Constelação Familiar como técnica complementar para a qualidade de vida do portador de doença inflamatória intestinal

Familienstellen as a complementary technique for the quality of life of patients with inflammatory bowel disease

Autores

DOI:

10.46551/ruc.v26n1a11

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, Práticas Integrativas Complementares em Saúde - PICS, Doenças crônicas, Doenças inflamatórias intestinais, Constelação Familiar

Resumo

Objetivo: Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou avaliar se o atendimento com a terapia de Constelação Familiar Sistêmica pode provocar melhoras na percepção da qualidade de vida do portador de Doença Inflamatória Intestinal (DII). Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, de caráter exploratório, aprovado pelo CEP USCS (5.638.053), em que a constelação familiar foi aplicada em cinco portadores de DII que responderam aos questionários da Escala de modo de enfrentamento de problemas (EMEP) e o Instrumento de Qualidade de Vida WHOQOL-bref, dias antes e vinte dias depois da aplicação da constelação. Resultados: Os resultados mostraram, além de aumento nas pontuações para qualidade de vida, relatos de percepção da melhora em diversos aspectos nos modos de enfretamento da doença e do tratamento. Conclusões: As PICS se apresentam como inovação estratégica na melhoria da qualidade de vida. A DII é a ocorrência crônica de episódios de inflamações sérias do trato gastrointestinal, que resulta em redução da qualidade de vida e surgimento de dificuldades relacionadas a aspectos psicológicos e sociais. Observamos que a aplicação da técnica de forma complementar ao tratamento do portador de DII pode ser um apoio valioso que merece mais estudos, com amostras maiores de participantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jane Cleide Galindo da Rocha, Universidade Municipal de São Caetano do Sul - USCS

Psicóloga, Especialista em Constelação Familiar Sistêmica pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), SP, Brasil.

Daniela Jakubaszko, USCS

Doutora em Ciências da Comunicação, docente da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS)

Referências

ZALTMAN, Cyrla, et al. As Doenças inflamatórias intestinais na atualidade brasileira: curso de atualização do GEDIIB na SBAD 2018. São Paulo: Office Editora; 2018.

BRASIL. OMS-OPAS. Estratégia e plano de ação regional para um enfoque integrado à prevenção doenças crônicas, inclusive regime alimentar, atividade física e saúde. Washington, D.C: OPAS; 2007. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategia_plano_acao_regional.pdf. Acessado em: 04 jun 2022.

RODRIGUES, Mayara Marta; et al. Percepção de pessoas com Doença Crônica acerca da Internação Hospitalar. Rev enferm UFPE on line. Recife, v. 11, n. 6, p. 2368-2374, maio 2017. ISSN 1981-8963. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/23399/19059>. Acesso em: 04 ago. 2023. doi:https://doi.org/10.5205/1981-8963-v11i6a23399p2368-2374-2017.

HELITO, Alfredo Salim; KAUFFMAN, Paulo. (org). Saúde - entendendo as doenças: a enciclopédia médica da família. São Paulo: Nobel, 2006.

COHEN, Barbara Janson; WOOD, Dena Lin. O corpo humano na saúde e na doença. 9ª. ed. São Paulo: Manole, 2002.

GIMENEZ, Maria Glória Gonçalves; QUEIROZ, Elizabeth. As diferentes fases de enfrentamento durante o primeiro ano após a mastectomia. A mulher e o câncer. Campinas: Ed. Psy, 1997.

SEIDL, Eliane Maria Fleury; TRÓCOLLI, Bartholomeu T. ; ZANNON, Célia Maria Lana da Costa. Análise fatorial de uma medida de enfrentamento. Psicologia: teoria e pesquisa. v.17, n.3, p-225-234, 2001. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722001000300004

PELÁ-BERTUSO, Elaine Cristina. Estresse e modos de enfrentamento em portadores de doenças inflamatórias intestinais. (Dissertação). Ribeirão Preto: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. 2022. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf. Acessado em: 05 jun 2022.

