O INDIVÍDUO ABSTRATO E A SOCIABILIDADE BURGUESA
QUAL O LUGAR DO GÊNERO NA CONSTITUIÇÃO DAS ESFERAS PÚBLICA E PRIVADA?
Palavras-chave:
Gênero; Público; Privado; Capitalismo;Resumo
Este trabalho deseja analisar de forma inicial os processos históricos vivenciados pelas mulheres desde o período anterior ao surgimento da sociedade moderna, na Grécia antiga, até a conjuntura liberal do século XIX. Esta análise embora inicial, mas que oferece certo detalhamento deseja refletir sobre lugar de gênero no contexto das relações entre público e o privado, em que o indivíduo abstrato personificado pelo homem é o potencial sujeito da esfera pública. Para isso, analisaremos algumas contribuições de autores clássicos da Teoria Política, como Aristóteles, Jean-Jacques Rousseau e Stuart Mill, que oferecerão conceitos fundamentais para a análise do devir histórico da mulher no contexto da Grécia clássica e, posteriormente, com o advento da sociedade moderna. Pretendemos analisar neste percurso a constituição da mulher, enquanto protagonista de sua história e sujeito político que pretende forjar oportunidades de alteração deste cenário de opressão, dominação e exploração.
Downloads
Referências
FEDERICI, S. O Feminimo e as políticas do comum em uma era de acumulação primitiva. In: Revolunción em punto cero: trabajo domestico, reproducción y luchas feministas. Tradução: Luiza Mançano. Madri: traficantes de suenos, 2013.
HOBSBAWM, E.J. A era do Capital. Tradução: Luciano Costa Neto. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
LUKÁCS, Georg. Sociologia: A decadência Ideológica da Burguesia. Coleção Grandes Cientistas Sociais. Rio de Janeiro: Ática. 1992.
ROUSSEAU, J.J. Emílio ou da Educação. Tradução: Laurent de Saes. São Paulo: Edipro, 2017.
SAFFIOTI, H. I. B. Violência de Gênero: o lugar da práxis na construção da subjetividade. In: Revista Lutas Sociais, n. 2, São Paulo, 1997. Disponível em https://revistas.pucsp.br/index.php/ls/issue/view/1213/showToc. Acessado em 05 de novembro de 2018.
__________________. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Expressão Popular - Fundação Perseu Abramo, 2a edição, 2015.
SCOTT, J.W. A cidadã Paradoxal: As feministas francesas e os direitos do homem. Tradução: Elvio Antônio Funck. Florianópolis: Mulheres, 2002.
SEGATO, R. Colonialidad y patriarcado moderno: expansión del frene estatal, modernización, y la vida de las mujeres. In: Tejiendo de otro modo: Feminismo, epistemologia y apuestas descoloniales en Abya e Yala. Colombia: Editorial UC. 2014a.
____________. “Las nuevas formas de La guerra y El cuerpo de las mujeres”. In La guerra contra las mujeres. México: Editorial Pez en El árbol, 2014b.
SCHOLZ, R. O valor é o Homem: Teses sobre a socialização pelo valor e a relação entre os sexos. In: Revista Novos Estudos, n. 45, São Paulo, 1996.
VÁZQUEZ, S.A. A Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1968, p.185 – 208.
WELFFORT, F.C (org.). Os Clássicos da Política. São Paulo: Ática, 2004a. 1v.
___________________. Os Clássicos da Política. São Paulo: Ática, 2004b. 2v.
WOLLSTONECRAFT, M. Reivindicação dos direitos da mulher. Tradução: Ivania Pocinho Motta. São Paulo: Boitempo, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista Serviço Social em Perspectiva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.