Adultos: uso dos serviços odontológicos, comportamentos e condições subjetivas de saúde
Palavras-chave:
Adultos. Saúde bucal. Acesso aos serviços de saúde. Comportamento. Autopercepção.Resumo
Objetivo: Descrever o perfil dos adultos do município de Montes Claros segundo condições sociodemográficas,
utilização dos serviços odontológicos, comportamentos e condições subjetivas.Metodologia:Coleta de dados domiciliar em
amostra probabilística dos adultos (35-44 anos) do município, conduzida conforme preconizações da Organização Mundial
de Saúde. Utilizou-se o programa SPSS® em análises descritivas corrigidas pelo efeito de desenho. Resultados:Dos 841
adultos avaliados, a idade e escolaridade médias foram de 39,5 e 9,5 anos respectivamente. Houve predomínio de pardos
(51%), com união estável (75%), renda per capita abaixo de R$ 300,00 (70%), sem posse de automóvel (69%), mas com
moradia própria (81%). Somente 11 (1,4%) adultos nunca haviam utilizado serviços odontológicos. Dentre os que já
utilizaram, verificou-se o seguinte perfil: utilizaram o SUS (35%), há menos de um ano (46%), para tratamento (66%) e
esteve satisfeito com tais serviços (75%). Quanto aos comportamentos, houve predomínio de não tabagistas (75%), não
etilistas (58%), mas que não praticam exercício físico regularmente (61%). A maioria relatou higienizar os dentes 3 ou
mais vezes ao dia (64%), mas não fazer uso de flúor (68%). Quanto a condições subjetivas, a maioria estava satisfeito
com a vida (85%), avaliou positivamente sua saúde bucal (49%), acreditava possuir cáries (55%), não relatou dor (61%)
e afirmou necessidade de tratamento odontológico (78%). Estes dados devem subsidiar políticas públicas compatíveis
com a as reais necessidades que acometem os adultos do município, garantindo maior acesso a informações e aos serviços
públicos odontológicos, visando maior equidade socioeconômica.
Downloads
Referências
Health Organization). Oral Health surveys: basic
methods. 4. ed. Geneva: ORH EPID, 1997.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto SB2000 – Condições da saúde bucal da população
brasileira no ano 2000. Brasília, 2001.
3. GIFT, H. C.; ATCHISON, K.A.; DRURY, T.F.
Perceptions of the natural dentition in the context
of multiple variables. Journal of Dental Research,
v. 77, n. 7, p.1529-38, 1998.
4. HAIKAL, D. S. et al. Autopercepção da saúde
bucal e impacto na qualidade de vida do idoso: uma
abordagem quanti-qualitativa. Ciência & Saúde
Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 7, p. 3317-3329,
2011.
5. PINTO, V. G. Saúde Bucal Coletiva. 4. ed. São
Paulo: Editora Santos, 2000. 541p.
6. REISINE, S. T. Dental disease and work loss.
Journal of Dental Research, v. 63, n. 9, p.1158-61,
1984.
7. CAMELIER, A. A. Avaliação da Qualidade
de Vida Relacionada à Saúde em Pacientes com
DPOC: Estudo de base populacional com o SF12 na cidade de São Paulo-SP. 2004. 154 f. Tese
(Doutorado em Ciências), Universidade Federal de
São Paulo – UNIFESP, São Paulo.
8. SCORING. Instructions for the Expanded
Prostate cancer Index Composite (EPIC). University
of Michigan Health System - Department of
Urology - Research EPIC, 2002. Disponível em:
<http://www.med.umich.edu/urology/research/
EPIC/EPIC-Scoring-2.2002.pdf>. Acesso em: 28
maio 2012.
9. OFFICE OF PUBLIC HEALTH ASSESSMENT.
Health Status in Utah: The Medical Outcomes
Study SF-12 (2001 Utah Health Status Survey
Report). Utah Department of Health - Office of
Public Health Assessment, 2004. Disponível em:
<http://health.utah.gov/opha/publications/2001hss/
sf12/SF12_0408.pdf>. Acesso em: 30 maio 2012.
10.OLIVEIRA, B. H.; NADANOVSKY, P.
Psychometric properties of the Brazilian version
of the oral Health Impact Profile-Short form.
Community Dentistry and Oral Epidemiology, v.
33, n. 4, p. 307-14, 2005.
11. LOCKER, D.; QUINONEZ, C. To what extent
do oral disorders compromise the quality of life?
Community Dentistry and Oral Epidemiology, v.
39, n. 1, p. 3–11, 2011.
12.QUEIROZ, R. C. S.; PORTELA, M. C.;
VASCONCELLOS, M. T. L. Pesquisa sobre as
Condições de Saúde Bucal da População Brasileira
(SB Brasil 2003): seus dados não produzem
estimativas populacionais, mas há possibilidade
de correção. Cadernos de Saúde Pública, Rio de
Janeiro, v. 25, n. 1, p. 47-58, jan, 2009.
13.BRASIL, Ministério da Saúde – Coordenação
Nacional de Saúde Bucal. Projeto SB BRASIL 2003:
condições de saúde bucal da população brasileira
2002-2003: Resultados Principais. Brasília, 2004.
14.NARVAI, P. C. et al. Validade científica de
conhecimento epidemiológico gerado com base
no estudo Saúde Bucal Brasil 2003. Cadernos de
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 4, p. 647-
670, abr. 2010.
15.BRASIL, Ministério da Saúde. Coordenação
Geral de Saúde bucal. Projeto SB Brasil 2010:
Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Resultados
Principais. Brasília, 2011.
