Pesquisa e Extensão como estratégias de articulação popular durante a Pandemia: formação coletiva sobre a questão da mineração
DOI:
10.46551/rvg26752395202226695Palavras-chave:
Extensão, Modelo Mineral, Conflitos, Ciclos de FormaçãoResumo
A expansão da fronteira mineral contribui para o recrudescimento dos conflitos da mineração que repercutem, sobremaneira, no campo, atingindo as populações em sua diversidade. Os conflitos minério-agrários resultam de um modelo mineral pautado na capitalização da natureza e na exploração dos seus bens. Esse contexto demanda dos movimentos de luta uma resistência, cada vez mais qualificada, que consiga compreender as contradições atreladas ao capital mineral e enfrentar as injustiças que atingem seus territórios de vida. Nessa perspectiva, diante dos desafios impostos pela pandemia provocada pelo Coronavírus, a Articulação de Enfrentamento ao Modelo Mineral em Defesa da Vida na Bahia realizou a atividade de dextensão intitulada Ciclos de Formação: Impactos e Realidades do Modelo Mineral na Bahia. Este manuscrito apresenta uma experiência de formação coletiva, desenvolvida no formato virtual e realizada em três ciclos: I – O que é, como funciona e para que serve a CFEM?; II – Questão Hídrica e Mineração na Bahia; e, III – O uso do Sistema de Informação Geográfica da Mineração. Os resultados demonstraram a importância das atividades de pesquisa e extensão para o processo de formação, mobilização e articulação das bases comunitárias, em torno dos interesses comuns, e o crescente apelo social pela temática.
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