido.
Especificamente em relação à triagem obstétrica durante a pandemia de COVID-19, estudo brasileiro(10)
desenvolveu um anexo específico para gestantes que apresentavam sinais e sintomas gripais, reforçando o
aspecto de restrição de acompanhantes e individualizando o cuidado na situação pandêmica, sem deixar de
lado as queixas referentes ao ciclo gravídico-puerperal. Este resultado guarda semelhança com as
orientações da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que lançou em 2020 um manual de
recomendações para triagem de pacientes com sintomas respiratórios, possibilitando uma avaliação clínica
assertiva desses pacientes e o redirecionamento adequado para o nível de atenção correspondente aos
sintomas apresentados(23).
Outro estudo identificado na revisão(8) refere a adequada implementação dessas recomendações em uma
maternidade do Amazonas, com a entrada para pacientes assintomáticas distinta daquela para pacientes
com suspeita ou confirmação de COVID-19, assim como em outros setores, como o pré-parto, com equipe
e o espaço físico exclusivos para pacientes contaminadas. Mais um aspecto importante foi a correta
identificação de pacientes sintomáticas pelo enfermeiro responsável e a comunicação do caso para a
equipe, encaminhando a gestante ou puérpera para avaliação médica e testagem.
Segundo o Ministério da Saúde, o enfermeiro deve obrigatoriamente realizar a notificação de casos
suspeitos ou confirmados de COVID-19 e registrar as informações de todo paciente com Síndrome Gripal a
fim de possibilitar o vínculo longitudinal do cuidado, a coordenação do mesmo e elaboração de estratégias
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de saúde para o futuro. Ao notificar, colabora-se com a investigação epidemiológica e implementação de
medidas de prevenção, controle e tratamento da COVID-19, além do desenvolvimento de estratégias
direcionadas e prática da educação em saúde, como observado em um estudo da presente revisão(14).
Categoria 4 -Remodelação do cuidado de enfermagem e teleconsulta
Com o cenário da pandemia de COVID-19, a Enfermagem foi desafiada a utilizar ferramentas alternativas,
como a telesaúde e a teleenfermagem, visando a promoção e continuidade do cuidado à distância para
gestantes, como constatado em um estudo desta revisão, desenvolvido nos Estados Unidos(9). Por meio das
Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), foi possível incorporar novas possibilidades à
assistência prestada à gestante, uma vez que se notou um aumento da demanda aos serviços e, em
contrapartida, foi necessário reduzir tanto quanto possível as exposições ao vírus(25).
Nesse sentido, esta revisão apontou, em estudo norte americano, alguns aspectos do cuidado de
enfermagem remodelado para a modalidade à distância(11) como informações às gestantes, via telefone,
acerca de diretrizes de cuidado domiciliar com a COVID-19, incluindo isolamento social, higiene adequada
e monitoramento de sinais e sintomas característicos da doença. As chamadas telefônicas, feitas a cada um
ou dois dias, funcionavam como ferramenta para que a enfermeira pudesse avaliar a gravidade dos
sintomas e determinar a continuação da elegibilidade para o atendimento à distância ou necessidade de
abordagem presencial.
Realizados no Brasil, dois estudos desta revisão(12-13) abordaram de forma similar a assistência às gestantes
através de teleorientações em enfermagem. Ambos descreveram a experiência vivenciada pela equipe
durante o atendimento remoto, com a implementação de estratégias de acolhimento das pacientes e
primeiras orientações, encaminhamento para a enfermeira de plantão responsável pelo tele cuidado e o uso
das estratégias de acompanhamento à distância, com destaque para a coleta de dados que incluiu perguntas
acerca da gestação e a queixa principal ou dúvida que a levou a procurar atendimento.
Com as medidas de distanciamento social estabelecidas no início da pandemia de COVID-19, a
teleconsulta ocupou espaço essencial na assistência à saúde, permitindo a troca de informações de maneira
segura através de plataformas criptografadas que garantem a privacidade e o acesso difundido aos serviços
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de saúde na modalidade remota(25). Para mais, a modalidade de atendimento à distância gera redução de
custos para o paciente e para o serviço, ao ser possível a realização de consultas de diversas especialidades
de saúde através de um único recurso físico pré-estabelecido, como um computador ou telefone celular.
Para a paciente, a economia de custos gira em torno da redução do deslocamento à unidade de saúde e da
exposição ao SARS-Cov-2(26).
Outrossim, evidenciou-se em três estudos da presente revisão que a estratégia de teleorientação em
enfermagem, durante a pandemia, permitiu que a gestante, previamente informada ao longo de cada
consulta e munida de informações, somente se dirigisse à maternidade para atendimento presencial quando
identificasse situação real de urgência e emergência, reduzindo sua exposição ao vírus da COVID-19 e
possíveis complicações advindas deste contato(10,12,14).
