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eISSN 2236-5257 |
Autopercepção
no Índice de Disfunções Osteomusculares em Acadêmicos de Odontologia
Sedentários e Não Sedentários
Autoperception in the index of musculoskeletal diffunctions in
academics
of sedentary and non-sedentary Dentistry
Bárbara Kellen Antunes Borges[1]
Jéssica Polyana Soares Nunes[2]
Rafaella Silva Oliveira[3]
Thiago Alves Xavier dos Santos[4]
Resumo:
Objetivo: o estudo objetivou avaliar
o índice de disfunções osteomusculares em acadêmicos de odontologia sedentários
e não sedentários, sendo caracterizado como descritivo, transversal e
quantitativo. Metodologia: a amostra foi composta de 75 alunos matriculados
no oitavo e nono períodos do curso de graduação em Odontologia de uma
instituição privada de Montes Claros- MG. Foram avaliados os níveis de
atividades físicas por meio do Questionário
Internacional de Atividade Física - IPAQ em sua versão curta e sintomas
osteomusculares através do Questionário Nórdico
de Sintomas Osteomusculares. Os dados foram analisados por meio do teste
de análise de variância para comparações múltiplas, o teste de Mann-Whitney
para amostras não pareadas e o teste Tukey, com p<0,05, para verificação da
existência de significância estatística. Resultados:
segundo a classificação IPAQ, 24% dos participantes, foram classificados como
ativos, 38,7% como insuficientemente ativos e 37,3% como sedentários.
Constatou-se que 100% dos acadêmicos apresentaram
presença de alguma dor/desconforto, sendo parte inferior (49,3%) e
superior (42,7%) das costas, pescoço (44,0%), ombros (46,7%), punhos e mãos
(46,7%), como as regiões mais acometidas. Conclusão:
conclui-se que, apesar de se tratar de uma maioria jovem, houve uma alta
prevalência do índice de disfunções osteomusculares. Além disso, fica evidente
que tais condições são mais comuns em acadêmicos que não realizam nenhuma ou
pouca atividade física.
Palavras-chaves:
Disfunções
Osteomusculares. LERs/DORTs. Odontologia.
Ergonomia.
Abstract: Objective: the study evaluated the musculoskeletal dysfunction
index in sedentary and non-sedentary dental students, being characterized as
descriptive, transversal and quantitative. Methodology:
the sample consisted of 75 students enrolled in the eighth and ninth period
of the undergraduate course in Dentistry of a private institution in Montes
Claros-MG. Levels of physical activity were assessed using the International
Physical Activity Questionnaire (IPAQ) in its short version and musculoskeletal
symptoms through the Nordic Musculoskeletal Questionnaire. Data were analyzed
using the variance analysis test for multiple comparisons, the Mann-Whitney
test for unpaired samples and the Tukey test, with p <0.05, to verify the
existence of statistical significance. Results:
according to the IPAQ classification, 24% of participants were classified
as active, 38.7% as insufficiently active and 37.3% as sedentary. It was found
that 100% of the students presented some pain / discomfort, being the lower
(49.3%) and upper (42.7%) of the back, neck (44.0%), shoulders (46.7%), wrists
and hands (46.7%), as the most affected regions. Conclusion: it is concluded that, despite being a young majority,
there was a high prevalence of the musculoskeletal dysfunction index. Moreover,
it is evident that such conditions are more common in academics who do not
perform any or little physical activity.
Keywords: Musculoskeletal Disorders.
LERs/DORTs. Dentistry. Ergonomics.
INTRODUÇÃO
Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados
ao Trabalho - DORT, bem como as Lesões por Esforços Repetitivos – LER, estão,
cada vez mais, presentes no ambiente de trabalho. Os músculos, tendões, fáscias
e nervos fadigados são responsáveis por deformidades como inflamação, edema,
dor e microrruptura das fibras elásticas.1
Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS,
as LERs/DORTs surgem como o segundo motivo mais relatado para o desligamento do
trabalho, perdendo apenas para as doenças mentais. Com relação às classes
profissionais citadas como centro de surgimento das LERs/DORTs, por sua rotina
de trabalho, estão os cirurgiões-dentistas, bancários, digitadores, por
trabalharem sentados, realizando esforços repetitivos, utilizando, na maioria
das vezes, tronco e membros superiores.2
Os cirurgiões dentistas, por serem profissionais que
utilizam muita destreza em seus movimentos, acabam por adotar posturas
inadequadas, durante suas atividades clínicas. É frequente a flexão do corpo de
forma vigorosa com ou sem movimentos rotacionais nas regiões do pescoço e
coluna, abdução do ombro para favorecer o espaço de visão e alcance mais fácil
à cavidade oral, sobrecarregando, assim, a musculatura na maior parte do tempo.
