Perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no município de Tangará da Serra, Mato Grosso

Autores

  • Marielli Souza Marques Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT
  • Juliana Fernandes Cabral Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT
  • Ana Cláudia Pereira Terças Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT
  • Danila Pequeno Santana Universidade de Cuiabá – UNIC
  • Juliana Herrero da Silva

Palavras-chave:

Hanseníase; Saúde Pública; Epidemiologia

Resumo

Objetivou-se descrever o perfil clinico epidemiológico dos casos de hanseníase em Tangará da Serra de 2007 a 2016. Trata-se de uma pesquisa exploratória, quantitativa, retrospectiva, mediante dados secundários obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN-NET. A coleta de dados ocorreu no período de janeiro a março de 2017.  Na análise apurou-se que a doença teve um elevado número de casos em adultos em idade economicamente ativa (72,22%), do sexo masculino (56,21%), da raça branca (43,10%) e de baixa escolaridade (49,40%). Notou-se ainda predominância dos casos multibacilares (62,31%), do tipo dimorfa 48,28%, em sua maioria com grau zero de incapacidade (45,87%), e com 80% dos contatos registrados examinados. A melhor compreensão sobre o perfil epidemiológico e clínico da doença no município possibilita a reflexão sobre estratégias que visem reduzir a endemicidade e promover a melhoria da qualidade de vida das populações expostas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

- Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde; 2010. 448 p.

- Alves ED, Ferreira TL, Ferreira IN, organizadores; RAMOS JÚNIOR, AN [et al.] Hanseníase: avanços e desafios. Brasília: NESPROM; 2014. 492 p.

- Sobrinho ASS, Arcoverde MAM, Zilly A, Nihei OK, Souza DCS. Repercussões sociais: histórico da hanseníase. Varia Scientia – Ciências da Saúde [online]. vol.1, n.2, pp 188-195 ISSN 2446-8118, 2015 [Acesso em 21 de agosto de 2017]. Disponível em: .

- World Health Organization (WHO). Weekly epidemiological record Relevé épidémiologique hebdomadaire. n. 35, 91; 2016.

- Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o controle da hanseníase. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2002.

– DATASUS. Ministério da Saúde. Dados de morbidade hanseníase. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2016. Disponível em: .

- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). IBGE cidades: Tangará da Serra. [Acesso: 21 de março de 2016]. Disponível em: .

- Sarmento APA, Pereirão AM, Ribeiro F, Castro JL, Almeida MB, Ramos, NM. Perfil epidemiológico da hanseníase no período de 2009 a 2013 no município de Montes Claros (MG). Rev Soc Bras Clin Med, jul/set; 13 (3): 180-4, 2015. [Acesso em: 13 de março de 2017]. Disponível em:

– Romão ER, Mazzoni AM. Perfil epidemiológico da hanseníase no município de Guarulhos, SP. Rev Epidemiol Control Infect. ;3 (1): 22-27, 2013. [Acesso em: 14 de agosto de 2017. Disponível em:

– Miranzi SS, Pereira LHM, Nunes, AA. Perfil epidemiológico da hanseníase em um município brasileiro, no período de 2000 a 2006. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43 (1): 62-67, jan/fev, 2010. [Acesso em: 13 de abril de 2017]. Disponível em:

- Brito KKG, Andrade SSC, Santana EMF, Peixoto VB, Nogueira JA, Soares MJGO. Epidemiologia da hanseníase em um estado do Nordeste brasileiro. Rev enferm UFPE [online], Recife, 8 (8): 266-93, ago, 2014. [Acesso em 09 de junho de 2017]. Disponível em:

- Sinha A, Kushwaha AS, Kotwal A, Sangui S, Verma AK. Stigma in leprosy: miles to go! Indian J Lepr.; 82(3):137-45, 2010. [Acesso em: 28 de junho de 2017]. Disponível em:

– Nardi SMT, Paschoal VD, Chiaravalloti-Neto F, Zanetta DMT. Deficiências após a alta medicamentosa da hanseníase: prevalência e distribuição espacial. Rev. Saúde Pública 46 (6): 2012 [Acesso em: 27 de junho de 2017]. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102012000600006>

- Araújo AERA, Aquino DMC, Goulart IMB, Pereira RF, Fiqueiredo IA, Serra HO, et al. Complicações neurais e incapacidades em hanseníase em capital do nordeste brasileiro com alta endemicidade. Rev bras epidemiol, out/dez; 17 (4): 899-910, 2014. [Acesso em: 10 de junho de 2017]. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/2a5b/7319ea75acba2e2a20101c1079fd6258fb16.pdf

- Monteiro LD, Alencar CHM, Barbosa JC, Braga KP, Castro MD, Heukelbach J. Incapacidades físicas em pessoas acometidas pela hanseníase no período pós-alta da poliquimioterapia em um município no Norte do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 29 (5): 909-920, mai, 2013. [Acesso em: 05 de junho de 2017]. Disponível em:

– Ramos JMH, Souto FJD. Incapacidade pós-tratamento em pacientes hansenianos em Várzea Grande, estado de Mato Grosso. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43 (3): 293-297, mai/jun, 2010. [Acesso em: 15 de julho de 2017]. Disponível em: [http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v43n3/16.pdf]

- Pinto RA, Maia HF, Silva MAF, Marback M. Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes notificados com hanseníase em um hospital especializado em Salvador, Bahia. Rev B. S. Publica 34 (4): 2011. [Acesso em: 10 de julho de 2017]. Disponível em:

- Freitas RMS, Oliveira EL. Hanseníase: avaliação diagnóstica a partir dos dados do SINAN em Itaperuna-RJ. Universidade Candido Mendes, Campo – RJ, 2008. [Acesso em: 09 de agosto de 2017]. Disponível em:

- Buna ATM, Rocha FCG, Alves EM, Granja FBC, Sousa DJ, Silva MGP. Incapacidades físicas nos pacientes com hanseníase cadastrados em uma unidade de saúde de São Luís – MA. R Interdisciplin. 2015. [Acesso em: 08 de julho de 2017]. Disponível em:

- Duarte-Cunha M, Souza-Santos R, Matos HJ, Oliveira MLW. Aspectos epidemiológicos da hanseníase: uma abordagem espacial. Cad Saúde Pública 28 (6): 1143-55, 2012. [Acesso em: 08 de agosto de 2017]. Disponível em:

- Rocha MCN, Garcia LP. Investigação epidemiológica dos óbitos notificados tendo como causa básica a hanseníase, ocorridos em Fortaleza, Ceará, 2006-2011. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 23 (2): 277-286, abr/jun, 2014. [Acesso em: 10 de agosto de 2017]. Disponível em:

- Ramos ARS, Ferreira SMB, Ignotti E. Óbitos por hanseníase como causa básica em residentes no estado de Mato Grosso, Brasil, no período de 2000 a 2007. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 22 (2): 273-284, abr/jun, 2013. [Acesso em: 08 de agosto de 2017]. Disponível em:

- Lima CSO, Galvão MHR, Brito FM, Félix K. Hanseníase: vigilância dos comunicantes. Rev enferm UFPE [online]., Recife, 8 (5): 1136-41, maio, 2014. [Acesso em: 08 de agosto de 2017]. Disponível em:

Downloads

Publicado

04-03-2020

Como Citar

Souza Marques, M. ., Fernandes Cabral, J., Cláudia Pereira Terças, A., Pequeno Santana, D., & Herrero da Silva, J. (2020). Perfil clínico e epidemiológico da hanseníase no município de Tangará da Serra, Mato Grosso. Revista Renome, 6(2), 34–47. Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/1228

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)