Hegemonia do Qualis, Fator de Impacto e os Rumos que queremos para a Unimontes Científica
Resumo
A Revista Brasileira de Pós-graduação (RBPG)
em sua recente edição de março de 2017 destaca pontos essenciais para que editores científicos, docentes e alunos de
programas de pós-graduação possam melhor compreender
o Qualis-periódicos. Interessantemente a autora da reportagem, profa Rita de Cássia Barradas Barata, diretora de
avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior (CAPES) enfatiza o que não é o Qualis! Um erro comum é confundi-lo como base de indexação de periódicos. Esse sistema de classificação não é uma
base bibliométrica, e, portanto, não é possível por ele medir
impacto dos periódicos. O fator de impacto (FI) é determinante e exemplo de métrica mais adequado para se avaliar
a qualidade e importância dos artigos científicos publicados
em um periódico independente de serem ou não produtos de
pesquisadores de pós-graduação brasileiras.
O número de citações de um artigo científico é
componente fundamental para se avaliar o seu FI. Assim
quanto maior a visibilidade maior chance de aumento do
fator de impacto dentre outros. Uma condição sine qua non
para isso é que o periódico esteja indexado em bases de importância dentre as quais a ISI (Institute for Scientific Information) cujos resultados da avaliação são disponibilizados
para consulta pública no JCR (Journal Citation Reports) da
Thompson Reuters.
Neste contexto o conselho editorial da Revista Unimontes Científica (RUC) tem almejado aumentar o alcance
de divulgação e exposição dos artigos científicos publicados
neste periódico. Para tal, normas exigidas pelas principais
bases de dados mundiais entre as quais Medline (Index Medicus), EMBASE (Exerpta Médica), BIOSIS (Biological
Abstracts-Currents Contents), SciELO (Scientific Eletronic
Library) dentre outras, deverão ser seguidas. A RUC atualmente se encontra indexada no Latindex (Sistema Regional
de Información en Línea para Revistas Científicas de
América Latina, el Caribe, España y Portugal), IBICT
(Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia) e Google Acadêmico.
O periódico já segue alguns dos critérios, dentre os quais a análise e revisão
aos pares (peer review), periodicidade e regularidade de
publicação. No entanto, é preciso que a revista avance na
questão de internacionalização e indexação a outras bases
científicas, o que inclui a participação no corpo editoral de
editores de outros países, bem como instituir o inglês como
língua oficial do periódico. Outra característica observada e
de igual importância seria desconstruir o caráter interdisciplinar da RUC direcionando os esforços para tornar a revista
especialista em uma grande área de conhecimento.
Em levantamento realizado em 2017 pelo Conselho Editorial da RUC foi observado que nos últimos cinco
anos houve um número expressivo de publicações nas áreas
de Ciências Biológicas, Saúde e das Ciências Agrárias. Para
o volume 18, no
2 - jul./dez.(2016) as estatísticas apontam
uma totalidade de 100% de artigos classificados nestas áreas. Nesta edição a RUC destaca desde as principais classes
e mecanismos de ação dos antimicrobianos e resistência
dos micro-organismos a estes fármacos, bem como os desafios no controle das leishmanioses no contexto da cidade
de Montes Claros (MG). Artigos nas áreas de odontologia,
medicina, enfermagem, educação e ciências agrárias prevalecem neste volume.
Vamos juntos no rumo da internacionalização da RUC, pois
almejamos voos mais altos! Desejamos a todos uma boa
leitura desta edição!