A ergonomia empregada à odontologia tem como objetivo alcançar formas e
recursos para minimizar desgastes físicos, psicológicos, cognitivos e evitar as
doenças correlacionadas à atividade odontológica.3
Estudantes de odontologia, durante as atividades
clínicas da graduação, reproduzem a rotina prática dos cirurgiões dentistas e
acabam executando movimentos repetitivos e inadequados ergonomicamente.
Acrescido a isso, o acadêmico lida com a inexperiência perante o enfrentamento
do ambiente de trabalho, as pressões decorridas de sua graduação, como prazos,
testes e poucos intervalos de descanso. Assim, esses fatores formam uma
combinação que predispõe os alunos as desordens osteomusculares.1
É fundamental que as precauções e cuidados com as desordens
osteomusculares aconteçam precocemente, durante a formação profissional dos
alunos de odontologia.1
A atividade física influencia, imediatamente, na
qualidade de vida da população, por proporcionar e agregar maior habilidade no
trabalho físico e mental ao praticante.4
De acordo com os conceitos empregados pelos
especialistas em Medicina do Trabalho, o sedentarismo é a completa ou
incompleta falta de atividade física pelo indivíduo, bem como quando este
utiliza uma menor quantidade de calorias com suas atividades ocupacionais.5
Diante do exposto, o presente estudo teve como
objetivo avaliar o índice de disfunções osteomusculares em acadêmicos do curso
de graduação em Odontologia sedentários e não sedentários, apontando quais
regiões do corpo apresentam maior quadro álgido, identificando a proporção de
sedentários.
METODOLOGIA
O estudo é caracterizado
como descritivo, transversal e quantitativo.
O questionário foi aplicado aos acadêmicos de ambos os
sexos, praticantes e não praticantes de atividade física, regularmente
matriculados no 8º e 9º períodos do curso de graduação em Odontologia de uma instituição
privada de ensino superior da cidade de Montes Claros- MG. Tal município é polo
em educação e saúde da região Norte de Minas Gerais e sul da Bahia, situa-se a
16°44'06" de latitude sul e 43°51'43" de longitude oeste e sua
população é de aproximadamente 402.027 habitantes.6,7
Foram entrevistados os acadêmicos que se
disponibilizaram a participar do estudo na forma de assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE e resolução do questionário.
Os acadêmicos responderam
a dois questionários: o Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ, em
sua versão curta, composta por oito questões discursivas e optativas, com o
objetivo de estimar o tempo semanal gasto em atividades físicas de intensidade
moderada e vigorosa em diferentes contextos do cotidiano, e, o Questionário Nórdico
de Sintomas Musculoesqueléticos, elaborado com treze questões optativas que
verificam as disfunções osteomusculares e distingue a incidência de sintomas
(dor, desconforto ou dormência) em diferentes regiões anatômicas (pescoço,
ombros, parte superior das costas, cotovelos, punhos/mãos, parte inferior das
costas, quadril/coxas, joelhos e tornozelos/pés).
Os acadêmicos foram agrupados
em três grupos, segundo a classificação do nível de atividade física IPAQ
(versão curta):8
– ATIVOS: aqueles que cumpriram as
recomendações de atividades VIGOROSAS: ≥ 3 dias/sem e ≥ 20 minutos
por sessão; ou MODERADA ou CAMINHADA: ≥ 5 dias/sem ≥ 30 minutos por
sessão; ou qualquer atividade somada: ≥ 5 dias/sem e ≥150
minutos/sem.
– INSUFICIENTEMENTE ATIVO: aquele que
realiza atividade física, porém, insuficiente para ser classificado como ativo,
pois não cumpre a recomendações quanto a frequência ou duração Fr>2 +100 min.
– SEDENTÁRIO: aquele que não realizou
nenhum dos critérios da recomendação quanto à frequência nem quanto à duração.
Os dados foram tabulados, codificados e analisados no
programa estatístico S.P.S.S. versão 22.0. Os dados foram submetidos a análise
de variância (ANOVA) para comparações múltiplas, e, para comparações de
variáveis, foi utilizado o teste de Mann-Whitney para amostras não pareadas. Para
verificação da existência de significância estatística foi utilizado o teste
Tukey ao nível de significância de p< 0,05.
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa pelas Faculdades Integradas do Norte de Minas – FUNORTE/SOEBRAS sob o
CAAE 70763517.0000.5141.
