(Ciber)espaços de insurgência: refletância on-line e off-line nas jornadas de junho de 2013
DOI:
10.46551/rvg2675239520212129149Palavras-chave:
Mobilizações sociais em rede, Espaço, Ciberespaço, RedeResumo
Em junho de 2013, o Brasil acompanhou uma série de manifestações que se expandiram por todo o território nacional. As demandas eram plurais, diversas e amplas, contudo guardavam um viço comum de engajamento e solidariedade tornando a insurgência particular. No entanto, outras camadas tornaram o evento ainda mais complexo: o usufruto da comunicação digital como indumentária de protesto, tornando redes e dispositivos frentes de contrapoder e comunicação alternativa difusos sobre o espaço pontual das vias públicas e igualmente consistente nas vias do ciberespaço. Assim, o objetivo deste estudo consistiu em analisar as dinâmicas socioespaciais das Jornadas de Junho de 2013 no Brasil, considerando a refletância on-line e off-line nas práticas e processos das manifestações. Para tanto, desenvolveu-se um estudo de caso, tendo a imprensa por aporte documental. No bojo das manifestações, a insurgência circunscrita como um exercício espacial de ocupação das ruas e espaços públicos diversos possui reflexos on e off-line em uma relação de refletância e interdependência, coadunando as operações socioespaciais e simbólicas no espaço material e imaterial - na vazão do ciberespaço.
Downloads
Referências
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70, 2007.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz & Terra, 1999.
CASTELLS, M. O poder da comunicação. São Paulo: Paz & Terra, 2006.
CASTELLS, M. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
DOWNING, J. Radical media: rebellious communication and social movements. New York: Sage Publications, 2000.
ESTADÃO. São Paulo: Grupo Estado, 2013.
FOLHA DE S. PAULO. São Paulo: Grupo Folha, 2013.
FONSÊCA, D. Não dá para não ver: as mídias nas manifestações de junho de 2013. São Paulo: Fundação Friedrich Ebert, 2013.
IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: síntese dos indicadores de 2014. Rio de Janeiro: IBGE, 2015.
LEMOS, A. Cibercultura: tecnologia e vida social na cultura contemporânea. 7 ed. São Paulo: Editora Sulina, 2015.
LEMOS, A.; LÉVY, P. O futuro da internet. Em direção a uma ciberdemocracia planetária. São Paulo: Paulus, 2010.
LEPECKI, A. Coreopolítica e Coreopolícia. Ilha (Revista de Antropologia), Florianópolis, v. 13, n. 1, p. 41-60, jan./jun. (2011) 2012.
LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 3. Ed. São Paulo: Loyola, 1998.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2000.
LÉVY, P. Ciberdemocracia. São Paulo: Instituto Piaget, 2002.
O GLOBO. Rio de Janeiro: Grupo Globo, 2013.
RICCI R., ARLEY, P. Nas ruas: a outra política que emergiu em junho de 2013. Belo Horizonte: Letramento; 2014.
SANTOS, G. S. #Vemprarua: territorialidades de insurgência e ativismos on-line/off-line nas Jornadas de Junho de 2013 no Brasil. 178f, Montes Claros, 2017. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, 2017.
SANTOS, G. S.; CUNHA, M. G. C. Entre protestos e fluxos: rede e escala nas Jornadas de Junho de 2013 no Brasil. Revista Elisée, Goiânia, v. 7, n. 1, p. 70-84, 29 ago. 2018.
SANTOS, G. S.; CUNHA, M. G. C."Não é por R$ 0,20", é por direitos: dinâmicas de insurgência nas Jornadas de Junho de 2013 no Brasil. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 20, n. 69, p. 94-110, jul. 2019.
SANTOS, G. S. Uma jornada socioespacial: o retorno sempre novo às ruas nas manifestações de junho de 2013 no Brasil. Revista GeoUECE, Fortaleza, v. 8, n. 15, p. 46-65, jul./dez. 2020a.
SANTOS, G. S. #Vemprarua: jornadas de um espaço em rede. Revista Cerrados, Montes Claros, v. 17, n. 01, p. 240-255, fev. 2020b.
THOMPSON, J. B. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Gustavo Souza Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
SemDerivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.