A INTERSETORIALIDADE E O CUIDADO PSICOSSOCIAL
REFLEXÕES A PARTIR DE INTERVENÇÕES JUNTO À MÃE USUÁRIA DE CRACK E COM TRAJETÓRIA DE RUA
Palavras-chave:
Psicossocial. Intersetorial. Mães usuárias de crack. Cidadania.Resumo
A partir de uma experiência profissional adquirida em uma Unidade do Centro de Referência Especializado em Atendimento para População em Situação de Rua (Centro POP), o presente artigo visa contribuir nas reflexões teórico-metodológicas e no debate profissional, no âmbito da conduta intersetorial no acompanhamento e na atenção psicossocial desenvolvida junto às mães usuárias de crack e com trajetória de rua. O percurso metodológico consistiu-se, por meio, de um breve estudo de caso à luz de uma revisão bibliográfica sobre a temática, considerando a perspectiva crítico-dialética. Objetiva-se contribuir nas discussões das políticas sociais sobre a substancialidade de uma conduta intersetorial e a perspectiva da centralidade de ações psicossociais que se balizem na oferta de um acompanhamento que desempenhe um suporte necessário às famílias, viabilizando o cumprimento do seu papel na defesa dos direitos, na construção de sua cidadania e no exercício da função protetiva familiar.
Downloads
Referências
BRASIL, Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento, e dá outras providências. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7053.htm.> Acesso em: 15 de Abril de 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Guia estratégico para o cuidado de pessoas com necessidades relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas : Guia AD / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/Suas). Brasília: MDS, 2004.
BRASIL. Nota Técnica N.º 01/2016/MDS/MSaúde. Assunto: Nota Técnica conjunta sobre Diretrizes, Fluxo e Fluxograma para a atenção integral às mulheres e adolescentes em situação de rua e/ou usuárias de álcool e/ou crack/outras drogas e seus filhos recém-nascidos. Disponível em: < http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/bolsa_familia/nota_tecnica/nt_conjunta_01_MDS_msaude.pdf>. Acesso em: 21 de Abril de 2018.
BRASIL. Portaria n. 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para organização da rede de atenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), 2010. Disponível em: . Acesso em: 20 de Abril de 2018.
BRONZO, Carla; VEIGA, Laura da. Intersetorialidade e políticas de superação da pobreza: desafios para a prática. In:Serviço Social & Sociedade. São Paulo, n. 92, p. 5-21, nov. 2007.
COSTA, I. I.. O sujeito, os contextos e a abordagem psicossocial no uso de drogas. In: Senad/UFSC. (Org.). Curso de Prevenção dos Problemas Relacionados ao Uso de Drogas. 6ed.Florianopolis: Senad/UFSC-NUTE, 2014, v. 1, p. 47-65.
DEMO, P. Pobreza Política: A pobreza mais intensa da pobreza brasileira. Campinas/SP:Autores Associados, 2006.
IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional,; 3ª edição; São Paulo, Cortez, 2000.
OLIEVENSTEIN, Claude. A droga. São Paulo: Brasiliense, 1988.
OLIVEIRA, J.F; PAIVA, M.S. Vulnerabilidade de mulheres usuárias de drogas ao HIV/AIDS em uma perspectiva de gênero. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v.11, n.4, p.625-631, 2007.
PONTES, R. N. Mediação: categoria fundamental para o trabalho do assistente social. In: In: Capacitação em Serviço Social e Políticas Sociais: Módulo 4: O Trabalho do assistente social e as políticas sociais – CEAD, Brasília, 2000.
SANTIAGO, J. A droga do toxicômano: uma parceria cínica na era da ciência. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 2001.
SOUZA, J. (Org). Crack e exclusão social. Brasília: Ministério da Justiça e Cidadania, Secretaria Nacional de Política sobre Drogas, 2016.
SOUZA, J. A construção social da subcidadania: para uma Sociologia Política da modernidade periférica. Belo Horizonte: UFMG. 2003.
____________. A Ralé Brasileira. Quem é e Como Vive. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.
SOUZA, M. R. R., OLIVEIRA, J. F., & NASCIMENTO, E. R. (2014). A saúde de mulheres e o fenômeno das drogas em revistas brasileiras. Texto Contexto Enferm. 23(1), 92-100. . Acesso em: 19 de Abril de 2018.
Wolle CC, Zilberman ML. Mulheres. In: Laranjeira R, Diehl AC, Cruz D. Dependência química: prevenção, tratamento e políticas públicas. Porto Alegre (RS): Artmed; 2011. p. 375-82.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista Serviço Social em Perspectiva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.