RESULTADOS
Um total de 75 acadêmicos, de 100 elegíveis,
responderam aos questionários. Entre os 25 alunos que não participaram da
pesquisa, 10 se negaram a participar do estudo e 15 não estavam presentes no
dia da realização da pesquisa. Entre os acadêmicos participantes 10 eram do
sexo masculino (13,3%) e 65 do sexo feminino (86,7%) e a média de idade de 22,9
anos.
Seguindo a classificação
IPAQ, 18 indivíduos foram classificados como ativos, 29 insuficientemente
ativos e 28 sedentários, conforme o Gráfico 1.
Gráfico 1 - Classificação dos
participantes de acordo com IPAQ.
Fonte: Dados da pesquisa (2017).
Quando avaliado o relato
de dor/desconforto, nos últimos 12 meses, todos os acadêmicos, participantes do
estudo, relataram algum tipo de desconforto/dor/formigamento em diversas as
áreas anatômicas. Sendo que, a parte inferior das costas (49,3%), punhos e mãos
(46,7%), parte inferior das costas (46,7%), ombros (46,7%) e pescoço (44,0%)
foram mais prevalentes (Gráfico 2).
Gráfico 2 - Relato de dor/desconforto nos últimos 12 meses.
Fonte: Dados da
pesquisa (2017).
Ao serem questionados
sobre as regiões consideradas como empecilho para realização de atividades
normais em virtude da dor, os participantes relataram que apenas tornozelo e
pés não interferiram em sua rotina diária. Ainda assim, com dores
osteomusculares, 15 pessoas procuraram algum profissional da área da saúde
(Gráfico 3).
Gráfico 3 – Procura por algum
profissional da saúde devido a dores osteomusculares.
Fonte:
Dados da pesquisa (2017).
Ao mencionar a presença
de sintomas, nos últimos 7 dias, verificou-se presença de algum desconforto em
todas as áreas pesquisadas, sendo que a parte inferior e superior das costas,
pescoço e ombros foram as regiões mais acometidas (Gráfico 4).
Gráfico 4 - Presença de sintomas de dores osteomusculares nos últimos 7 dias.
Fonte: Dados da
pesquisa (2017).
DISCUSSÃO
Com base nos resultados obtidos, constatou-se que os acadêmicos
do 8º e 9º períodos do curso de Odontologia de ambos os sexos, apresentaram
dores osteomusculares em várias partes do corpo, sendo que, a maior parte relatou
sintomatologia dolorosa na parte superior e/ou inferior das costas, além de
dores no pescoço, ombro, punho e mãos, com aparecimento precoce de
desconfortos.
Um estudo realizado por Santos1, também com
acadêmicos de Odontologia na cidade Araçatuba-SP, verificou uma maior
incidência de dor nas regiões inferiores e/ou superiores das costas, assim como
encontrado no presente estudo. Tais condições podem ser justificadas devido à
pouca ergonomia no ambiente das clinicas odontológicas, e, ainda, pela falta do
condicionamento físico dos alunos.
Os acadêmicos avaliados foram classificados em três
grupos de acordo com IPAQ, sendo ativos (24%), insuficientemente ativos (38,7%)
e sedentários (37,3%). Foi constato um maior número de relatos de
sintomatologia dolorosa entre os acadêmicos classificados nos dois últimos
grupos, respectivamente. Estes relatam, ainda, passarem a maior parte do dia
sentado e com postura ergonomicamente inadequada. Para Carvalho e Lessa5,
o indivíduo que passa muito tempo sentado em postura incorreta, realizando
flexão do tronco e sem apoio lombar e do antebraço, aumenta as chances de
ocorrer uma pressão intradiscal de mais de 70%, o que predispõe maiores índices
de incômodos tais como: dor, sensação de peso e formigamento em diferentes
partes do corpo, bem como facilita os processos degenerativos como a hérnia de disco, tendinites, LER e DORTs,
periarterite escápulo-umeral, bursite e a contratura muscular fisiológica .
Um estudo realizado em 2014, na cidade de Rio Verde–GO,
verificou resultados semelhantes aos encontrados no presente estudo em relação
aos locais mais afetados em acadêmicos de Odontologia. Segundo os autores, as
áreas mais acometidas, nos últimos 12 meses foram, punhos/mãos, cervical, parte
inferior das costas e parte superior das costas.9 Além disso, Santos1
constatou que as regiões do pescoço, ombro e parte superior das costas, foram
as mais prevalentes. Em congruência, Siqueira et al.4 evidenciaram que 93,02% dos participantes
alegaram sentir dor, sendo que, as áreas mais destacadas foram coluna cervical,
coluna lombar, punhos, região torácica, ombro, braços, dedos, antebraço e cotovelo.
