Mortalidade infantil e desigualdade social: análise fundamentada na Bioética de Intervenção

Autores/as

  • Lília Conceição Sales Bernardino
  • Simone de Melo Costa
  • Cássio de Almeida Lima Universidade Estadual de Montes Claros
  • Maria Fernanda Santos Figueiredo Brito
  • Orlene Veloso Dias
  • Daniel de Melo Freitas

Palabras clave:

Serviços de Saúde, Fatores Socioeconômicos, Saúde Pública, Bioética, Mortalidade Infantil

Resumen

Objetivou-se correlacionar Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) de municípios de Minas Gerais com indicadores socioeconômicos, de serviços e investimentos em saúde, fundamentando-se na bioética de intervenção. Trata-se de estudo de delineamento ecológico de grupos múltiplos. A maior mortalidade infantil foi correlacionada ao menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), menor renda municipal per capita e a menos estabelecimentos de saúde. Assim, o maior CMI correlacionou-se com os piores indicadores socioeconômicos e de investimento em saúde, sugerindo determinação social e influência do contexto nos óbitos infantis. Propõe-se uma política pública de intervenção, comprometida com a mobilização e luta social, em busca de libertação, empoderamento e emancipação dos sujeitos, para transformar a prática social e reduzir a mortalidade infantil nas regiões de grupos desvalidos e vulneráveis.

 

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Publicado

2020-05-29

Cómo citar

Conceição Sales Bernardino, L. ., de Melo Costa, S. ., de Almeida Lima, C. ., Fernanda Santos Figueiredo Brito, M. ., Veloso Dias, O. ., & de Melo Freitas, D. . (2020). Mortalidade infantil e desigualdade social: análise fundamentada na Bioética de Intervenção. Revista Renome, 4(2), 42–60. Recuperado a partir de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/2689

Número

Sección

Artigos Originais

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