LEISHMANIOSE TEGUMENTAR EM UM MUNICÍPIO DO NORTE DE MINAS GERAIS: ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL
DOI:
10.46551/ruc.v23n2a06Palavras-chave:
Perfil Epidemiológico; Análise Espacial; Leishmaniose Cutânea; Sistema de Informação em Saúde.Resumo
Objetivos: Analisar aspectos clínicos, epidemiológicos e a distribuição espacial da Leishmaniose Tegumentar em um município endêmico do Brasil (2012-2019). Métodos: Estudo epidemiológico, transversal e descritivo, realizado a partir de dados de Leishmaniose Tegumentar registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e no Sistema de Informação de Mortalidade. A análise estatística descritiva contemplou variáveis sociodemográficas e variáveis referentes à forma clínica, tratamento e evolução do caso. A análise de distribuição espacial foi realizada no software QGIS 3.4. Resultados: Foram
registrados 380 casos de Leishmaniose Tegumentar, sendo a maioria dos pacientes do sexo masculino, adultos, que residiam na zona urbana. A principal forma de manifestação clínica foi cutânea (93,9%); o antimonial pentavalente foi a droga de primeira escolha administrada em 75,5% dos pacientes; 95,0% dos casos evoluíram para cura; 1,3% evoluíram para óbito
(idade média: 61,8 anos; 60% possuíam coinfecção com HIV). As maiores taxas de incidência foram encontradas na região Oeste da cidade. Conclusões: No município estudado, diferentemente da maioria das regiões do Brasil, a Leishmaniose Tegumentar apresentou um perfil de ocorrência predominantemente urbano. Espera-se que este estudo possa contribuir
com um melhor entendimento da epidemiologia desta doença e que possa nortear a elaboração de estratégias de controle.
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