Em relação ao desconforto, nos últimos 7 dias, pode-se
observar que os acadêmicos relataram maior desconforto nas regiões de parte
inferior e superior das costas, pescoço, ombros, punho e mãos. Esse desconforto
pode estar relacionado à área de maior fadiga dos grupos musculares, utilizados
por eles, durante o desenvolvimento das suas atividades clínicas.
Mesmo apresentando dores osteomusculares em quase
todas as regiões corporais pesquisadas, somente nos pés e nos quadris/coxa não
foram citados, pelos acadêmicos participantes da pesquisa, como empecilho para
realizar suas atividades normais em virtude de dor e desconforto. Destes, pelo
menos 15 alunos relatam que procuraram algum profissional da saúde, médico ou
fisioterapeuta, para solucionar tais problemas. Semelhantemente a Santos1,
constatou-se a mesma alta taxa de prevalência de dores osteomusculares, com
poucos alunos impedidos de realizar suas atividades, e, por consequência, baixa
procura por profissionais.
O posicionamento adotado pelo cirurgião-dentista,
durante o atendimento, acarreta dores cervicais. A ergonomia adotada pelo
profissional, que anterioriza a cabeça a fim de obter uma melhor visualização
do campo de trabalho, além de manter os membros superiores elevados, durante um
tempo prolongado para sustentação dos seus utensílios de trabalho, provoca, assim,
dores na região do ombro.10
Martínez et al.11
apontam que, na Austrália, 89% dos cirurgiões-dentistas mencionam que as
sintomatologias mais frequentes são as lombalgias e as cervicalgias, uma vez
que esta última se justifica pelos movimentos repetitivos da cabeça com excesso
de flexão e rotação.
Embora períodos prolongados na mesma posição não sejam
recomendáveis, na maior parte do atendimento ela é indispensável para estes
profissionais. Assim, para minimizar os riscos de LER/DORT, deve-se diminuir a
atividade muscular estática, por meio de variações posturais, com o propósito
de compensar momentos de exaustão com momentos de descanso, melhorando a
circulação e evitando possíveis complicações.12,13
Em estudo realizado por Yousef e Al-Zain.14, 92% dos acadêmicos declaram
não ter cuidados quanto a ergonomia em suas atividades clínicas. No entanto, grande
parte das faculdades de Odontologia oferecem em sua grade curricular
orientações ergonômicas. Apesar disso, os acadêmicos não as exercem de forma
correta.
Com isso, o presente estudo condiz com os estudos de Sanchez
et al.9 e de Campos et al.15 que demonstram a
necessidade de identificar precocemente possíveis disfunções osteomusculares a
serem adquiridas no decorrer da graduação. A prática de atividade física
regularmente é de suma importância para um melhor condicionamento físico e
mental nas atividades acadêmicas. Assim como demonstra nesta pesquisa, pessoas
sedentárias ou insuficientemente ativas têm maior predisposição a apresentarem
quadros álgicos.
CONCLUSÃO
Conclui-se que, apesar de se tratar de uma maioria
jovem, houve uma alta prevalência do índice de disfunções osteomusculares em
acadêmicos participantes da pesquisa. Além disso, fica evidente que tais
condições são mais comuns em acadêmicos que não realizam nenhuma ou pouca
atividade física, enquanto que aqueles, que se dizem ativos, apresentam menor
número de quadros álgicos.
Assim, deve-se estimular a prática física entre os
acadêmicos de cursos que apresentam as características laborais semelhantes aos
do curso de Odontologia, como fator preventivo perante disfunções
osteomusculares.
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osteomuscular em alunos de alunos de odontologia. 2015. 67 f.
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Social) – Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Araçatuba.
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A. et al. Avaliação da dor e lesões
ocasionadas pelo trabalho em cirurgiões-dentistas na cidade de Fortaleza/CE. Revista
Fisioterapia e Saúde Funcional, v. 1, n 2, p. 35-41, jul-dez, 2012.
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jul. 2015.
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Acesso: 16 maio 2017.
Recebido
em 27/07/2018 |
Correções
em 18/07/2019 |
Aceito
em 16/10/2019 |
Publicado
em 01/06/2020 |
[1] Doutora em Ciência Animal (UFMG).
Professora das Faculdades Unidas do Norte de Minas (Funorte). Minas Gerais.
Brasil. * biakborges@hotmail.com.
[2] Graduação em Fisioterapia
(FIP-Moc). Minas Gerais. Brasil.
[3] Graduação em Fisioterapia
(FIP-Moc). Minas Gerais. Brasil.
[4] Graduação em Farmácia (FASI). Minas
Gerais. Brasil. * thiagoax.17@gmail.com.