Nos meandros das águas e nos trilhos da memória: Espacialidades e temporalidades do vivido como possibilidades de ensinar e aprender Geografia

Autores/as

DOI:

10.46551/rvg2675239520232509530

Palabras clave:

Geografia Escolar, Ensino, Espacialidade, Temporalidades, Espaço vivido

Resumen

O escopo do artigo é tecer algumas reflexões inerentes ao processo de ensino e aprendizagem em Geografia, considerando, para tanto, as espacialidades e temporalidades do vivido como marco referencial para esse processo. Como espaço de referência e campo reflexivo, recorre-se a experiências docentes desenvolvidas nos Ensinos Fundamental e Médio no contexto de escolas das redes municipal e estadual de ensino localizadas no município alagoano de Rio Largo. Destarte, busca-se valorizar, no contexto das reflexões, as especificidades geográficas e históricas do referido município, as quais estão associadas à presença marcante do rio Mundaú e da linha férrea, elementos que direcionaram a ocupação do lugar e o consequente desenvolvimento e a expansão territoriais. Depreende-se que a valorização das espacialidades e temporalidades vividas pelos educandos pode se constituir em importante metodologia para ensinar e aprender geografia. Esse “modelo” metodológico de ação docente atribui forma e sentido ao espaço e o significa, tornando-o existencial, transformando o espaço em lugar.

 

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Cícero Bezerra da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual de Alagoas, campus III - Palmeira dos Índios, Especialista em Metodologia do Ensino de Geografia pela Universidade Candido Mendes; Mestre e doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Sergipe - PPGEO/UFS. 

Citas

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017.

CALLAI, Helena Copeti. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005.

CALLAI, Helena Copeti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In:

CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos (Org.). Ensino de geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000. p. 83-134.

CAVALCANTE, Lana de Souza. Geografia, escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1998.

CAVALCANTE, Lana de Souza. A “Geografia do aluno” como referência do conhecimento geográfico construído em sala de aula. In: CAVALCANTE, Lana de Souza. O ensino de Geografia na escola. Campinas, SP: Papirus, 2012. p. 45-47

CORRÊA, Roberto Lobato. Reflexões sobre paradigmas, Geografia e contemporaneidade. Revista da ANPEGE, v. 7, n. 1, n. esp., p. 59-65, out. 2011.

CORRÊA, Roberto Lobato. Tempo, espaço e Geografia – um ensaio. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 64, n. 1, p. 285-294, jan./jun. 2019.

COSGROVE, Denis. A Geografia Está em Toda Parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny. (Orgs.). Geografia Cultural: uma ontologia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012. p. 219-238.

DARDEL, Eric. O Homem e a Terra: a natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva, 2015 [1952].

DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. 1. Artes de fazer. 22. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio Largo (AL). In: ENCICLOPÉDIA dos municípios brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 1959. v. 19 p. 155-160. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv27295_19. Acesso em: 12 dez. 2022.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades (Rio Largo/AL). 2022. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/rio-largo/panorama. Acesso em: 12 dez. 2022.

KAERCHER, Nestor André. A Geografia é o nosso dia-a-dia. Boletim Gaúcho de Geografia, Porto Alegre, n. 21, p. 7-192, ago. 1996.

KAERCHER, Nestor André. Ler e escrever a geografia para dizer a sua palavra e construir o seu espaço. In: NEVES, Iara et al. (Orgs.). Ler e escrever. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1998.

KOZEL, Salete (Org.). Mapas Mentais: diálogos e representações. Curitiba: Editora Appris, 2018.

MARTINS, Rodrigues Élvio. Geografia e Ontologia: o fundamento geográfico do ser. GEOUSP - Espaço e Tempo, São Paulo, n. 21, p. 33-51, 2007.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomokp Lyda; CACETE, Núbia Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007.

RODRIGUES, Rosemary Lopes. Conservação do patrimônio cultural: perspectivas sobre o sítio industrial da antiga CAFT, Rio Largo/AL. Dissertação de Mestrado. Maceió: UFAL, 2017.

SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. 6. ed. 2. reimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2014.

SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova: da crítica da geografia a uma Geografia Crítica. São Paulo: Editora Hucitec, 1996.

TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. Londrina: Eduel, 2013.

Publicado

2023-09-05

Cómo citar

Bezerra da Silva, C. (2023). Nos meandros das águas e nos trilhos da memória: Espacialidades e temporalidades do vivido como possibilidades de ensinar e aprender Geografia. Revista Verde Grande: Geografia E Interdisciplinaridade, 5(02), 509–530. https://doi.org/10.46551/rvg2675239520232509530