PENSAMENTO NEGRO E GIRO DECOLONIAL

CONEXÕES BRASIL E AMÉRICA LATINA

Auteurs

DOI :

10.46551/rssp202421

Mots-clés :

america latina, giro decolonial, racismo

Résumé

Este artigo apresenta uma revisão bibliográfica a respeito do Giro Decolonial na América Latina e no Brasil. Inicia refletindo sobre as muitas concepções que giram em torno da “Améfrica”, passando pelas diferentes denominações e problematizações utilizadas nas referências ao Continente. Para isso, busca “escavar” algumas produções bibliográficas ausentes dos principais círculos universitários no Brasil, a fim de trazer à tona projetos decoloniais, historicamente construídos. O texto reflete ainda sobre algumas das possíveis origens do conceito “decolonial”, bem como sua relação com as ideias de colonização e descolonização. Por fim, sinaliza a importância do conhecimento e resgate de projetos como o de Guerreiro Ramos, que se coloquem como contrários à consolidação do mito da democracia racial.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Caroline Fernanda Santos da Silva, PUC-RS

Assistente Social. Mestre em Serviço Social (PUC Rio, 2009). Doutora em Serviço Social (PUC RS, 2022).

Références

BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira Ciência Política. (on line), v. 11, p. 89-117, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcpol/a/DxkN3kQ3XdYYPbwwXH55jhv/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 7 set. 2020.

BERNARDINO-COSTA, Joaze. Ação afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil. Estudos Afro-Asiáticos, ano 24, n. 2, p. 247-273, 2002.

________. Decolonialidade, atlântico negro e intelectuais negros brasileiros: em busca de um diálogo horizontal. Revista Sociedade e Estado, v. 33, n. 1, p. 119-137, jan. /abr. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/se/a/HBdmnKdkjFRXkWq9m6Ft8kP/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 9 out. 2019.

__________; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramon. (Orgs). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2019. 2.ed.

__________. Convergências entre intelectuais do Atlântico Negro: Guerreiro Ramos, Frantz Fanon e Du Bois. In: GROSFOGUEL, Ramón; MALDONADO-TORRES, Nelson. (Orgs). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

BIKO, Steve. Escrevo o que eu quero. Tradução do Grupo Solidário São Domingos. São Paulo, Ática, 1990. Disponível em: https://docs.google.com/uc?id=0B_W2MHgG528OaUVmaGtWNHFwcjg&export=downl oad. Acesso em: 26 de abr. de 2016.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Veneta, 2020.

CURIEL, Ochy. Construindo metodologias feministas a partir do feminismo decolonial. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque. et al. Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.

CUTI, Luís Silva. O leitor e o texto afro-brasileiro. [s. l.], nov. 2012. Disponível em: https://vinteculturaesociedade.wordpress.com/2012/11/22/o-leitor-e-otexto-afro-brasileiro/. Acesso em: 23 jun. 2019.

DOMINGUES, Petrônio. Movimento da Negritude: Uma breve reconstrução histórica. In: Mediações – Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 10, n.1, p. 25-40, jan.-jun. 2005.

DUSSEL, Enrique. Filosofia na América Latina: filosofia da libertação. São Paulo: Loyola, 1977.

________. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 2005.

ESCOBAR, Arturo. Mundos y conocimientos de otro modo. Tabula Rasa, Bogotá, n.1, p. 51-86, ene./dic. 2003.

________. Atores, redes e novos produtores de conhecimento: os movimentos sociais e a transição paradigmática nas ciências. In: SANTOS, B. (org.). Conhecimento prudente para uma vida descente: um discurso sobre a ciência revisitado. São Paulo: Cortez, 2004.

FANON, Franz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1968.

__________. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

FERNANDES, Florestan. Significado actual de José Carlos Mariátegui. Anuario Mariateguiano, Lima, Amauta, n. 6, pp. 81-87, 1994.

GONZÁLES, Lelia. A categoria político cultural da amefridanidade. In: GONZÁLEZ, L. Por um feminismo afro latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

RAMOS, Guerreiro. Introdução Crítica à Sociologia Brasileira. Rio de Janeiro: Editorial Andes, 1957.

GROSFOGUEL, Ramón. La descolonización y el giro des-colonial. Tabula Rasa, Bogotá, n. 9, p. 61-72, jul./dez. 2008.

________. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas:: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, [S. l.], v. 31, n. 1, p. 25–49, 2016. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/6078. Acesso em: 4 dez. 2021.

JESUS, Carolina de. Quarto de Despejo. Ática & Francisco Alves, 1969. Disponível em:https://www.dropbox.com/sh/e67jbpvtzxv3azi/AAC9VZ1W6aFX2Y48Kgl1YKPfa/19 60%20-%20Quarto%20de%20despejo%20- %20Carolina%20Maria%20de%20Jesus..pdf?dl=0. Acesso em 3 de mai. de 2021.

LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Colección Sur-Sur. Buenos Aires: CLACSO, 2005.

________. “Modernidad, Colonialidad y Postmodernidad”. Revista Venezolana de Economía y Ciencias Sociales, Caracas, n. 4, out./dez, p. 31-45, 1997.

