Inclusão de crianças autistas no ambiente escolar: uma revisão de literatura
Resumen
Compreende-se o autismo como um transtorno
global do desenvolvimento que afeta a interação social e a
linguagem, podendo contar ainda com a ocorrência de
comportamentos repetitivos e estereotipados. A escola é
reconhecida como um ambiente que age de modo a
complementar a formação e o desenvolvimento das crianças
autistas. Objetivo: Verificar na literatura científica as
estratégias para a inclusão de crianças autistas na escola
regular. Material e métodos: Este é um trabalho de cunho
descritivo, desenvolvido a partir de revisão de literatura de
artigos disponíveis nas plataformas “LILACS”, “Portal Capes” e
“Scielo”, com os descritores “autismo” e “inclusão”. Foram selecionados apenas trabalhos publicados nos anos de 2010 a 2014 e na língua portuguesa, somando-se o total de 64 artigos. Após leitura dos títulos, notou-se que 48 não preenchiam a temática desse estudo. Dos 16 resumos selecionados para leitura, oito artigos se ajustavam à especificidade temática deste trabalho. Resultados/Discussão: O ambiente escolar, quando em complementaridade ao ambiente familiar, se faz um espaço essencial para a criança autista por completar as principais influências para sua formação, e desenvolvimento de seus comportamentos, habilidades e valores por meio dos relacionamentos interpessoais. Uma das principais dificuldades na realização da inclusão de tais crianças são os prejuízos na comunicação; algo que pode ser amenizado mediante a aplicação de técnicas como a “Comunicação Alternativa e Ampliada”, ou ainda o “Ensino Naturalístico”. Outra possibilidade de se aperfeiçoar o processo educacional de crianças autistas se faz com a presença de um professor de apoio, de modo a articular e auxiliar a atuação do professor regente, amenizando possíveis despreparos e incertezas do professor acerca do autismo e como deve ser o trabalho. Apesar dos profissionais da educação mais antigos compreenderem o processo de inclusão educacional, realizarem cursos de aperfeiçoamento profissional e se sentirem preparados para receber crianças autistas, a formação humanística destes profissionais é condição primordial para a educação dessas crianças. Conclusões: A escola é reconhecida como um ambiente essencial para o desenvolvimento de crianças autistas devido a ser um espaço naturalmente interativo que proporciona a relação entre pares, além do desenvolvimento de comportamentos, habilidades e valores. Visto que os prejuízos na comunicação são um dos grandes entraves no processo de inclusão educacional, é importante a devida capacitação dos profissionais da educação atuantes, e adequação do processo de ensino-aprendizagem para que se construa o ambiente escolar que proporcione inclusão eficiente.
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