O SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL NA SOCIEDADE CAPITALISTA
REFLEXÕES SOBRE A INSERÇÃO DA/O ASSISTENTE SOCIAL NA ÁREA DA SAÚDE
DOI:
10.46551/rssp.202111Palabras clave:
Serviço Social. Capitalismo. Assistente Social. Saúde.Resumen
Este artigo objetiva fazer algumas reflexões sobre a emergência do Serviço Social na sociedade capitalista, com ênfase na inserção das/os assistentes sociais na área da saúde. A partir de discussões teóricas de autores que estudam a temática são elencados elementos históricos e conjunturais sobre o modo de produção capitalista, para compreender o reconhecimento da questão social por parte do Estado e a necessidade de profissionais, entre eles as/os assistentes sociais, para a execução de serviços e políticas sociais, a exemplo da saúde, que atenuassem possíveis conflitos oriundos da relação capital x trabalho. Nesse processo, é traçado um panorama da origem do Serviço Social e feitas algumas sinalizações sobre a inclusão da/o assistente social na saúde, com indicações sobre essas questões na contemporaneidade, considerando-se a crise sanitária atualmente vivenciada no Brasil e no mundo. Assim, em um tempo tão adverso e no qual há cada vez mais a exacerbação da lucratividade, o Estado como aliado do grande capital produtivo e financeiro e o desmonte de direitos e políticas sociais, é fundamental refletir sobre a saúde enquanto direito de todos e dever do Estado e a inserção do assistente social, trabalhador da saúde, nesse contexto.
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