MATTA, Gustavo Corrêa. Da doença renal ao renal crônico. Physis: Revista de Saúde Coletiva. v.10, n.1, p-65-100, 2000. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-73312000000100004 . Acessado em: 22/07/2022.

SILVA, Natalia Michelato; et al. A doença inflamatória intestinal e a psicossomática. XIV Encontro Internacional de Pesquisadores em Saúde Mental. Poster. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo. 2022. Disponível em:

https://proceedings.science/saude-mental/papers/a-doenca-inflamatoria-intestinal-e-a-psicossomatica . Acessado em: 01/08/2022.

RUBIN, Emanuel, et al. Doença intestinal inflamatória. In: Rubin, Emanuel, et al. (Ed.). Patologia. Bases clinico patológicas da Medicina. 4ª edição. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, pp. 710, 725-730. 2006.

DALLAQUA, Renata Pighinelli. Qualidade de vida e capacidade funcional em pacientes com doenças inflamatórias intestinais. (Dissertação). Botucatu: Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Medicina de Botucatu; 2015.

FERREIRA, Ialy Beatriz Lima; SOUZA, Maria Clara Teles de; LIMA, Raísa Kettlyn Simões de. Inflammatory Bowel Disease, Social Impacts and Quality Of Life: A Literature Review. Rev. Ciênc. Saúde Nova Esperança. João Pessoa-PB. v.19, n.3, p-204-110, 2021.

SOUZA Mardem Machado de; et al. Qualidade de vida de pacientes portadores de doença inflamatória intestinal. Acta Paul Enferm. v.24, n.4, p-479-84, 2011.

LEITE, Vanessa Maciel et al. Impacto dos aspectos psicológicos em portadores de doença inflamatória intestinal / Impact of psychological aspects in patients with inflammatory bowel disease. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 1363–1367, 2020. DOI: 10.34119/bjhrv3n2-002 . Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/7261 . Acesso em: 8 jul. 2022.

ABRAHÃO, Sarah Silva; et al. Dificuldades vivenciadas pela família e pela criança/adolescente com doença renal crônica. J. Bras. Nefrol. v.32, n.1, p-18-22, 2010.

CAMPOLINA, Alessandro Gonçalves; CICONELLI, Rozana Mesquita. Qualidade de vida e medidas de utilidade: parâmetros clínicos para as tomadas de decisão em saúde. Rev. Panam Salud Publica/ Pan Am J Public Health. v.19, n.2, p-128-136, 2006. Disponível em: < https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v19n2/30312.pdf. Acessado em 22/08/2022.

THE WHOQOL GROUP. The World Health Organization Quality of Life assessment (WHOQOL): Position paper from the World Health Organization. Soc. Sci. Med. v.41, n.10, p-1403-9, 1995. Disponível em: https://www.who.int/tools/whoqol . Acessado em: 01/08/2022.

FLECK, Marcelo Pio de Almeida. O instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100): características e perspectivas.

Revista Ciência & Saúde Coletiva. v.5, n.1, p-33-38, 2000. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-81232000000100004 . Acessado em: 18.07.2022.

FLECK Marcelo Pio de Almeida (col). A avaliação de qualidade de vida: guia para profissionais da saúde. Porto Alegre: Artmed, 2008.

BORGES, Letícia Ribeiro; MARTINS, Dinorah Gióia. Clínica de hemodiálise: existe qualidade de vida? Boletim de Iniciação Científica em Psicologia. v.2, n.1, p-42-58, 2001.

MARTINS, Marielza R. Ismael; CESARINO, Claudia Bernard. Qualidade de vida de pessoas com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Rev. Latino-Am Enf. v.13, n.5, p-670-6, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-11692005000500010

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Implantação de Serviços de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (Brasil). 2018. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_implantacao_servicos_pics.pdf . Acessado em: 19/07/2022.

FERREIRA, Luciane Ouriques. A emergência da medicina tradicional indígena no campo das políticas públicas. História, Ciências, Saúde. Manguinhos, Rio de Janeiro. v.20, n 1, p-203-219, 2013. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-59702013000100011. Acesso em: 05/06/2023.