16.MONTES CLAROS. In: WIKIPÉDIA,
a enciclopédia livre. Disponível em: <http://
pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Montes_
Claros&oldid=30479230>. Acesso em: 2 jun. 2012.
17.IBGE, Censo 2010. Disponível em: <http://
www.ibge.gov.br/censo2010>. Acesso em: 30 maio
2012.
18.WHO - Collaborating Centre for Oral Health
Services Research University College Cork. Oral
Health of Irish Adults 2000 – 2002. Northern
Ireland, 2007.
19.PNUD - Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento. Ranking do IDH 2010.
Disponível em: < http://www.pnud.org.br/idh/#>.
Acesso em: 01 de jun. 2012.
20.ROCHA, R. A. C. P.; GOES, P. S. A. Comparação
do acesso aos serviços de saúde bucal em áreas
cobertas e não cobertas pela Estratégia Saúde da
Família em Campina Grande, Paraíba, Brasil.
Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24,
n. 12, p. 2871-80, 2008.
21.BALDANI, M. H. et al. Determinantes
individuais da utilização de serviços odontológicos
por adultos e idosos de baixa renda. Revista
Brasileira de Epidemiologia, v. 13, n. 1, p. 150-62,
2010.
22.CAMARGO, M. B. J.; DUMITH, S. C.;
BARROS, A. J. D. Uso regular de serviços
odontológicos entre adultos: padrões de utilização e
tipos de serviços. Cadernos de Saúde Pública, Rio
de Janeiro, v. 25, n. 9, p. 1894-1906, set. 2009.
23.MARTINS, A. M. E. B. L. et al. Uso de serviços
odontológicos por rotina entre idosos brasileiros:
Projeto SB Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio
de Janeiro, v. 24, n. 7, p. 1651-1666, jul. 2008.
24.SALIBA, N. A. et al. Perda dentária em uma
população rural e as metas estabelecidas pela
Organização Mundial de Saúde. Ciência & Saúde
Coletiva, v. 15, n. 1, p. 1857-1864, 2010.
25. THOMAZ, E. B. A. F.; CUTRIM, M. C. F.
N.; LOPES, F. F. A importância da educação como
estratégia para prevenção e diagnóstico precoce do
câncer oral. Acta oncológica brasileira, v. 20, n. 4,
p. 149-152, 2000.
26. CAMPOS, J. L. G.; CHAGAS, J. F. S.;
MAGNA, L. A. Fatores de atraso no diagnóstico
do câncer de cabeça e pescoço e sua relação com
sobrevida e qualidade de vida. Revista Brasileira
de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, v. 36, n. 20, p.
65-8, 2007.
27. DE PAULA, A. M. et al. Analysis of 724 cases
of primary head and neck squamous cell carcinoma
(HNSCC) with a focus on young patients and p53
immunolocalization. Oral Oncology, v. 45, n. 9,
p.777-82, 2009.
28. FIGUEIREDO, V. C. Um panorama do
tabagismo em 16 capitais brasileiras e Distrito
Federal: tendências e heterogeneidades. Tese de
doutorado apresentada a Universidade do Estado
do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social,
Rio de Janeiro; 2007. 166 p. Disponível em
<http://www.tesesims.uerj.br/lildbi/docsonline/get.
php?id=549>. Acesso em: 30 maio de 2012.
29. GALDURÓZ, J. C. F.; CAETANO, R.
Epidemiologia do uso de álcool no Brasil. Revista
Brasileira de Psiquiatria, v.26, n.1, p. 3-6, 2004.
30. MALTA, D. C. et al. Padrão de atividade física
em adultos brasileiros: resultados de um inquérito
por entrevistas telefônicas, 2006. Epidemiologia e
Serviços de Saúde, Brasília, v. 18, n. 1, p.7-16, janmar, 2009.
31.PINELLI, C.; TURRIONI, A. P. S.; LOFFREDO,
L. C. M. Autopercepção em higiene bucal de
adultos: reprodutibilidade e validade. Revista de
Odontologia da UNESP, v. 37, n. 2, p. 163-169,
2008.
32.MACGREGOR, I. D. M.; BALDING, J. W.
Toothbrushing frequency and personal hygiene in
14-year-old schoolchildren. British Dental Journal,
v. 162, n. 4, p. 141-4, 1987.
33.GARCIA, P. P. N. S. et al. Avaliação clínica
do comportamento de higiene bucal em adultos.
Revista de Odontologia da UNESP, v. 30, n. 2, p.
161-71, 2001.
34.UNFER, B.; SALIBA, O. Avaliação do
conhecimento popular e práticas cotidianas em
saúde bucal. Revista de Saúde Pública, v. 34, n. 2,
p. 190-5, 2000.
35. ZIMMER, S. et al. Association between oral
health-related and general health-related quality of
life in subjects attending dental offices in Germany.
Journal of Public Health Dentistry, v. 70, n. 2, p.167-70,
2010.
36.MATOS, D. L.; LIMA-COSTA, M. F. Autoavaliação da saúde bucal entre adultos e idosos
residentes na Região Sudeste: resultados do Projeto
SB-Brasil, 2003. Cadernos de Saúde Pública, Rio
de Janeiro, v. 22, n. 8, p. 1699-1707, 2006.
37.PAPAIOANNOU, W. et al. Oral health-related
quality of life of greek adults: a cross-sectional
study. International Journal of Dentistry, v. 2011,
[s. p.], 2011.