TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO E SERVIÇO SOCIAL
UM ESTUDO SOBRE O SOFRIMENTO E ADOECIMENTO PROFISSIONAL NO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS)
DOI :
10.46551/rssp.202122Mots-clés :
Transformações no mundo do trabalho., Serviço Social., Espaços sócio-ocupacionais dos assistentes sociais, Sistema Único de Assistência Social., Sofrimento e adoecimento no trabalho.Résumé
Este texto objetiva analisar os impactos da reestruturação produtiva nos espaços sócio-ocupacionais reestruturados dos assistentes sociais, buscando identificar os reflexos na saúde desses trabalhadores. Para tanto, utilizamos o Sistema Único de Assistência Social como exemplo. O ponto de partida é a compreensão das transformações no mundo do trabalho em curso desde a década de 1970 no plano internacional. No Brasil, as alterações nas formas de gestão e regulação do trabalho se mesclam às particularidades históricas do país, economicamente subordinado aos centros econômicos. A partir da corrosão do trabalho formal e regulamentado, ampliam-se as manifestações de sofrimento e adoecimento laboral. Parte-se do pressuposto de que os assistentes sociais atuam nessas refrações da “questão social” e, ao mesmo tempo, as experienciam na condição de assalariamento. Metodologicamente, revisamos a bibliografia de autores vinculados a teoria social de Marx que tratam sobre a reestruturação produtiva e as suas consequências. No que concerne ao debate sobre o Serviço Social, utilizamos como marco teórico as contribuições de Marilda Iamamoto, José Paulo Netto, Ana Elizabete Mota e Raquel Raichelis. A fim de contemplar a discussão sobre o SUAS como espaço sócio-ocupacional, recorremos a textos e pesquisas acerca da política de Assistência Social e as demandas postas aos assistentes sociais. Para refletir sobre as situações de sofrimento e adoecimento laboral utilizamos resultados de pesquisas anteriores. Verificou-se que a retração e desregulamentação do trabalho impactam na relativa autonomia profissional dos assistentes sociais, gerando conflitos éticos e sofrimento mental diante da impotência de exercer uma prática profissional digna.
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