Associação Entre Pressão Arterial Ambulatorial E Disfunção Diastólica Em Pacientes Atendidos Em Unidade De Saúde
DOI:
10.46551/ruc.v26n1a10Palavras-chave:
Hipertensão Arterial Sistêmica, Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), Disfunção diastólica, Doenças cardiovascularesResumo
Objetivo: Avaliar a associação entre a disfunção diastólica e as alterações na pressão arterial circadiana em pacientes de uma Unidade de Saúde de Vitória da Conquista/BA. Método: Este estudo avaliou 217 pacientes atendidos em uma unidade de saúde que apresentavam em seus prontuários exame de ecocardiograma e o monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA). As variáveis clínicas e sociodemográficas dos pacientes foram obtidas pela consulta do prontuário. Resultados: Dentre as variáveis clínicas e sociodemográficas, a disfunção diastólica teve associação positiva e de forma independente apenas com a idade, sendo a maior prevalência em pacientes acima dos 40 anos. Observou-se que pacientes com disfunção diastólica apresentavam mais anormalidades ao exame do MAPA, com maiores cargas sistólicas, carga diastólica no sono, pressões de pulso máximas (vigília e sono) e pressão de pulso mínima e descenso noturno anormal. Conclusão: A disfunção diastólica é altamente prevalente e é um preditor de morbimortalidade. Foi demonstrado ser mais prevalente em pacientes com medidas anormais do MAPA de 24 horas, com descenso noturno anormal mais prevalente nos pacientes com disfunção diastólica. A idade é o fator que mostrou maior associação com a presença de disfunção diastólica.
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