Tal fato caminha ao encontro das medidas de proteção propostas pelo Ministério da Saúde (MS) do Brasil e
Organização Mundial da Saúde (OMS) e de estudo americano(27) que destacam a realização do cuidado na
modalidade presencial, preferencialmente, para os atendimentos que não podem ser realizados de maneira
remota. Tal medida permite que o sistema de saúde priorize as pacientes consideradas de alto-risco e, para
as demais, estabelece a recomendação de incluir os procedimentos inadiáveis no mesmo dia da consulta de
pré-natal presencial e comparecer à essas consultas no intervalo de tempo adequado.
Categoria 5 Aspectos emocionais e psicológicos do cuidado de enfermagem às gestantes na
pandemia
Ao observar de maneira retrospectiva, outras pandemias e epidemias vivenciadas pela humanidade
trouxeram resultados impactantes para a categoria dos profissionais de saúde e os pacientes sob seus
cuidados. Níveis elevados de estresse, vulnerabilidade emocional e consequentes problemas de saúde
mental demonstraram impactar a interação entre profissionais e pacientes(28). Tal constatação foi
evidenciada em estudo desta revisão(11), onde a equipe de enfermagem relata vivenciar desafios durante a
pandemia de COVID-19 diretamente relacionados ao cansaço físico, infecção pelo vírus SARS-Cov-2 e a
óbitos. Outro estudo brasileiro mostrou que a percepção dos trabalhadores sobre o clima de segurança, em
meio à pandemia da covid-19, apresentou-se negativa(29).
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Acerca da saúde mental da gestante durante a pandemia de COVID-19, esta revisão evidenciou em estudo
chinês(16) a importância do monitoramento das pacientes no ciclo gravídico-puerperal, uma vez que a
multiplicidade de informações sobre o vírus SARS-Cov-2, os protocolos de isolamento social e o uso de
EPIs podem induzir um tipo de pressão psicológica.
A fim de amenizar essa condição de incerteza, o estudo destaca, ainda, o efeito benéfico da educação em
saúde através do fornecimento de informações de qualidade acerca do curso da doença em gestantes e
recém-nascidos, métodos de tratamento disponíveis para esse grupo, aspectos reconfigurados do trabalho
de parto, parto e puerpério e aleitamento materno durante a pandemia de COVID-19, com o objetivo de
reduzir o medo vivenciado e aumentar a sensação de segurança(16). Esta recomendação é corroborada por
estudo americano(30).
Outro aspecto importante a ser abordado é o afastamento das profissionais de enfermagem que vivenciaram
o ciclo gravídico-puerperal durante a pandemia de COVID-19. O Conselho Federal de Enfermagem
(COFEN), em prol dessas profissionais, instituiu, através da portaria 1141/2021, que a enfermeira
gestante deveria permanecer afastada das atividades de trabalho na modalidade presencial, colocando-se à
disposição para exercer as atividades em domicílio através do teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma
de trabalho que caracterize trabalho à distância, uma vez que a situação pandêmica e o risco de contágio
podem colocar em risco a integridade física do binômio mãe-bebê(31).
Ademais, dois estudos(9,16) trouxeram à tona consequências psicológicas do uso de EPIs, visto a pressão
consequente do uso e o fato de que podem atrapalhar a percepção do próximo, impedindo enfermeiras e
pacientes de verem uns aos outros com clareza durante a assistência. Ainda, a maior parte dos cuidados
prestados por enfermeiros às gestantes envolve contato físico direto, o que justifica protocolos específicos
de paramentação e desparamentação. Nesse sentido, a pandemia evidenciou o alto risco de infecção pelo
SARS-Cov-2 ao qual os profissionais estão submetidos, além do excesso de trabalho, sentimento de
frustração, isolamento e diminuição ou total falta de contato com a família(33).
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CONCLUSÃO
A partir desta revisão de escopo foi possível compreender os aspectos e estratégias utilizadas para a
prestação do cuidado de enfermagem às gestantes considerando-se que o estado de calamidade instaurado
com a chegada do vírus SARS-Cov-2 teve consequências diretas para o manejo da assistência em saúde.
Destaca-se o papel do enfermeiro na garantia do uso adequado de EPIs para o cuidado, sendo a
paramentação ferramenta indispensável para a segurança das gestantes e dos profissionais de saúde. As
teleconsultas se apresentaram como inovação significativa que permitiu a continuidade do cuidado mesmo
com o distanciamento social e medidas de isolamento. Ainda, a insegurança causada pela situação
pandêmica foi confirmada pela observação do panorama da saúde mental de gestantes e enfermeiros, a qual
foi prejudicada.
Ressalta-se a dinamicidade das publicações sobre a temática, alvo de interesse em saúde pública, e reforça-
se a necessidade de pesquisas robustas capazes de sanar as lacunas da literatura. Ainda hoje, o mundo vive
a realidade pandêmica causada pelo vírus da COVID-19, sendo assim, as recomendações presentes nesse
artigo podem ser atualizadas e modificadas conforme os estudos sobre a temática avançam.
Não há conflitos de interesse.
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