Análise das transformações na Terra Indígena Paquiçamba a partir da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte/PA

Autores

DOI:

10.46551/rvg2675239520241247264

Palavras-chave:

Hidrelétricas, Rio Xingu, Terra Indígena, Degradação, Paisagem

Resumo

Os impactos ambientais têm tornado-se tema de intensos debates nacionais e internacionais, nos quais chefes de Estados e a comunidade científica discutem a importância da preservação ambiental, sobretudo em áreas sensíveis do Bioma Amazônia. Essa temática torna-se ainda mais importante quando se discute as contribuições dos povos originários para a preservação da natureza, bem como, os impactos ambientais e sociais que estes sofrem com a implementação de projetos de infraestrutura. Neste contexto, se insere a terra Indígena Paquiçamba, onde houvera grandes transformações desde a chegada da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Neste sentido, a pesquisa buscou analisar as modificações geoecológicas sofridas na TI Paquiçamba depois da instalação da Usina Hidroelétrica de Belo Monte. Como procedimento metodológicos, foram utilizadas técnicas de sensoriamento remoto para a classificação, segmentação e interpretação das imagens dos satélites Landsat 5 e 9 nos anos de 2011 e 2023. Dentre os resultados, foi possível observar que alterações consideráveis na paisagem foram causadas com a diminuição da água e o aumento das áreas de exploração, tornando esse um ambiente instável na manutenção da biodiversidade, assim como das tradições dos povos indígenas Juruna (Yudjá).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nadson de Pablo Silva, Universidade Federal do Pará

Mestrando em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia PPGEO/UFPA, com Graduação em Geografia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). 

 

Éder Mileno Silva De Paula, Universidade Federal do Pará

Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (UFECE), com Graduação em Geografia pela pela Universidade Estadual do Ceará (UFECE). Atualmente é professor da Faculdade de Geografiia e Cartografia-FGC e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia PPGEO/UFPA. Geografia PPGEO/UFPA.

Gabriel Alves Veloso, Universidade Federal do Pará

Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com Graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Atualmente é Professor Adjunto da Faculdade de Geografia da Universidade Federal do Pará (UFPA) e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia PPGEO/UFPA.

Referências

BECKER, Bertha K. Amazônia. Editora Ática, 1990.

DE ARCANJO TURÍBIO, Luiz Mário; VELOSO, Gabriel Alves; LOBATO, Mateus Monteiro. Análise do índice de desflorestamento das terras indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu, da área diretamente afetada pela UHE Belo Monte entre os anos de 2000 e 2020. Universidade e Meio Ambiente, v. 7, n. 2, p. 30-44, 2022.

DE PAULA, Eder Mileno Silva et al. Compartimentação Geoecológica da Sub-Bacia do Baixo Rio Xingu–Amazônia Centro-Oriental, Brasil. Revista Equador, v. 5, n. 4, p. 128-150, 2016.

DE PAULA, Eder Mileno Silva; DE SOUZA, Marcos José Nogueira. Sistemas de informações geográficas na análise da vulnerabilidade ambiental da Bacia do Rio Ceará- CE. Revista Brasileira de Cartografia, v. 63, n. 4, p. 515-525, 2011.

DE SOUZA BALIEIRO, Bruna Taynara; VELOSO, Gabriel Alves. Análise multitemporal da cobertura do solo da Terra Indígena Ituna-Itatá através da classificação supervisionada de imagens de satélites. Cerrados, v. 20, n. 2, p. 261-282, 2022.

DE SOUZA, Vladimir; GALVANI, Emerson; DE SOUZA, Marta Luzia. Determinação e adequação da capacidade de uso da terra em bacia hidrográfica por meio de sistematização metodológica no SIG SPRING. Geografia (Londrina), v. 24, n. 1, p. 55-69, 2015.

NUNES, Juliana Faria; ROIG, Henrique Llacer. Análise e mapeamento do uso e ocupação do solo da bacia do alto do descoberto, DF/GO, por meio de classificação automática baseada em regras e lógica nebulosa. Revista árvore, v. 39, n. 1, p. 25-36, 2015.

PEZZUTI, J. et al. Xingu, o rio que pulsa em nós: monitoramento independente para registro de impactos da UHE Belo Monte no território e no modo de vida do povo Juruna (Yudjá) da Volta Grande do Xingu. São Paulo: ISA, 2018.

PEZZUTI, Juarez et al. Xingu, o rio que pulsa em nós: monitoramento independente para registro de impactos da UHE Belo Monte no território e no modo de vida do povo Juruna (Yudjá) da Volta Grande do Xingu. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2018.

RODRIGUEZ, José Manuel Mateo; SILVA, Edson Vicente Da; CAVALCANTI, Agostinho de Paula Brito. Geoecologia das Paisagens: uma visão geossistêmica da análise ambiental. Imprensa Universitária, 2022.

Sabaj Pérez, M.H., 2015. Where the Xingu bends and will soon break. Am. Sci. 103, 395– 403.

WINEMILLER, Kirk O. Et al. Balancing hydropower and biodiversity in the Amazon, Congo, and Mekong. Science, v. 351, n. 6269, p. 128-129, 2016.

ZUANON, Jansen et al. Condições para a manutençao da dinâmica sazonal de inundaçao, a conservaçao do ecossistema aquático e manutençao dos modos de vida dos povos da volta grande do Xingu. Papers do NAEA, v. 28, n. 2, 2021.

ZUANON, Jansen et al. Condições para a manutençao da dinâmica sazonal de inundaçao, a conservaçao do ecossistema aquático e manutençao dos modos de vida dos povos da volta grande do Xingu. Papers do NAEA, v. 1, n. 2, 2021.

Downloads

Publicado

2024-03-13

Como Citar

Silva, N. de P., De Paula, Éder M. S., & Veloso, G. A. (2024). Análise das transformações na Terra Indígena Paquiçamba a partir da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte/PA. Revista Verde Grande: Geografia E Interdisciplinaridade, 6(01), 247–264. https://doi.org/10.46551/rvg2675239520241247264