MARXISMO, DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA DOS/AS USUÁRIOS/AS
DO MODELO BIOMÉDICO AO BIOPSICOSSOCIAL EM BUSCA DA ASSISTÊNCIA INTEGRAL EM SAÚDE
DOI:
10.46551/rss202412Palavras-chave:
Determinantes. Determinação Social. Equipes de Saúde. Interprofissionalidade.Resumo
O artigo em tela tem como objetivo trazer reflexões sobre a saúde, seus determinantes e sua determinação, visando descobrir as potencialidades de sua apropriação pelos profissionais da saúde. Todavia, o intento deste breve ensaio é deixar claro a concepção de saúde fundada no materialismo histórico-dialético como condição de realização das conquistas de gênero humano. Para isso, recorremos a alguns autores em uma tentativa de releitura dos fundamentos marxistas, associando teoria e prática. Os apontamentos realizados surgiram das vivências e inquietações nos espaços de acompanhamentos clínicos e sociais aos usuários/as, visitas multiprofissionais nas enfermarias, reuniões e visitas domiciliares, enquanto residentes da área médica e multiprofissional em dois cenários de prática distintos, uma Unidade de Saúde da Família, situada na Atenção Primária em saúde e em um Hospital Universitário, integrado à rede de média e alta complexidade em saúde. Diante disso, o olhar é voltado a compreender que a determinação social da saúde se faz pela análise do modo de produção, isto é, da estrutura macrossocietária e conjuntural. Dessa maneira, as condutas dos diversos profissionais da saúde não podem estar pautadas somente no aspecto biomédico e medicamentoso, deslocada dos fatores econômicos, sociais, psicológicos-comportamentais, culturais, ambientais, étnico-raciais entre outros que se interseccionam e incidem no processo saúde-doença dos/as usuários/as. Ademais, esse conceito ampliado de saúde é um elemento primordial para que se desdobre a prática interprofissional entre as diversas áreas que formam as equipes de saúde no SUS e almejam ofertar uma assistência à saúde integral.
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