Mudanças curriculares evidenciadas com a aprovação da BNCC: compreensões de professores do oeste de Santa Catarina

Autores/as

DOI:

10.46551/rvg2675239520222165187

Palabras clave:

Políticas educacionais; Redefinição curricular; Autonomia docente.

Resumen

A partir das mudanças curriculares que vêm sendo implementadas no país, oriundas das redefinições das políticas educacionais, vive-se um processo que leva os professores a construírem distintas interpretações sobre o planejamento e o currículo escolar. Tomando a formação continuada de professores no oeste catarinense como referência, o objetivo é debater significações dos professores frente às novas políticas que reverberam na redefinição do currículo escolar. A questão investigada é: de que modo os professores do oeste catarinense têm compreendido sua participação nas redefinições curriculares? O ensaio tem um caráter crítico-reflexivo considerando a perspectiva participativa como basilar para o debate que se constrói na relação com a pesquisa empírica, realizada com um grupo de professores pedagogos que atuam em distintos municípios que compõem a região da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC). A análise dos dados é realizada por meio da pesquisa indiciária, tendo como principais resultados a percepção dos professores de que a redefinição curricular possibilita repensar sua atuação, construir autonomia, estabelecer diálogos, repensar planejamentos. No entanto, apesar da participação na elaboração do Referencial Curricular Regional, cabe ainda fortalecer a compreensão e a utilização efetiva do documento, bem como, sua articulação com aspectos direcionados pela BNCC.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Carina Copatti, Universidade Federal do Espiríto Santo

Professora do Departamento de Educação, Política e Sociedade da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Doutora em Educação nas Ciências pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ (2019). Pós-doutora em Políticas Educacionais pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS Chapecó. Graduada em Licenciatura em Geografia pela Universidade de Passo Fundo-UPF (2010) e Mestra em Educação pela Universidade de Passo Fundo-UPF (2014).

Adriana Maria Andreis, Universidade Federal da Fronteira Sul

Professora na Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS/Chapecó/SC, na Licenciatura em Geografia, PPGGeo/Mestrado em Geografia e PPGE/Mestrado em Educação. Doutora em Educação nas Ciências: concentração Geografia pela UNIJUI/RS com doutorado sanduíche pela Universidad Autónoma de Madrid - UAM, Espanha. Mestre em Educação nas Ciências - com área de concentração em Geografia pela UNIJUI - Ijuí/RS. Graduada em Geografia pela URI Santo Ângelo/RS e especialista em Ensino da Geografia pela UNIFRA Santa Maria/RS. Atuação durante mais de vinte anos como professora na Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio).

Citas

ANDREIS, Adriana M. Cotidiano: uma categoria geográfica para ensinar e aprender na escola. Tese (Doutorado em Educação nas Ciências). Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Ijuí/RS, 2014. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=459374. Acesso em: 12 jan., 2021.

ANDREIS, Adriana M.; CALLAI, H. C. Escola: O lugar do diálogo, no diálogo do lugar (datado de 2016, publicado em 03/09/2018). Revista Anekumene, Bogotá/Colômbia, v. 1, n. 12, p. 49-57, 2016. Disponível em: https://revistas.pedagogica.edu.co/index.php/anekumene/article/view/8361/6443 Acesso em: 12 jan., 2021.

ASCENÇÃO, Valéria R. A Base Nacional Comum Curricular e a Produção de Práticas Pedagógicas para a Geografia Escolar: desdobramentos na formação docente. Revista Brasileira de Educação em Geografia, Campinas, v. 10, n. 19, p. 173-197, jan./jun., 2020. Disponível em: http://revistaedugeo.com.br/ojs/index.php/revistaedugeo/article/view/915/421. Acesso em: 05 jan., 2021.

BALL, Stephen; MAGUIRE, Meg.; BRAUN, Annette. Como as escolas fazem as políticas: atuação em escolas secundárias. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2016.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. 1988.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

COPATTI, Carina. O neoliberalismo chega à escola: discursos produzidos e possibilidades de enfrentamento pela dimensão ético-estética. In: FÁVERO, A. A. TONIETO, C. CONSALTÉR, E. (Orgs.). Leituras sobre educação e neoliberalismo. Editora CRV: Curitiba, 2020.

CONTRERAS, José. Autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002.

CARVALHO, José S. F. “Democratização do ensino” revisitado. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.2, p. 327-334, maio/ago. 2004.

LAVAL, Christian. As contradições da escola neoliberal. In: _______. A escola não é uma empresa: o neoliberalismo em ataque ao ensino público. Londrina: Editora Planta, 2004. Cap 12, p. 289-315.

LIBÂNEO, José C. O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 1, p. 13-28, 2012.

MARQUES, Mario O. Os paradigmas da educação. In: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília: MEC-Inep, v. 73, n. 175, p. 547-565, set./dez. 1992. Disponível em: http://rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/view-File/389/394 . Acesso em: 5 set., 2020.

MORAES, Roque.; GALIAZZI, Maria do C. Análise textual discursiva. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2007, 224 p.

PERRENOUD, Philippe. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002.

PERRENOUD, Philippe. Construindo competências. Entrevista disponível no site www.unige.ch/fapese/SSE/teachers/perrenoud/php_main/php_2000/2000_31.html. Acesso em 2o de junho, 2020.

PINA, Leonardo D.; GAMA, Carolina N. Base nacional comum curricular: algumas reflexões a partir da pedagogia histórico-crítica. Trabalho Necessário. v.18, n. 36, maio/agosto, 2020. Disponível em: https://periodicos.uff.br/trabalhonecessario/article/view/42813/24492. Acesso em: 15 nov., 2021.

RIBEIRO DA SILVA, Mônica. A BNCC da reforma do ensino médio: O resgate de um empoeirado discurso. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 34, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982018000100301. Acesso em: 08 fev., 2021.

YOUNG, Michel. Por que o conhecimento é importante para as escolas do século XXI? Cadernos de Pesquisa, v. 46, n. 159, p. 18-37, jan./mar. 2016.

YOUNG, Michel. Para que servem as escolas? Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 101, p. 1287-1302, set./dez. 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302007000400002&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 12 dez., 2020.

YOUNG, Michel. Superando a crise na teoria do currículo: uma abordagem baseada no conhecimento. Cadernos CENPEC, São Paulo, v.3, n.2, p.225-250, 2013. Disponível em: http://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/238 . Acesso em: 08 out., 2020.

Publicado

2022-09-27

Cómo citar

Copatti, C., & Andreis, A. M. (2022). Mudanças curriculares evidenciadas com a aprovação da BNCC: compreensões de professores do oeste de Santa Catarina. Revista Verde Grande: Geografia E Interdisciplinaridade, 4(02), 165–187. https://doi.org/10.46551/rvg2675239520222165187