AZEVEDO, Elaine; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Práticas integrativas e complementares de desafios para a educação. Trab. educ. saúde (Online), Rio de Janeiro. v.9 n. 3, p-361-378, 2011. Disponível: <https://doi.org/10.1590/S1981-77462011000300002>. Acesso em 20.06.2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório de Monitoramento Nacional das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde nos Sistemas de Informação em Saúde. 2020. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/pics/Relatorio_Monitoramento_das_PICS_no_Brasil_julho_2020_v1_0.pdf . Acessado em: 22/07/2022.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SAI/SUAS) - Tabnet - Práticas Integrativas e Complementares em Saúde nos Sistemas de Informação em Saúde. 2022.

ÁVILA, Lazslo Antonio. O corpo, a psicossomática e a subjetividade. Revista Tempo Psicanalítico. Rio de Janeiro. v. 44 n.i, p-51-69, 2012.

HELLINGER, Bert, WEBER, Gunthard; BEAUMONT, Hunter. A simetria oculta do amor − porque o amor faz os relacionamentos darem certo. São Paulo: Ed. Cultrix, 1998.

HELLINGER, Bert, et al. Meu trabalho. Minha vida. São Paulo: Ed. Cultrix, 2019.

HELLINGER, Bert, HÖVEL, Gabriele. Constelações familiares. São Paulo: Ed. Cultrix, 2001.

HELLINGER, Bert. O amor do espírito na Hellinger Sciencia. 5 ed. Minas Gerais: Ed. Atman, 2021.

HELLINGER, Bert. A Cura: torna-se saudávelꓹ permanecer saudável. Tradução de Daniel Mesquita de Campos Rosa. Belo Horizonte: Ed. Atman, 2014.

HELLINGER, Bert. A fonte não precisa perguntar pelo caminho. Minas Gerais: Ed. Atman, 2005.

HAUSNER, Stephan. Constelações familiares e o caminho da cura: a abordagem da doença sob a perspectiva de uma medicina integral / tradução: Newton A. Queiroz. São Paulo: Ed. Cultrix, 2010.

GRAÇA, Marusa Helena da. Constelações familiares com bonecos e os elos de amor que vinculam aos ancestrais. 3ed. Curitiba: Ed. Juruá, 2018.

SILVA, Luisa Santos, VALSOLER, Renan Lucas Carminatti, STORTTI, Tyfani Miréia. Utilização das práticas integrativas e complementares (PICS) no tratamento da depressão: uma pesquisa bibliográfica. Brazilian Journal of Development, Curitiba. v.7, n. 7, p-7, 2021. Disponível: https://doi.org/10.34117/bjdv7n7-459 . Acessado em: 03/08/2022.

TURATO, Egberto Ribeiro. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa. Construção teórico-epistemológica, discussão e aplicação nas áreas da saúde e humanas. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2018.

PEDROSO, Bruno. A trajetória das ferramentas para o cálculo dos escores e estatística descritiva dos instrumentos WHOQOL-100/WHOQOL-bref. Revista Brasileira de Qualidade de Vida, Ponta Grossa, v.8, n.1, p.1-7, 2020.

PEDROSO, Bruno. et al. Cálculo dos escores e estatística descritiva do WHOQOL-bref através do Microsoft Excel. Revista Brasileira de Qualidade de Vida, Ponta Grossa. v. 2, n. 1, p. 31-36, 2010.

Downloads

Publicado

2024-05-10

Como Citar

GALINDO DA ROCHA, J. C.; JAKUBASZKO, D. Constelação Familiar como técnica complementar para a qualidade de vida do portador de doença inflamatória intestinal : Familienstellen as a complementary technique for the quality of life of patients with inflammatory bowel disease. Revista Unimontes Científica, [S. l.], v. 26, n. 1, 2024. DOI: 10.46551/ruc.v26n1a11. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/unicientifica/article/view/6935. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais