FIBRILAÇÃO ATRIAL EM PACIENTE PORTADOR DE CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA E O USO DE ANTICOAGULANTES ORAIS: RELATO DE CASO
Palabras clave:
Cardiomiopatia Hipertrófica. Fibrilação atrial. Acidente vascular encefálico. Anticoagulantes.Resumen
A Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH) é uma doença autossômica dominante que atinge cerca de
0,2% da população geral. É caracterizada por hipertrofia ventricular esquerda assimétrica associada a uma
câmara hiperdinâmica e não dilatada, na ausência de qualquer outro processo orgânico capaz de produzir
alterações semelhantes. A CMH é um fator de risco para o desenvolvimento de fibrilação atrial (FA) a
qual predispõe ao acidente vascular encefálico (AVE). Em casos de FA persistente, na maioria das vezes,
considera-se a anticoagulação oral. Nos últimos anos, a descoberta de fármacos bloqueadores da trombina
ou do fator Xa trouxe uma nova perspectiva para a terapêutica anticoagulante. Esses fármacos não requerem
monitoração laboratorial da anticoagulação e têm pouca interação com medicamentos e alimentos. Esses
fatores, aliados à elevada eficácia e segurança, conferem a essas novas drogas o potencial de aumentar a
aderência ao tratamento anticoagulante e o número de pacientes tratados. Estes medicamentos, também,
devem ser utilizados antes, durante e depois de cardioversão elétrica ou química, conforme recomendação
internacional. O presente relato mostra um caso com o diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica com
fibrilação atrial crônica que evoluiu com AVE isquêmico, e, posteriormente, hemorrágico.
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