Métodos de observação e percepção na leitura da paisagem a partir dos Espaços Públicos em Ponta Grossa-PR
DOI:
10.46551/rvg2675239520251106121Palavras-chave:
Paisagem como texto; Espaços públicos urbanos; Pausa e Movimento.Resumo
A interdisciplinaridade intrínseca ao diálogo entre horizontes teóricos e reflexivos da Geografia Cultural e da Geografia Humana, complementados pelas apreensões metodológicas de pesquisa/ação das Representações Sociais possibilita o explorar simbólico, cognitivo e significado da realidade vivida (e lida) de um espaço público urbano. Entre perspectivas acadêmicas e a participação popular, o presente debate enfatiza que, somente através desta relação, expressa pela geograficidade, torna-se possível compreender um espaço público, para além de pré-concepções. Contudo, salienta-se que a partir da observação, da percepção e da interpretação promovidas pela leitura da paisagem, apreendem-se elementos e contextos que corroboram para elencar um espaço público enquanto referente especial religioso, cultural, musical, de esportes e lazer. Estes foram meios de ler a identidade de um determinado espaço público, ao mesmo passo que se evidencia que, o Complexo Ambiental e a Praça Barão do Rio Branco concorrem enquanto principais espaço públicos vivenciados pela sociedade, seja como trânsito de trajetórias e destinos, ou como lugar vivido – relacionando-se assim como um aspecto de pausa, frente ao movimento. Considera-se enquanto resultados alcançados a evidência da pesquisa/ação e métodos de observação e leitura da paisagem enquanto meios de apreender o cotidiano vivido e a identidade de um espaço público urbano.
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