Diversidade de Melastomataceae em diferentes altitudes de campos rupestres na Serra do Cipó, MG

Autores

  • Yule Roberta Ferreira Nunes Doutora em Engenharia Florestal/ Manejo Ambiental, Laboratório de Ecologia e Propagação Vegetal, Departamento de Biologia Geral, da UNIMONTES.
  • Elena Charlotte Landau Doutora em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre, Zoneamento Agroclimático, EMBRAPA Milho e Sorgo.
  • Maria das Dores Magalhães Veloso Doutora em Engenharia Florestal, Laboratório de Ecologia e Propagação Vegetal, Departamento de Biologia Geral da UNIMONTES.

Palavras-chave:

Riqueza. Abundância. Métodos de amostragem. Florística. Cerrado.

Resumo

A diversidade reside em uma das questões mais fundamentais na ecologia, e, grandes esforços têm
sido devotados na explicação de padrões latitudinais e altitudinais. Este trabalho teve como objetivo determinar a diversidade de espécies de Melastomataceae em duas áreas de campo rupestre, em diferentes altitudes,
na Serra do Cipó (MG), utilizando-se dois métodos de amostragem. Foram amostradas 18 morfoespécies de
Melastomataceae na Área 1 - Alto do Palácio e 11 morfoespécies na Área 2 – Serra Morena. Observou-se que
o método de amostragem utilizado determinou diferente composição florística na mesma área, apesar da ausência de diferenças significativas entre os índices de diversidade nas duas áreas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDRADE, P. M. Estrutura do estrato herbáceo de
trechos da Reserva Biológica Mata do Jambreiro,
Nova Lima, MG. 1993. Dissertação (Mestrado em
Ciências Biológicas) - Universidade Estadual de
Campinas, Campinas. 1993.
ARAÚJO, D. D.; PEIXOTO, A. L. Renovação da comunidade vegetal de restinga após queimada. Anais
do XXVI Congresso Nacional de Botânica. Academia
Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro. p. 1-17, 1977.
BARROSO, G. M. et al. Sistemática de angiospermas
do Brasil. v. 2, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 1984.
BENITES, V. M. et al. Solos e vegetação nos complexos rupestres de altitude da Mantiqueira e do Espinhaço. Floresta e Ambiente, v. 10, n. 1, p.76-85, 2003.
CHIAVEGATTO, B.; BAUMGRATZ, J. F. A família Melastomataceae nas formações campestres do
Parque Estadual do Ibitipoca, Minas Gerais, Brasil.
Boletim de Botânica, v. 25, n. 2, p. 195-226, 2007.
CITADINI-ZANETTE, V. Composição florística e
fitossociológica da vegetação herbácea terrícola de
uma mata de Torres, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, v. 32, p. 23-62, 1984.
CONCEIÇÃO, A. A. Estudo da vegetação rupestre no
Morro do Pai Inácio, Chapada Diamantina, Palmeiras, Bahia, Brasil. Dissertação (Mestrado) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 1998.
COTTAM, G.; CURTIS, J. T. The use of distance
measures in phytossociological sampling. Ecology, v.
37, p. 451-460, 1956.
COX, C. B.; MOORE, P. D. Biogeography: an ecological and evolutionary approach. 5. ed. Blackwell
Science, London. 1993.
CURRIE, D. J. Energy and large-scale patterns of animal- and plant-species richness. The American Naturalist, v. 137, p. 27-49, 1991.
CURRIE, D. J.; PAQUIN, V. Large-scale biogeographical patterns of species richness of trees. Nature, v. 329, p. 326-327, 1987.
FERNANDES, G. W.; PRICE, P. W. Biogeographical
gradients in galling species richness: test of hypotheses. Oecologia, v. 76, n. 161-167, 1988.
GASTON, K. J.; WILLIAMS, P. H. Spatial patterns in
taxonomic diversity. In: GASTON, K. J. (ed). Biodiversity: a biology of numbers and difference. London:
Blackwell Science. 1996, p. 202-229.
GIULIETTI, A. M. et al. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: caracterização e lista de espécies. Boletim
de Botânica, v. 9, p. 1-151, 1987.
GIULIETTI, A. M.; PIRANI, J. R. Patterns of geographic distribution of some plant species from the
Espinhaço range, Minas Gerais and Bahia, Brazil. In:
VANZOLINI, P. E.; HEYER, W. R. (ed.). Proceedings
of a workshop on neotropical distribution patterns.
Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro. p.
