LESÕES ORAIS DIAGNOSTICADAS NA CLÍNICA DE ESTOMATOLOGIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS/UNIMONTES
Palavras-chave:
Saúde bucal. Estomatologia. Epidemiologia.Resumo
Objetivo: Determinar a prevalência das lesões orais diagnosticadas na clínica de Estomatologia
da Universidade Estadual de Montes Claros, Minas Gerais. Metodologia: A análise foi feita por meio de
dados coletados a partir 1.504 prontuários clínicos dos pacientes assistidos no serviço de Estomatologia da
Universidade. As informações foram transferidas para um banco de dados construído no programa SPSS® e
submetidos à análise descritiva. Resultados: Das lesões de mucosa bucal, as principais hipóteses diagnósticas
foram hiperpalsia fibrosa (16,2%), mucocele (11,2%) e candidíase (6,6%), localizadas, principalmente, em
lábios (20,9%), palato (14,6%) e língua (13,5%). As lesões, em sua maioria, foram submetidas a apenas
uma biópsia (48,3%) ou não foram biopsiadas (47,1%). Dentre as lesões passíveis de realização de biópsia,
as diagnosticadas com maior frequência foram as hiperplasias fibrosas (13,2%), mucocele (8,1%), líquen
plano (3,5%) e carcinoma de células escamosas (3,5%), tendo, então, como medidas terapêuticas a cirurgia
(40,2%), prescrição medicamentosa (18%) e proservações (17%). O perfil encontrado foi de paciente do
gênero feminino, feoderma, não usuários de próteses, de drogas ilícitas, tabaco ou bebidas alcoólicas,
com idade entre 31 a 60 anos, provenientes de Montes Claros ou outros municípios do Norte de Minas.
Conclusões: A diversidade de lesões bucais observada reforça a importância do conhecimento dessas
manifestações a fim de facilitar o diagnóstico e a implementação de políticas de prevenção.
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