A crise estrutural do capital e seu potencial destrutivo na biodiversidade brasileira
DOI:
10.46551/rvg267523952023102127Palavras-chave:
Crise estrutural, Colapso Ambiental, Sistema capitalista, Amazônia, CerradoResumo
O presente artigo busca compreender a destruição do meio ambiente como um efeito do caráter contraditório do denvolvimento do capitalismo. Para tanto, partiu-se da compreensão da crise estrutural do capital a partir da década de 1970 e sua relação com o colapso ambiental vivenciado pela humanidade, no qual seus impactos refletem principalmente em determinados espaços geográficos de países dependentes como o Brasil. O trabalho foi realizado a partir da pesquisa bibliográfica e documental que, à luz do materialismo histórico dialético, buscou elencar as categorias teóricas que elucidasse o processo de expansão destrutiva do capitalismo, que ignora princípios éticos da humanidade na sua relação com a natureza, conduzindo-a para um destino incerto e obscuro. Como desdobramento, nas últimas três décadas, figuram-se a floresta Amazônica e o bioma Cerrado enquanto os espaços brasileiros mais acometidos pelas atividades do agronegócio sob a égide destrutiva do capitalismo. A compreensão desta dinâmica da lógica de ferro busca fomentar novos debates científicos que tenham como princípio a defesa do Meio Ambiente e a construção de uma nova agenda societária que contrarie os imperativos destrutivos do sistema do capital.
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