Gilles Deleuze e o problema da interpretação: um sopro de puro acontecimento
Palabras clave:
Deleuze, interpretação, acontecimento, diferençaResumen
O presente trabalho tem como objetivo expor e analisar a relação entre a problemática do
Sentido e o horizonte da interpretação, segundo a leitura de Gilles Deleuze. Na perspectiva
deleuziana, a interpretação foi, maioritariamente, limitada e restringida pela procura da
determinação de certas margens, mais ou menos preestabelecidas e verificáveis, onde a própria
interpretação encontre seu lugar pertinente, bem como sua legítima consistência. Deste modo, e
independentemente das diferentes formas de caracterização e classificação, as quais a interpretação
foi submetida, a procura por um “critério” de avaliação e legitimação do ato de interpretar é, para
Deleuze, um gesto habitual e mais ou menos permanente na reflexão filosófica. Para o filósofo
francês, este gesto opera, em um primeiro momento, entorno da possibilidade de reconhecer um
certo “sentido” na interpretação; e, em um segundo momento, da necessidade de legitimar este
sentido de acordo com critérios previamente escolhidos. Diferentemente, Deleuze postula a
interpretação como criação da diferença, o principio que sustenta esta colocação é uma total
recaracterização do estatuto do sentido. Isto é assim, dado que em toda interpretação habita o
sentido, portanto, não se trata de eliminar o sentido do horizonte da interpretação, mas de re-pensálo.
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Citas
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Perspectiva, 1998
MURALT, A. A Metafísica do fenômeno. Rio de Janeiro: Editora 34, 2002.
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