A RADICALIDADE DA POBREZA COMO EFEITO DA MODERNIDADE

Autores

  • Silvio Aparecido Redon Universidade Estadual de Londrina
  • Eliane Christine Santos de Campos UEL

DOI:

10.46551/rssp.202022

Palavras-chave:

modernidade; relações de produção capitalista; pobreza.

Resumo

O artigo que ora apresentamos trata da pobreza expansiva enquanto fenômeno resultante do processo de ascensão e consolidação do capitalismo consubstanciado pela Revolução Industrial no século XVIII, período caracterizado pela modernização e pela alteração estrutural das relações sociais de produção com a erosão do feudalismo, enquanto processo histórico e social. Sabe-se que a pobreza não é exclusiva desse modo de produção, mas é sabido também que ela adquire novas determinações e atinge grau e abrangência inéditos no cenário europeu a partir dessa quadra histórica. O caos se instaura nas cidades industriais, nascidas em torno das grandes fábricas, e denuncia os efeitos perturbadores dessa potencialidade expansiva das forças produtivas sob o comando do capital, contradição brilhantemente explorada por Marx.  A revisão bibliográfica demonstra que a era do capital, dinamizando a modernidade no seio da sociedade, elevou a burguesia à condição de classe dominaste e aprisionou a classe trabalhadora em uma condição de pobreza e exploração jamais experimentada anteriormente e que se perpetua na história.

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Biografia do Autor

Silvio Aparecido Redon, Universidade Estadual de Londrina

Graduado em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina. Mestre e doutorando em Serviço Social e Política Social pela mesma instituição.

Eliane Christine Santos de Campos, UEL

Doutora em Serviço Socia pela PUC/SP. Professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Estadual de Londrina.

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Publicado

2020-09-22

Como Citar

Aparecido Redon, S., & Christine Santos de Campos, E. (2020). A RADICALIDADE DA POBREZA COMO EFEITO DA MODERNIDADE. Revista Serviço Social Em Perspectiva, 4(2), 181–197. https://doi.org/10.46551/rssp.202022