Editorial
Resumo
A Unimontes Científica entra no seu sexto ano de publicação e, a partir desse número, começa, também,
uma fase de mudanças que tem como objetivo ampliar seu espaço de circulação, de publicação e o número de
colaboradores, por isso, está de capa nova. A capa dessa edição – que substitui o velho casarão da FAFIL símbolo
do início do ensino superior e da pesquisa no Norte de Minas – retrata um Embaré ou Barriguda (Cavanillesia
arborea), árvore típica das matas secas, ou “Florestas Estacionais Deciduais”, do Norte de Minas Gerais, tema do
dossiê organizado, a nosso convite, pela professora Yule Roberta Ferreira Nunes, coordenadora do Programa de
Pós-graduação em Ciências Biológicas da Unimontes.
As Florestas Estacionais Deciduais ocupam 6,02% do território brasileiro e se constituem em zonas intensamente utilizadas nas Américas do Sul e Central para agricultura e assentamento humano, por isso, são, também, um
ecossistema que está mais facilmente vulnerável ao desequilíbrio e degradação pelo processo ocupacional e
civilizatório. Não obstante, tem sido comparativamente um ecossistema que despertou pouca atenção dos
pesquisadores. Com a publicação desse dossiê a Unimontes Científica pretende chamar a atenção para a necessidade de produção de conhecimentos específicos para a preservação e a convivência harmônica na mata seca e
despertar o interesse de outros pesquisadores para essa temática. Numa abordagem que objetivou contemplar
não apenas os aspectos físicos e biológicos, mas, também, humanos e sociais o dossiê traz trabalhos variados
que versam sobre temas como a conservação e o uso sustentável das florestas estacionais deciduais brasileiras,
artigo apresentado por um grupo de professores do Departamento de Biologia Geral da Unimontes em parceria
com professores da Universidade Aberta do Canadá e da Universidade Nacional Autônoma do México; outros que
discutem o potencial da biodiversidade vegetal e a sociedade na Mata seca mineira. Nestes artigos, os autores
chamam atenção para a necessidade de inclusão da dimensão humana na produção de conhecimento sobre as
matas secas, de desenvolvimento de estratégias mais sustentáveis no uso e exploração dos seus recursos naturais, bem como de maior articulação entre as indústrias e os órgãos de pesquisa que nelas atuam. O dossiê traz,
ainda, resultados de pesquisas e experimentos com espécies típicas das florestas estacionais deciduais.
A seção de artigos, nesta edição, contemplou as áreas de ciências agrárias, ciências biológicas e da saúde. Já a
seção de Nota Científica contempla as ciências humanas com um trabalho que investiga as primeiras exibições
cinematográficas em Montes Claros. Essa fase de mudanças da Unimontes Científica tem sido proporcionada, em
grande parte, pelo financiamento concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG –
através de edital. Nesse sentido, registramos nossos agradecimentos à Fapemig pelo financiamento, bem como
a todos os autores, aos revisores, ao conselho consultivo e aos professores do Programa de Pós-graduação em
Ciências Biológicas da Unimontes, em especial a professora Yule Roberta, que contribuíram, cada um a seu modo,
para a qualidade dessa edição.