MALDONADO-TORRES, Nelson. Pensamiento crítico desde la sub-alteridad: los estudios étnicos como ciencias descoloniales o hacia la transformación de las humanidades y las ciencias sociales en el siglo veintiuno. In: SAAVEDRA, José Luis (Ed.). Educación superior, interculturalidad y descolonización. La Paz: Programa de Investigación Estratégica en Bolivia; Comité Ejecutivo de la Universidad Boliviana, p. 145-174, 2007.

________. El pensamiento filosófico del “giro descolonizador”. In: DUSSEL, Enrique; MENDIETA, Eduardo; BOHÓRQUEZ, Carmen (Eds.). El pensamiento filosófico latinoamericano, del Caribe, y “latino” (1300-2000): historia, corrientes y filósofos, p. 683-697. México, Siglo Veintiuno, 2011.

________. Analítica da colonialidade e da decolonialidade dois-pontos algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; GROSFUOGUEL, Ramon; MADONADO-TORRES, Nelson (orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, p. 27-54, 2019. 2 ed.

MARIATEGUI, José Carlos. Sete ensaios de interpretação da realidade peruana. São Paulo: Alfa Ômega, 1975.

MARTÍ, José. Nossa América. Tradução de Maria Angélica de Almeida Triber. São Paulo: Hucitec, 1983.

MIGNOLO, Walter. Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Tradução de Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003.

________. Desobediência epistêmica: A opção decolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Literatura, língua e identidade, n. 34, p. 287-324, 2008.

________. Desobediencia epistémica. Retórica de la modernidad, lógica de la colonialidad y gramática de la descolonialidad. Buenos Aires: Ediciones del Signo, 2010.

________. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 32, n. 94, p. 1 a 18, jun. 2017.

MIRANDA, Cláudia. Intelectuais afrobrasileiras e suas contribuições para uma crítica pós-colonial feminista. In: CONGRESO DE ESTUDIOS POSCOLONIALES, 2; JORNADA DE FEMINISMO POSCOLONIAL, 2. Anais. Buenos Aires. 2014. Buenos Aires: Instituto de Altos Estudios Sociales, v. 1, p. 1-20, 2014. Disponível em: http://www.idaes.edu.ar/pdf_papeles/INTELECTUAIS%20AFROBRASILEIRAS%20(ENVIADO).pdf. Acesso realizado em: 2 mar.2020.

________. Clandestinización y re-existencia diaspórica: horizontes expedicionarios e insurgencia en afroamérica. In: SEPTIEN, Rosa Campoalegre; BIDASECA, Karina. Más allá del decenio de los pueblos afrodescendientes. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO, p. 173-184, 2017. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/se/20171006013311/Mas_alla_del_decenio.pdf. Acesso em: 5 abr. 2020.

MOURA, Clóvis. Sociologia do negro brasileiro. São Paulo: Editora Ática, 1988.

_________. As injustiças de Clio: o negro na historiografia brasileira. Coleção Nossa terra: Oficina de livros, 1990.

_________. Dialética radical do Brasil negro. São Paulo: Anita, 1994.

MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 2ª edição. São Paulo: Ática, 1988.

NASCIMENTO, Maria Beatriz. Negro e racismo. In: RATTS, Alex. Eu sou Atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Imprensa Oficial/Kuanza, p. 98-102, 1974.

________. Diáspora Africana. [s.l.]: Editora filhos da África, 2018.

NASCIMENTO, Abdias do. Abdias Nascimento, um espírito libertador. Catálogo de exposição de pinturas. Museu de Arte Contemporânea de Niterói / IPEAFRO, 2020.

PARDO, María Laura. Latin-American discourse studies: state of the art and new perspectives. Jour-nal of Multicultural Discourses, 5(3), p. 183-192, 2010.

_________. Decolonização do conhecimento nos estudos do discurso. In: RESENDE, V. M. (Org.). Decolonizar os estudos críticos do discurso. Campinas, SP: Pontes Editores, 2019.

QUIJANO, Anìbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2591382/mod_resource/content/1/colonialidade_do_saber_eurocentrismo_ciencias_sociais.pdf. Acesso em: 9 abr. 2020.

RAMOS, Guerreiro. Introdução Crítica à Sociologia Brasileira. Rio de Janeiro: Editorial Andes, 1957.

RODRÍGUEZ, Simón. O inventamos o erramos. Caracas: Monte Ávila Editores Latinoamericana CA, 2008.

SILVEIRA, Oliveira. Poemas Regionais. Porto Alegre: Edição do Autor, 1968.

_________. Pelo escuro: poemas afro-gaúchos. Porto Alegre: Edição do Autor, 1977.

__________. Poemas sobre Palmares. Porto Alegre: Edição do Autor, 1987.

TORRE, Víctor Raúl Haya de la. Por la emancipación de América Latina. Buenos Aires: Ed. Gleizer, 1927.

Téléchargements

Publiée

2024-10-02

Comment citer

Santos da Silva, C. F. (2024). PENSAMENTO NEGRO E GIRO DECOLONIAL: CONEXÕES BRASIL E AMÉRICA LATINA. Revista Serviço Social Em Perspectiva, 8(2), 70–91. https://doi.org/10.46551/rssp202421