Rastreamento fo Câncer do Colo do Útero em Montes Claros, Minas Gerais: Análise de Dados do Siscolo no período de 2004 a 2013.

Autores

  • Sarah Alves Gandra
  • Flávio Fonseca Gonçalves
  • Filipe Gonçalves Pereira
  • Thayanne Cangussu Brito
  • Alcio Antunes Amariz
  • Rosangela Lopes Miranda

Palavras-chave:

Prevenção e controle, Neoplasias do colo do útero, Políticas públicas de saúde, Saúde da mulher.

Resumo

Objetivo: identificar a situação da prevalência de lesões pré-malignas e malignas do colo uterino
e as faixas etárias mais acometidas em Montes Claros – MG. Metodologia: estudo epidemiológico de cunho
quantitativo, retrospectivo e descritivo, realizado a partir da análise dos dados fornecidos pelo Sistema de
Informação do Câncer do Colo do Útero (Siscolo) de janeiro de 2004 a dezembro de 2013. Resultados:
foram avaliados 7.978 exames, dos quais 1.652 (20,7%) eram de mulheres na faixa etária até 24 anos; 2.600
(32,6%), na faixa etária de 25 a 34 anos; 2.647 (33,2%) na faixa etária de 35 a 49 anos e 1.079 (13,5%)
em maiores de 50 anos. Verificou-se que 5.785 exames apresentavam lesões de caráter benigno com maior
prevalência, entre estas, da alteração citoarquitetural compatível com ação viral (60,3%). Quando avaliado
o grau de displasias, observaram-se 4.959 exames com algum grau de alteração, prevalecendo a displasia
leve em todas as faixas etárias (lesão intraepitelial cervical grau I - NIC-I). O maior número de casos
das displasias ocorreu na faixa etária de 25 a 35 anos e o menor número, com 50 anos ou mais. Dos 483
casos de neoplasias malignas, 75 (15,5%) correspondiam a carcinoma epidermóide invasivo. Conclusões:
o Siscolo não permite a correta identificação e não fornece o número total de mulheres examinadas, sendo
útil apenas para quantificar os exames citopatológicos realizados e conhecer aspectos relacionados. É
importante investir a qualidade dos dados do Siscolo e aprimorar seu uso gerencial para aperfeiçoar as
ações de rastreamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. QUINN, M. et al. Effect of screening on
incidence of and mortality from cancer of cervix in England: evaluation based on routinely
collected statistics. British Medical Journal, v.
318, abr. 1999. Disponível em: <http://www.
ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC27810/>.
Acesso em: 10 Out. 2014.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto
Nacional do Câncer José Alencar Gomes da
Silva (INCA) [Internet]. Coordenação de
Prevenção e Vigilância. A Situação do Câncer
no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): INCA, 2006.
Disponível em: <http://www2.inca.gov.br/wps/
wcm/connect/tiposdecancer/site/home/colo_
utero/definicao>. Acesso em: 06 Nov. 2014.
3. CRUZ, L. M. B.; LOUREIRO R. P. A
comunicação na abordagem preventiva do câncer
do colo do útero: importância das influências
histórico-culturais e da sexualidade feminina
na adesão às campanhas. Saúde e Sociedade,
v. 17, n. 2, abr/jun. 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
12902008000200012&script=sci_arttext>.
Acesso em: 06 Nov. 2014.
4. ALBUQUERQUE, K. M. et al. Cobertura do
teste de Papanicolaou e fatores associados à
não-realização: um olhar sobre o Programa
de Prevenção do Câncer do Colo do Útero
em Pernambuco, Brasil. Cadernos de Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v. 25, supl. 2, p.
s301-s309, 2009.
5. LONGATTO FILHO A. et al. Influência da
qualidade do esfregaço cérvico-vaginal na
detecção de lesões intraepiteliais. A Folha
Médica, v. 121, n. 2, p. 79-83, abr-jun. 2002
6. MAEDA M. Y. S. et al. Estudo preliminar do
Siscolo – Qualidade na rede de saúde pública
de São Paulo. Jornal Brasileiro de Patologia e
Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro, v. 40,
n. 6, p. 425-9, dez. 2004.
7. THULER L. C. S.; ZARDO L. M.; ZEFERINO
L. C. Perfil dos laboratórios de citopatologia
do Sistema Único de Saúde. Jornal Brasileiro
de Patologia e Medicina Laboratorial, Rio de
Janeiro, v. 43, n. 2, p. 103-14, abr. 2007.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto
Nacional de Câncer (INCA) [Internet].
Diretrizes brasileiras para o rastreamento do
câncer do colo do útero. Rio de Janeiro (RJ):
INCA; 2011. Disponível em: < http://www.
mg.vivamulher.com.br/downloads/diretrizes_
