Regeneração natural da vegetação ciliar após 10 anos de restauração no rio Pandeiros, Norte de Minas Gerais
DOI:
10.46551/ruc.v26n2a14Palavras-chave:
Banco de juvenis, Banco de sementes, Herbáceas, Mata ciliar, Restauração ambientalResumo
Objetivo: Avaliar o sucesso da restauração de trecho de floresta ciliar do rio Pandeiros (Januária, MG) após 10 anos de implantação. Metodologia: Na área, foram implantados diferentes modelos de restauração, utilizando plantio de mudas (espaçamentos 2 m × 2 m e 2 m × 4 m), com e sem semeadura direta. Avaliou-se a regeneração natural em quatro áreas de 1 ha cada. Para isso, em cada área foram alocadas 12 parcelas de 4 m2 em dois transectos, sendo seis parcelas próximas a vegetação remanescente e seis próximas à pastagem (zonas). Nestas parcelas, foram amostrados os indivíduos e espécies lenhosas, categorizados (guildas de regeneração e dispersão) e coletadas amostras de serapilheira e solo (0-5 cm) para avaliação do banco de sementes do solo. Resultados: Nas parcelas, foram amostrados 60 indivíduos de sete famílias, 13 gêneros, 14 espécies e três morfotipos, e das amostras do banco de sementes emergiram 3.297 plântulas, distribuídas em 23 espécies, 23 gêneros, 18 famílias e seis morfotipos. Verificou-se para a o estrato regenerante maior riqueza de espécies nas parcelas próximas a mata e para o banco de sementes maior riqueza no estrato solo, além de diferenças na composição de espécies tanto para as zonas, quanto para os estratos do banco de sementes. Conclusão: A regeneração está ocorrendo e é influenciada pela proximidade da fonte de colonização, mas o processo de restauração está lento e demostra grande influência do distúrbio passado e atual na área.