Modelos Educacionais Não Críticos e Críticos aplicados à Educação em Saúde

Autores/as

  • Maria Fernanda Santos Figueiredo Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
  • Maisa Tavares de Souza Leite Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
  • João Felício Rodrigues Neto Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
  • Tatiana Carvalho Reis Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES

Palabras clave:

Educação, Educação em Saúde, Aprendizagem

Resumen

Objetivou-se compreender os modelos educacionais
aplicados às atividades de Educação em Saúde: Modelo Não
Crítico e Modelo Crítico, nas bases de dados MEDLINE, SciELO
e LILACS no período de 2004 a 2008. Realizou-se uma revisão
integrativa, utilizando o descritor Educação em Saúde.
Selecionou-se 27 estudos que tiveram como objetivo primário
o modelo educacional, sendo 17 encontrados na MEDLINE,
dez na SciELO e nenhum na LILACS. Entre esses, observou-se
que 12 descreveram práticas educativas críticas e seis, não
críticas. Verificou-se que o Modelo Não Crítico objetiva
transmitir à população conhecimento científico. Tem-se
atitude paternalista, estilo de pensamento curativista e
relação assimétrica. O Modelo Crítico baseia-se no diálogo e
problematização. Busca construção de conhecimentos e troca
de experiências. Estimula o exercício da autonomia e
responsabilização pela própria saúde. A aplicação desses
modelos deve ser feita conforme o contexto de trabalho, não
sendo excludentes, mas com atitude progressista e dialógica
do educador.

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Publicado

2020-05-12

Cómo citar

Fernanda Santos Figueiredo, M., Tavares de Souza Leite, M., Felício Rodrigues Neto, J. ., & Carvalho Reis , T. . (2020). Modelos Educacionais Não Críticos e Críticos aplicados à Educação em Saúde. Revista Renome, 1(1), 79–90. Recuperado a partir de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/2368

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