rastreamento_cancer_colo_utero.pdf>. Acesso
em: 06 Nov. 2014.
9. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Instituto Nacional do Câncer
- INCA. Periodicidade de realização do exame
preventivo do câncer do colo do útero: normas
e recomendações do INCA. Revista Brasileira
de Cancerologia, v. 48, n. 1, p. 13-15, 2002.
10. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE [Internet]. Dados do Censo
2010 Publicados no Diário Oficial da União.
Brasília (DF): IBGE; 2010. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/censo2010/dados_
divulgados/index.php?uf=31>. Acesso em: 11
Nov. 2014.
11. UCHIMURA N. S. et al. Qualidade e
desempenho das colpocitologias na prevenção de câncer de colo uterino. Revista da Associação
Médica Brasileira, São Paulo, v. 55, n. 5, p.
569-74, 2009.
12. NOBRE, J. C. A. A.; NETO, D. L. Avaliação
de Indicadores de Rastreamento do Câncer
do Colo do Útero no Amazonas, Norte do
Brasil, de 2001 a 2005. Revista Brasileira de
Cancerologia, v. 55, n. 3, p. 213-20, 2009.
13. MEDEIROS V. C. R. D. Câncer de Colo de
Útero: Análise Epidemiológica e Citopatológica
no Estado do Rio Grande do Norte. Revista
Brasileira de Análises Clínicas, Rio de Janeiro,
v. 37, n. 4, p. 227-31, out-dez. 2005.
14. LORINCZ, A. T.; RICHART R. M. Human
papillomavirus DNA testing as an adjunct
to cytology in cervical screening programs.
Archives of Pathology & Laboratory
Medicine , v. 127, n. 8, aug. 2003. Disponível
em: <http://www.archivesofpathology.org/
doi/10.1043/1543-2165(2003)127%3C959
:HPDTAA%3E2.0.CO;2?url_ver=Z39.88-
2003&rfr_id=ori%3Arid%3Acrossref.
org&rfr_dat=cr_pub%3Dpubmed&>. Acesso
em: 09 Out. 2014.
15. BOONE J. D.; ERICKSON B. K.; HUH W.
K. New insights into cervical cancer screening.
Journal of Gynecologic Oncology, v. 23, n. 4,
oct. 2012. Disponível em: <http://www.ncbi.
nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3469864/>.
Acesso em: 10 Out. 2014.
16. LEINONEN M. K. et al. Detection rates
of precancerous and cancerous cervical lesions
within one screening round of primary human
papillomavirus DNA testing: prospective
randomised trial in Finland. British Medical
Journal, v. 345, 2012. Disponível em: <http://
www.bmj.com/content/345/bmj.e7789>.
Acesso em: 10 Out. 2014.
17. HOMMA, A.; MOREIRA, M. Novos
desafios para capacitação tecnológica nacional
de vacinas: inovação tecnológica autóctone
e transferência de tecnologia. Cadernos de
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p.
238-9, 2008.
18. RIBASSIN-MAJED L.; LOUNES R.;
CLÉMENÇON S. Efficacy of vaccination
against HPV infections to prevent cervical
cancer in France: present assessment and
pathways to improve vaccination policies.
PLoS One, v.7, n. 3, p. 1-8, 2012.
19. PRADO P. R. et al. Caracterização do
Perfil das Mulheres com Resultado Citológico
ASCUS/AGC, LSIL e HSIL segundo Fatores
Sociodemográficos, Epidemiológicos e
Reprodutivos em Rio Branco - AC, Brasil.
Revista Brasileira de Cancerologia, v. 58, n. 3,
p. 471-9, 2012.
20. MOREIRA R. C. R. et al. Perfil
Epidemiológico do Câncer de Colo Uterino no
Município de Feira de Santana, Bahia, Brasil.
Journal of Nursing UFPE on line, v. 3, n. 4,
2009. Disponível em: < http://www.revista.
ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/
article/viewArticle/111>. Acesso em: 11 Out.
2014.
21. THULER L. C. S.; BERGMANN A.;
CASADO L. Perfil das Pacientes com Câncer
do Colo do Útero no Brasil, 2000-2009: Estudo
de Base Secundária. Revista Brasileira de
Cancerologia, v. 58, n. 3, p. 351-7, 2012.
22. ALMEIDA, F. M. et al. Monitoring the
profile of cervical câncer in a developing city.
Biomed Central Public Health, v. 13, 2013.
Disponível em: < http://www.biomedcentral.
com/1471-2458/13/563>. Acesso em: 11 Out.
2014.

Downloads

Publicado

2020-12-06

Como Citar

ALVES GANDRA, S. .; FONSECA GONÇALVES, F.; GONÇALVES PEREIRA, F.; CANGUSSU BRITO, T.; ANTUNES AMARIZ, A.; LOPES MIRANDA, R. . Rastreamento fo Câncer do Colo do Útero em Montes Claros, Minas Gerais: Análise de Dados do Siscolo no período de 2004 a 2013. Revista Unimontes Científica, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 131–140, 2020. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/unicientifica/article/view/2090. Acesso em: 13 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)