A RADICALIDADE DA POBREZA COMO EFEITO DA MODERNIDADE
DOI:
10.46551/rssp.202022Palavras-chave:
modernidade; relações de produção capitalista; pobreza.Resumo
O artigo que ora apresentamos trata da pobreza expansiva enquanto fenômeno resultante do processo de ascensão e consolidação do capitalismo consubstanciado pela Revolução Industrial no século XVIII, período caracterizado pela modernização e pela alteração estrutural das relações sociais de produção com a erosão do feudalismo, enquanto processo histórico e social. Sabe-se que a pobreza não é exclusiva desse modo de produção, mas é sabido também que ela adquire novas determinações e atinge grau e abrangência inéditos no cenário europeu a partir dessa quadra histórica. O caos se instaura nas cidades industriais, nascidas em torno das grandes fábricas, e denuncia os efeitos perturbadores dessa potencialidade expansiva das forças produtivas sob o comando do capital, contradição brilhantemente explorada por Marx. A revisão bibliográfica demonstra que a era do capital, dinamizando a modernidade no seio da sociedade, elevou a burguesia à condição de classe dominaste e aprisionou a classe trabalhadora em uma condição de pobreza e exploração jamais experimentada anteriormente e que se perpetua na história.
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