39-69, 1988.
GIVNISH, T. J. On the causes of gradients in tropical
tree diversity. Journal of Ecology, v. 87, p. 193-210,
1999.
HUSTON, M. A. Biological diversity: the coexistence
of species on changing landscapes. Cambridge University Press, Cambridge. 1994.
JOLY, A. B. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. Companhia Editora Nacional, São Paulo. 1991.
KENT, M.; COKER, P. Vegetation description and
analysis. London: John Wiley & Sons. 1992.
KREBS, C. J. Ecological methodology. New York:
Harper and Row. 1989.
KREBS, C. J. Ecology: the experimental analysis of
distribution and abundance. 4. ed. New York: Harper Collins College Pubishers. 1994.
LARA, A. C.; FERNANDES, G. W. The highest diversity of galling insects: Serra do Cipó, Brazil. Biodiversity Letters, v. 3, p. 111-114, 1996.
LAWTON, J. H., MACGARVIN, M.; HEADS, P. A.
Effects of altitude on the abundance and species richness of insect herbivores on bracken. Journal of Animal Ecology, v. 56, p. 147-160, 1987.
LOPES, W. P., SIMONELLI, M., MEYER, S. T., SILVA, A. F., SANTOS, E.; MOTTA, G. O. Utilização de
dois métodos amostrais no levantamento florístico e
fitossociológico de um fragmento florestal na Zona
da Mata de Minas Gerais. Anais do XLVIII Congresso Nacional de Botânica. Universidade Federal
do Cariri e Sociedade Botânica do Brasil, Crato, CE,
p.240, 1997.
MAGURRAN, A. E. Ecological diversity and its
measurement. New Jersey: Princeton University
Press. 1988.
MARTINS, F. R. Estrutura de uma floresta mesófila.
2. ed. Editora da UNICAMP, Campinas. 1993.
MEDINA, B. M. O.; FERNANDES, G. W. The potential of natural regeneration of rocky outcrop vegetation on rupestrian fields soils in “Serra do Cipó”,
Brazil. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, n. 4, p.
665-678, 2007.
MUELLER-DOMBOIS, D.; ELEMBERG, H. Aims
and methods of vegetation ecology. New York: John
Wiley and Sons. 1974.
O’BRIEN, E. M. Climatic gradients in woody plant
species richness: towards an explanation based on an
analysis of southern Africa’s woody flora. Journal of
Biogeography, v. 20, p. 181-198, 1993.
PEREIRA, M.C.A. Estrutura das comunidades vegetais de afloramentos rochosos dos campos rupestres
do Parque Nacional da Serra do Cipó, MG. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Minas
Gerais. Belo Horizonte, 1994.
PIELOU, E. C. Biogeography. New York: John Wiley
and Sons. 1979.
RENNER, S. S. Phylogeny and classification of the
Melastomataceae and Memecylaceae. Nordic Journal
of Botany, v. 13, p. 519-540, 1993.
RICHERSON, P. J.; LUM, K. Patterns of plant species
diversity in California: relation to weather and topography. American Naturalist, v. 116, p. 504, 1980.
ROMERO, R.; MARTINS, A. B. Melastomataceae do
Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais,
Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v. 25, n. 1, p.
19-24, 2002.
SCHALL, J. J.; PIANKA, E. R. Geographical trends in
number of species. Science, v. 201, p. 679-686, 1978.
SCHILLING, A. C.; BATISTA, J. L. F. Curva de acumulação de espécies
e suficiência amostral em florestas tropicais. Revista Brasileira
de Botânica, v. 31, n.1, p. 179-187, 2008.
STEVENS, G. C. The elevational gradient in altitudinal range: an extension of rapoport’s latitudinal rule
to altitude. The American Naturalist, v. 140, p. 893-
911, 1992.
WERNECK, M. S. Comparação entre dois métodos
para a análise florística e estrutura de um trecho de
floresta mesófila da mata da PUC Minas, Belo Horizonte – MG. Bios, v. 6, p. 21-31, 1998.
ZAR, J. H. Biostatistical analysis. 3. ed. New Jersey:
Prentice-Hall. 1996.

Downloads

Publicado

2020-05-06

Como Citar

FERREIRA NUNES, Yule Roberta; CHARLOTTE LANDAU, Elena; MAGALHÃES VELOSO, Maria das Dores. Diversidade de Melastomataceae em diferentes altitudes de campos rupestres na Serra do Cipó, MG. Revista Unimontes Científica, [s. l.], v. 10, n. 1/2, p. 34–45, 2020. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/unicientifica/article/view/2294. Acesso em: 22 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)